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A final da Libertadores

Por Marco Antonio L.

De Terra

Argentinos destacam solidez do Boca e indagam: o que é o Corinthians?

O Boca Juniors avançou à final da Libertadores ao empatar sem gols no Chile
Foto: Reuters

O pragmatismo do Boca Juniors do técnico Julio César Falcioni voltou a funcionar nesta quinta-feira e a equipe se garantiu na decisão da Copa Libertadores contra o Corinthians com o empate por 0 a 0 com a Universidad de Chile, no Estádio Nacional de Santiago. Os jornais argentinos destacaram a “solidez” da equipe e tentaram analisar a maneira de jogar do adversário brasileiro na final.

O principal destaque é o retorno do Boca a uma decisão de Libertadores. Principal jornal do país, o diário Olé usou uma música da torcida xeneize e estampou “Outra, outra final Boca”. O último título aconteceu em 2007, justamente no Brasil – como será em 2012 – contra o Grêmio. E a publicação destaca que a atual equipe tem “competência para repetir” o mesmo resultado de cinco anos atrás.

A famosa provocação contra os brasileiros passou esquecida pelo diário e o Corinthians foi tratado de maneira respeitosa. Chamado de “novato”, pois disputará pela primeira vez uma final de Libertadores, o clube brasileiro teve uma tentativa de raio-x feita pelos argentinos, que estamparam na manchete da página a pergunta: “o que é o Corinthians?”. A diferença de campanha na competição sul-americana, em que está na decisão, e a fraca participação no Campeonato Brasileiro – último colocado, com apenas um ponto – foi a introdução.

Porém, o Oléressaltou que o Corinthians é a única equipe invicta desta edição do torneio e que sofreu apenas um gol jogando no Estádio do Pacaembu, justamente o de quarta, no empate por 1 a 1 com o Santos. Do atual elenco, apenas Alex e o técnico Tite enfrentaram e eliminaram o Boca Juniors quando defendiam o Inter nas quartas de final da Copa Sul-Americana de 2008.

Em contrapartida, o jejum da equipe de Parque São Jorge contra o rival pelo título continental também mereceu destaque. Dos quatro confrontos por competições oficiais, total vantagem argentina. O Boca venceu os dois confrontos em La Bombonera, empatou um no Morumbi e outro no Pacaembu, pelas oitavas de final da Libertadores de 1991 e pela fase de grupos da Copa Mercosul de 2000.

Já o site Canchallenapreferiu destacar a partida desta quinta e declarou que o “roteiro foi lógico”, com a equipe chilena saindo para atacar e o Boca dominando o meio-campo. A publicação destacou a “solidez” dos comandados de Falcioni para segurar o resultado em uma “partida com grande ritmo”. Riquelme, Erviti e o goleiro Orión foram eleitos os destaques do time.

Clarínafirmou que o Boca “desperdiçou boas oportunidades no primeiro tempo e sofreu no segundo” para empatar sem gols com a Universidad de Chile e se classificar para buscar o sétimo título da história da Copa Libertadores contra o “debutante” em finais Corinthians.

Boca Juniors e Corinthians começam a disputar a decisão da Libertadores na próxima quarta-feira, em La Bombonera, em Buenos Aires. A partida de volta acontecerá no dia 4 de julho, no Estádio do Pacaembu.

Luis Nassif

Luis Nassif

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