Escola Sem Censura contra o cerceamento da Sem Partido

Jornal GGN – A tentativa de impor o fim do ensino político aos alunos pela Escola sem Partido, sob o argumento de ser uma doutrinação nas instituições, motivou uma campanha nacional contra “o cerceamento da atividade docente”.
Chamado Escola sem Censura, o projeto criado por professores, ativistas e pesquisadores de esquerda no Brasil, também conta com acadêmicos como André Machado (EFLCH/UNIFESP), Diana Mendes Machado (FFLCH/USP), Fernanda Sposito (EFLCH/UNIFESP), José Sérgio Carvalho (FE/USP) e Lidiane Rodrigues (UFSCAR).
O objetivo é reverter o que a Escola sem Partido tenta impor, sob o pretexto da “contaminação político-ideológica das escolas brasileiras”.
Após a nota da Revista Educação, o anexo com todos os pontos da Campanha.
Da Revista Educação
A iniciativa é uma reação a projetos como o Escola Livre, de Alagoas, que visam proibir a “doutrinação política e ideológica” nas escolas

Professores e pesquisadores de universidades públicas lançaram campanha nacional contra o “cerceamento da atividade docente”. Intitulada Escola sem Censura, a iniciativa pretende combater leis e projetos alinhados com o Escola sem Partido, movimento político que luta pelo fim do que considera doutrinação nas escolas brasileiras.

Segundo o site da organização, o grupo de pais e alunos engajados no Escola sem Partido se preocupa com “o grau de contaminação político-ideológica das escolas brasileiras”. Seguindo essas ideias, o projeto Escola Livre, que proíbe os educadores de “doutrinarem” seus alunos, foi implementado no início de maio em Alagoas.

De acordo com o jornal Folha de S. Paulo, tramitam projetos de lei semelhantes em pelo menosnove Assembleias Legislativas e 17 Câmaras Municipais por todo o país. Tanto a medida tomada pelo estado alagoano quanto as demais geraram intenso debate entre a comunidade de educadores e educandos.

Para reverter a situação, a campanha Escola sem Censura promoverá uma série de iniciativascomo encontros em escolas e universidades, produção de material impresso, digital e em vídeo, realização de palestras, além de encaminhar uma ação de inconstitucionalidade ao Supremo Tribunal Federal (STF) contra as iniciativas inspiradas nos ideias do movimento Escola sem Partido.

A campanha foi lançada pelo coletivo Fórum 21, que reúne ativistas e pensadores de esquerda no Brasil. Assinam os acadêmicos André Machado (EFLCH/UNIFESP), Diana Mendes Machado (FFLCH/USP), Fernanda Sposito (EFLCH/UNIFESP), José Sérgio Carvalho (FE/USP), Lidiane Rodrigues (UFSCAR) e a jornalista Tatiana Carlotti (Carta Maior).

 

Patricia Faermann

Jornalista, pós-graduada em Estudos Internacionais pela Universidade do Chile, repórter de Política, Justiça e América Latina do GGN há 10 anos.

Patricia Faermann

Jornalista, pós-graduada em Estudos Internacionais pela Universidade do Chile, repórter de Política, Justiça e América Latina do GGN há 10 anos.

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  • Das incontáveis imbecilidades

    Das incontáveis imbecilidades já surgidas neste país no bojo desse embate ideológici pueril, porque descontextualizado, esta tal de "Escola sem Partido" leva, disparado, o troféu "ferradura de ouro".

    Queria saber em que buraco se meteram os milhões de comunistas, petistas, esquerdistas et caterva doutrinados nesses últimos anos nas nossas escolas. 

     

     

    • Eu queria saber se esses

      Eu queria saber se esses conceitos da tal escola sem partido valerão para certos "professores" de administração e de economia  que pululam nas unicaca da vida e que fazem de suas "aulas" autênticos comícios antiesquerda. Fui professor (ao menos na minha concepõa sem partido) em algumas dessas e muitos alunos reclamavam disso.

  • É hipocrisia para tudo quanto

    É hipocrisia para tudo quanto é lado. O discurso da escola sem partido da direita é semelhante ao do estado laico da esquerda. Uma vez que as escolas já são sem partido e o governo já é laico, o que ambos querem é doutrinar e formar: aquele, uma escola alienante e este, um estado ateu.

    • É hipocrisia...

      Bastasse que professores estivessem unicamente informando sobre conceitos liberais ou de direita e veríamos a empolgação das entidads de classe pela defesa deste assunto nas escolas. Pluralidade sim. Singularidade não. Neste país, nem entre os mais informados e escolarizados houve a consciência do que é democracia. Hipocrisia que está virando canalhice.

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