Jornal GGN – O percentual de famílias que relataram ter dívidas em atraso alcançou 60,2% em outubro, uma queda de 2,9% em relação aos 63,1% observados em setembro de 2014, como também um recuo em relação aos 62,1% de outubro de 2013. Os números foram divulgados pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). A pesquisa considera as famílias que relataram ter dívidas entre cheque pré-datado, cartão de crédito, cheque especial, carnê de loja, empréstimo pessoal, prestação de carro e seguro.
Acompanhando a queda do percentual de famílias endividadas, o percentual de famílias com dívidas ou contas em atraso diminuiu na comparação mensal, de 19,2% para 17,8% do total. Houve redução do percentual de famílias inadimplentes também em relação a outubro de 2013, quando esse indicador alcançou 21,6% do total.
De maneira semelhante, o percentual de famílias que declararam não ter condições de pagar suas contas ou dívidas em atraso e que, portanto, permaneceriam inadimplentes, apresentou diminuição em ambas as bases de comparação, alcançando 5,4% em outubro de 2014 – o menor patamar da série histórica do indicador – ante 5,9% em setembro de 2014 e 7,3% em outubro de 2013.
“A cautela das famílias em relação ao consumo, adicionada à proximidade das festas de fim de ano, faz com que mais consumidores quitem suas dívidas. Entretanto, entre as famílias com dívidas, o comprometimento da renda com o pagamento destas aumentou, acompanhando o custo elevado do crédito”, afirma Marianne Hanson, economista da CNC.
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Crise que eu te quero Crise
Os difusores da crise aludem a um alto grau de endividamento, quer público quer privado, no Brasil.
Não chega perto, aliás passa muito longe, do endividamento dos países e cidadãos da maioria dos países do mundo, afora os mais pobres, onde nem os Estados nem os cidadãos tem como se endividar, pois não recebem créditos quer das finanças globais quer dos bancos nacionais.
O endividamento é da lógica do capitalismo, que só cresce com altos teores de crédito.
Mesmo assim, as dívidas brasileiras não chegam a 40% do PIB, no que se refere ao país, e muito menos que isso com relação às pessoas físicas.
Caberia a publicação das dívidas públicas e privadas nos países estrangeiros, que estabeleceriam boa base comparativa da "crise" brasileira com relação a outros países.