Governo quer atrair doações para universidades públicas a partir de ‘reality show’

Jornal GGN – Para aumentar recursos à Educação, o governo Bolsonaro quer derrubar a necessidade de licitação para a contratação de empresas juniores e de universidades, criar uma espécie de “Criança Esperança” com histórias de ex-alunos e seus projetos para captar doações e, ainda, construir uma cadeia de “Ibis” – cadeia de hotéis da categoria econômica – para alojamento estudantil.

As propostas fazem parte do Future-se, projeto de captação para o ensino superior apresentando pelo Ministério da Educação (MEC) a ser encaminhado ao Congresso.

Em entrevista ao jornal O Globo, o secretário de Ensino Superior da pasta, Arnaldo Barbosa de Lima Junior, explicou que o fim da exigência de licitação para o Poder Público contratar empresas juniores e universidades irá se estender aos governos estaduais e municipais.

“Queremos que tudo que é contratado de empresas juniores e universidades seja dispensado de licitação por notório saber. Isso ajudará muito na obtenção de receitas próprias”, disse.

Sobre a proposta semelhante ao “Criança Esperança”, o secretário explicou que se trata de uma alternativa para estimular doações às universidades federais mostrando, para o público interessado em doar à educação superior, histórias de vida de ex-alunos, pesquisas desenvolvidas dentro das universidades.

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Redação

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  • Temos dinheiro para toda a vida e mais seis meses. Precisamos da auditoria da divida pública. Retomada total da exploração dos minérios por estatais ou empresas mistas de capital nacional.

  • Apelo ao óbvio: são poucas as Universidades privadas que fazem pesquisa. Em algumas delas há até centros de excelência, mas não se comparam às Universidades públicas.
    O plano de ampliar a Universidade por meio de educação privada dá com os burros n'água nesse quesito.
    Então, os bilionários da educação estão pouco se lixando pra ter equipamento de ponta ou desembolsar um trocado pra comprar uma pipeta.
    Na lógica que se segue em diversas áreas "financeiráveis". Equipamentos à custa do erário, pra justificar essa "dupla porta" por meio de convênios (olá, USP, vc se reconhece?), o negócio (sic) é ampliar o espaço do dinheiro privado.
    O que está acontecendo... bom, não sei ao certo se é aquilo que chamado de "capitalismo do desastre" ou se é uma jabuticaba, o "capitalismo do assédio".

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