Em decisão unânime e com o voto de oito ministros, o STF liberou a realização dos eventos chamados ‘marcha da maconha’
Segundo um dos organizadores, o cientista social Marco Magre é o quatro ano seguido que o movimento tenta se manifestar pelo uso medicinal da maconha e contra a violência e corrupção geradas pelo tráfico de drogas.
No último dia 15 de junho, em decisão unânime e com o voto de oito ministros, o Supremo Tribunal Federal (STF) liberou a realização dos eventos chamados “marcha da maconha”. Conforme o STF, os direitos constitucionais de reunião e de livre expressão do pensamento garantem a realização dessas marchas.
Na ocasião, o ministro Celso de Mello apoiou a “a possibilidade da discussão democrática do modelo proibicionista (do consumo de drogas) e dos efeitos que (esse modelo) produziu em termos de incremento da violência”.
É a primeira vez que a marcha acontecerá em São Paulo, depois da decisão do STF. Os manifestantes carregam cartazes, faixas, megafone e usam música. Há sete anos a Marcha já era realizada em outras capitais brasileiras.
O lema da marcha é “Pela regulamentação da maconha, pelo fim da guerra às drogas, e por uma política de drogas justa baseada nos direitos humanos.
Para o cientista social Marco Magre, um dos organizadores da marcha, os problemas gerados pelo tráfico, como a corrupção policial, são maiores do o uso que a maconha em si. Nesse processo, o ônus são as morte policiais, consumidores e envolvidos no tráfico. “Lutamos pelo uso medicinal e queremos ver isso acontecer aqui no Brasil para minimizar o sofrimento dos pacientes que podem fazer uso da planta”, disse.
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