Reestruturação deve enxugar orçamento da Eletrobras em 30%

Nesta quarta-feira o presidente da Eletrobras, José da Costa Carvalho Neto, afirmou que o plano de reestruturação que a empresa está elaborando para ser apresentado ao ministro Edison Lobão, nos próximos dias, prevê um corte de gastos de 30% e um aumento de receitas na mesma proporção, nos próximos três anos. Ele participou da reunião do Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE) nesta tarde.

Segundo ele, o plano de reestruturaçãoterá três eixos: redução de custos, aumento de receitas e uma nova estrutura de negócios. Para reduzir os custos, a empresa fará um plano de demissão incentivada e corte de despesas como viagens e patrocínios. Uma das alternativas estudadas é a venda de ativos da empresa.

Experiência em Furnas

A reestruturação da estatal passou a ser pauta na agenda dos executivos desde setembro do ano passado, quando Furnas –subsidiária da Eletrobras—anunciou seu processo de mudança. Para isso, precisou assinar um convênio de US$ 500 mil a fundo perdido com o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), para a contratação da consultoria Roland Berger Strategy. O modelo adotado em Furnas será replicado para outras empresas da holding.

Em Furnas, a estratégia da reestruturação envolve aumentar a margem Ebtida da empresa de 20% para 70% em quatro anos, e reduzir os custos entre 2011 e 2018 em cerca de R$ 350 milhões, 22% dos R$1,6 bi que a empresa gasta anualmente com pessoal, material, serviços e outros.

Na época da assinatura do contrato com o BID, o presidente de Furnas, Flavio Decat, afirmou que a reestruturação também vai servir para corrigir um “processo histórico” em que funcionários eram promovidos para gestores não por questões funcionais, e que “a imagem que se projeta da empresa é algo impressionante. É uma árvore de Natal com 450 gerentes”.

Com Agência Brasil