Site auxilia novato a escolher fundo de investimento

 

Com dez mil diferentes fundos de investimentos disponíveis no mercado, fica difícil para um investidor novato fazer sua escolha, já que não são muitas as variantes a serem analisadas antes da decisão. O site Comparação de Fundos (www.comparacaodefundos.com), no ar desde janeiro de 2012, faz uma leitura do investimento, dando ao interessado elementos que o ajudam a se decidir. O site foi estruturado com base na experiência de seus fundadores, começando em 2008, com uma empresa que estruturava fundos para universidades e 3º setor e também prestava consultoria.

“Em 2010, conhecendo a estrutura, percebemos que faltava uma ferramenta para comparar objetivamente fundos oferecidos no mercado”, explica Daniel Ávila, advogado e um dos idealizadores do site. “Percebemos, ao visitar gestoras, que o mercado de fundos de investimento estava voltado para si mesmo, ou seja, as informações são boas para quem é do ramo”, diz Ávila, “como é que as pessoas vão compreender posicionamento do mercado não sendo do mercado?”, arremata.

O site permite que a pessoa entre, navegue e aponte fundo que gostaria de investir. Recebem opinião sobre o fundo e elementos que ajudam a embasar a decisão. O candidato a investidor pode preencher no próprio site o formulário e fazer a aplicação no fundo que escolher. “Esta intermediação, o próprio fundo indicado é quem remunera o site, o internauta paga ao fundo, não desembolso a mais por isso”, pondera Daniel, salientando que o site tem registro na CVM (Comissão de Valores Mobiliários) para operar.

Ávila aponta para os problemas de se decidir sem um embasamento maior. O primeiro alerta é não ir pela primeira indicação, “não se deve acreditar em promessas absurdas”, diz ele, “é preciso entender e não se aventurar no mercado”, alerta. Além disso é preciso conhecer o Fundo ou ter ainda certeza de sua idoneidade. Daniel alerta para os blogs que emitem opiniões sobre este ou aquele fundo, “no mercado tem uma série de conflitos de interesses”, diz ele, o que torna tudo complicado.

“O pequeno investidor não conhece ferramentas do mercado, muitas vezes enxerga o gerente do banco e nãos os outros da cadeia de fornecimento”, aponta Daniel, “é preciso olhar além da rentabilidade, é preciso entender onde está investindo e, como o todo é complexo, o certo é se pegar no mínimo”, alerta. Com a crescente procura por Fundos Imobiliários, o especialista lembra que esses fundos são tão complexos que se assemelham a empresas, “tem um conjunto de operações dentro do imóvel e se tem custo por isso”, explica.

 

SEGURANÇA

É seguro aplicar em fundos de investimento?

Os fundos de investimento no Brasil oferecem segurança ao investidor, já que nossa regulamentação é uma das mais seguras do mundo. Um dos motivos para o grande avanço das normas de segurança ao investidor talvez resida na ocorrência de escândalos e fraudes no passado. O grande marco, em termos de segurança, veio com a separação de recursos, para que o patrimônio do banco não se misture com o dos clientes, obrigatória desde 1997. Caso o banco venha a falir, se a aplicação foi feita em fundo de investimento autorizado pela CVM, os recursos dos investidores estão a salvo, pois os recursos dos fundos estão em contas separadas, custodiadas, e poderão ser transferidos para outro banco e as operações continuam normalmente. O risco que se corre são aqueles que fazem parte do jogo de investimento, ou seja, oscilações de preço. A rentabilidade irá variar de acordo com as mudanças na taxa de juros, oscilações na Bolsa de Valores, câmbio e preços de commodities, mas não serão afetadas pela saúde financeira dos administradores do fundo.  Desta forma, o importante, ao escolher o fundo de investimento para aplicar suas economias, tenha certeza de que é autorizado a operar pela CVM.

 

 

SERVIÇO

Entenda os fundos de investimento

TIPOS DE FUNDOS

Os Fundos de Investimento são divididos em tipos, de acordo com a composição de sua carteira. Os nomes dos fundos devem indicar sua classificação, para facilitar a identificação da política de investimento pelo investidor. A CVM classifica os fundos da seguinte forma: Curto Prazo, Referenciados, Renda Fixa, Ações, Cambiais, Dívida Externa, Multimercado.

