Temer procura influenciar nas eleições rebatendo ataques

O cabo eleitoral que ninguém quer: emedebista diz que não vai deixar sem resposta nenhum ataque
Foto: Evaristo Sá/Agência Brasil
Jornal GGN – A estratégia é não deixar os críticos sem nenhuma resposta, respondendo todos os ataques à imagem já combalida e mais impopular como presidente em toda a história, é o que está por trás dos vídeos que começaram a circular, onde Michel Temer acusa o PSDB, se direcionou para Geraldo Alckmin, e Fernando Haddad, do PT, de terem se aproveitando, em algum momento da estrutura do MDB.
Segundo a Folha de S.Paulo, o marqueteiro do MDB e do Planalto, Elsinho Mouco, foi quem revelou a estratégia, lançada a partir de uma ordem de Temer.
“Ataque político é ataque político. Ataque oportunista, falso, terá resposta na hora. Assim deliberou o presidente”, teria dito o marqueteiro. Mas é bastante provável que o emedebista também esteja se aproveitando da sua baixa popularidade para minar candidatos na corrida eleitoral deste ano.
Um semana antes das gravações contra Alckmin e Haddad, o presidente foi acusado de tentar influenciar nas eleições de Pernambuco, após uma entrevista à Rádio Jornal. Na ocasião respondeu sobre os ataques do governador e candidato à reeleição, Paulo Câmara (PSB), que o político lhe tinha dado apoio, assim como os deputados ligados ao seu partido, quando votaram pelo impeachment de Dilma.
No vídeo de 1m57s que gravou especialmente para Alckmin, Temer procura ligar o PSDB à imagem do seu governo ao mostrar que a base da candidatura do psdebista é formada pelos mesmos partidos que fizeram a composição do atual governo, chamando de “falsidades”, as críticas que Alckmin tem incluído no seu programa eleitoral, obviamente se aproveitando da baixa popularidade de Michel Temer. “Não atenda ao que dizem seus marqueteiros”, disse Temer.
Após criticar Alckmin, o emedebista soltou outro vídeo rebatendo críticas da campanha de Fernando Haddad, dizendo para o petista que “tome cuidado”. Nesta nova peça, Temer foca as argumentações para justificar que o impeachment não foi golpe.
A verdade é que, assim como Lula está sendo utilizado por muitas campanhas Brasil afora como cabo eleitoral, veja exemplo do próprio ex-ministro de Temer e candidato a presidente pelo MDB, Henrique Meirelles, aliados do emedebista tentam esconder sua ligação nas campanhas eleitorais, ao mesmo tempo que rivais se aproveitam para lembrar quem esteve ao lado do governo de Temer.
Redação

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  • Fogo amigo

    "Geraldo... quê-mesmo? Quimim? Aquimim? Lá do Sul, né? Ah, sei lá... se o coisa-ruim é contra, sou a favor!"

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