Mesmo endividada, OGX pretende produzir em Tubarão Martelo, diz agência

O início de produção em Tubarão Martelo poderá ajudar o empresário com problemas financeiros a renegociar sua dívida de US$ 3,6 bilhões com detentores de bônus no exterior. Depois de não honrar, no início de outubro, o pagamento de juros sobre bônus com vencimento em 2022, a OGX corre o risco de ser declarada inadimplente no começo de novembro.

Os poços de Tubarão Martelo, que são a aposta de sobrevivência da companhia, estão prontos para ser interligados à plataforma OSX3, que está no local. Já foi concluída a complementação de poços, fase em que são preparados e revestidos adequadamente para receber o petróleo. Segundo fontes próximas à empresa apenas falta interligá-los. Já há barcos de apoio no local para iniciar a nova etapa.

O campo de Tubarão Martelo faz parte do acordo da OGX com a malaia Petronas para a venda de participação de 40% em dois blocos na Bacia de Campos. A Petronas, porém, ainda não fez nenhum pagamento à OGX. Em agosto, informou que aguardaria a reestruturação da dívida da petroleira brasileira para dar prosseguimento ao negócio que garantiria US$ 850 milhões à OGX.

No começo de julho, a OGX anunciou que desistiu de investir em alguns campos na Bacia de Campos, antes considerados promissores. Desde então, Tubarão Martelo é apontado como o principal ativo da companhia.