Decisão judicial impede corte de salários dos servidores da Uerj

Jornal GGN – Mandado de segurança concedido pela Justiça do Rio de Janeiro impede cortes salariais dos servidores da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj). O governo estadual anunciou que iria cortar 30% dos salários dos funcionários da Uerj se eles não retornassem ao trabalho.
A própria universidade pediu o mandado de segurança, argumentando que as aulas ainda não começaram neste ano por causa dos problemas orçamentários. A Uerj afirmou para a Justiça que a paralisação das atividades não é voluntária e não foi motivada por reivindicações dos servidores.
Em outro ponto, a universidade também diz que o contingenciamento financeiro, provocada pela crise fiscal no Rio de Janeiro, causou uma dívida de mais de R$ 14 milhões com fornecedores de serviços, como vigilância, manutenção de elevadores e limpeza. Por esta razão, estas empresas suspenderam seus trabalhos na Uerj.

Nesta semana, os docentes da universidade decidiram, em assembleia, manter o estado de greve.
“O problema da Uerj é de orçamento: dos 12 elevadores no campus, apenas um está funcionando. É uma situação que ultrapassa o limite de precariedade com que já trabalhávamos.” A professora Lia Rocha considerou a fala do governador Luiz Fernando Pezão (PMDB) de cortar salários como uma declaração de guerra.
“O problema da Uerj é de orçamento: dos 12 elevadores no campus, apenas um está funcionando. É uma situação que ultrapassa o limite de precariedade com que já trabalhávamos”, afirmou. Afetada pela crise financeira do Rio de Janeiro, a Uerj já adiou o início das aulas cinco vezes.
“A Uerj tem funcionado muito precariamente, às vezes sem luz, sem internet funcionando, o serviço de limpeza  pago é com atraso, segurança, restaurante universitário, tudo com atraso. Mas, principalmente, com atraso nas bolsas dos estudantes. São mais de 9 mil cotistas que têm a bolsa-permanência, que é uma verba do governo federal para permanência de quem tem baixa renda comprovada, além dos alunos bolsistas dos projetos da universidade que também estão sem receber desde novembro”, afirma Tania Maria de Castro Carvalho, sub-reitora de Graduação.
Redação

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