TRIBUTAÇÃO

As aplicações em fundos de investimentos estão sujeitas ao Imposto de Renda e ao IOF (Imposto sobre Operações Financeiras). Os impostos são recolhidos na fonte e o investidor não tem que pagar boleto ou guia. O IOF é aplicado somente se os investimentos tiverem prazo inferior a 30 dias e as alíquotas do IR variam de acordo com o tipo de investimento.

ESTRUTURA

Ao aplicar em fundo a estrutura é um grande banco para guardar o patrimônio, um administrador para garantir que as regras do fundo sejam cumpridas e uma equipe de inteligência para definir onde os recursos devem ser aplicados. Além disso, os fundos contam com uma auditoria externa. Esta divisão é que torna o investimento mais seguro.

CVM

A CVM (Comissão de Valores Mobiliários) é a responsável pela regulação e fiscalização do mercado financeiro. Todo e qualquer fundo precisa ser autorizado pela CVM, que fiscaliza constantemente a política de investimento, os riscos e as taxas cobradas, além de outros itens.

Fonte: Site Comparação de Fundos

 

SERVIÇO 2

Os tipos de Fundos

CURTO PRAZO

Aplicam seus recursos somente em títulos públicos federais ou privados pré-fixados ou indexados a CDI/SELIC ou outros índices. Podem ser indexados à taxas de juros ou inflação, com prazo máximo de 375 dias e prazo médio inferior a 60 dias.

REFERENCIADOS

Investem, no mínimo, 95% de sua carteira em títulos ou operações que buscam acompanhar a variação do indicador de desempenho escolhido. Podem ser indexados a índices de juros (CDI), inflação (IGPM, IPCA), moedas estrangeiras e outros. O nome do fundo deve indicar o índice de referência.

RENDA FIXA

Em sua carteira deve ter, no mínimo, 80% de ativos relacionados à variação da taxa de juros ou à um índice de inflação. Excluem-se estratégias com moedas estrangeiras ou de renda variável.

AÇÕES

Devem manter, no mínimo, 67% da carteira investida em ações negociadas em bolsas de valores ou em mercado de balcão organizado.

CAMBIAIS

Carteira com, no mínimo, 80% em ativos relacionados a variação de preços de moeda estrangeira ou a variação do cupom cambial. Além da variação cambial, os ativos podem ter outros tipos de risco, como títulos de dívida com risco de crédito.

DÍVIDA EXTERNA

Aplicam 80% de seu patrimônio em títulos representativos da dívida externa de responsabilidade da União, sendo permitida a aplicação do restante em outros títulos de créditos transacionados no mercado internacional.

MULTIMERCADO

Envolvem várias modalidades de investimento. Fundos multimercado podem ter características como performance, risco e liquidez muito diferentes uns dos outros, dependendo da estratégia de cada fundo.

Fonte: Site Comparação de Fundos

Lourdes Nassif

Redatora-chefe no GGN

Lourdes Nassif

Redatora-chefe no GGN

View Comments

Recent Posts

Universidade de Columbia ameaça suspender estudantes pró-Palestina, mas manifestantes resistem

Ocupação teve início em 18 de abril, após a prisão de 100 manifestantes em Nova…

9 horas ago

Emissão de valores mobiliários sobe 50% no trimestre

Total divulgado pela CVM chega a R$ 175,9 bilhões; debêntures puxaram crescimento, com emissão de…

10 horas ago

Vale tenta novo acordo de reparação de R$ 90 bilhões em Mariana

De acordo com a oferta, a mineradora quer pagar R$ 72 bilhões em dinheiro, mas…

10 horas ago

Balança comercial tem superávit semanal de US$ 1,078 bilhão

No ano, as exportações totalizam US$ 107 bi e as importações US$ 78,8 bi, com…

11 horas ago

Entenda a omissão regulatória cometida pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS)

Pacientes ficam à mercê de reajustes abusivos e desamparados com rescisões de contratos cada vez…

12 horas ago

Delegado envolvido no caso Marielle pede para depor à PF

Rivaldo Barbosa envia petição para ministro Alexandre de Moraes; ex-chefe da Polícia Civil do Rio…

13 horas ago