De acordo com a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), produto perigoso é aquele que representa risco à saúde das pessoas, ao meio ambiente ou à segurança pública. Esses produtos são divididos em nove classes: 1 – explosivos; 2 – gases; 3 – líquidos inflamáveis; 4 – sólidos inflamáveis, substâncias sujeitas a combustão espontânea, substâncias que em contato com água emitem gases inflamáveis; 5 – substâncias oxidantes e peróxidos orgânicos; 6 – substâncias tóxicas e substâncias infectantes; 7 – materiais radioativos; 8 – substâncias corrosivas; 9 – substâncias e artigos perigosos diversos.
Integram a iniciativa, pela Poli, a pesquisadora Mariana Abrantes Giannotti; a mestranda Janaína Bezerra Silva, o aluno de iniciação científica e estudante da Engenharia Ambiental, Ricardo Lisboa e a bióloga Bruna Botti; as professoras Cira Souza Pitombo e Ana Paula Camargo Larocca, do Departamento de Engenharia de Transportes da Escola de Engenharia de São Carlos (EESC) da USP; as professoras Patrícia Lustosa Brito e Vivian de Oliveira Fernandes do Departamento de Engenharia de Transportes da Universidade Federal da Bahia, em Salvador; e o professor Clodoveu Augusto Davis, do Departamento de Ciência da Computação da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), consultor do projeto.
O objetivo dos pesquisadores é propor um arcabouço conceitual, metodologias e especificações técnicas para o desenvolvimento de uma Infraestrutura de Dados Espaciais (IDE). A IDE é um conjunto de mecanismos e padrões para a interoperabilidade, a troca, o acesso e a distribuição de dados provenientes de diversas fontes, formatos e conteúdos.
Riscos, acidentes e troca de dados
Segundo a bióloga Bruna Botti, atualmente há um grande número de caminhões que transportam cargas contendo produtos perigosos pelas rodovias. Na ocorrência de acidentes, esses produtos podem causar riscos à saúde das populações próximas, bem como prejudicar o meio ambiente, além de provocar transtornos ao tráfego. Várias iniciativas são tomadas por várias instituições, como Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental (Cetesb), a Ecovias (concessionária que administra o sistema Anchieta-Imigrantes) e o Corpo de Bombeiros, para que se obtenha o melhor gerenciamento em caso de ocorrência.
Essas entidades, assim como o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), já reúnem dados ligados ao transporte de cargas com produtos perigosos, como tipo de produto e local de ocorrência de acidentes, entre outras informações. “Entretanto, isso é realizado de forma heterogênea e independente por estas entidades, não existindo uma padronização”, explica a bióloga.
Se alguém ou alguma instituição necessitar de algum dado específico sobre o acidente, muitas vezes deverá consultar todas as instituições envolvidas para obter a informação que deseja, sendo que cada uma trabalha com o dado de modo distinto. “A IDE é uma importante ferramenta para o gerenciamento dessas informações”, destaca.
Com o projeto, seria possível compartilhar, de forma integrada, os dados dessas instituições, de forma interoperável e acessível aos usuários não familiarizados com a parte espacial, dentro de um ambiente de Sistema de Informações Geográficas (SIG) acessado via web (SIG/web).
O projeto Proposição de uma infraestrutura de dados espaciais para prevenção, monitoramento e atuação em acidentes rodoviários envolvendo o transporte de produtos perigosos no complexo Anchieta-Imigrantes (SP) foi encaminhado em 2012 ao Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), dentro do Programa Universal, e recebeu a verba em 2013.
Workshop
No último dia 13 de novembro, o Laboratório realizou um workshop para apresentar o projeto para a sociedade. Participaram cerca de 35 profissionais ligados às universidades paulistas, à Cetesb, à Companhia de Engenharia de Tráfego (CET), à Transpetro e ao Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). “Durante as discussões conseguimos perceber novas demandas, como as ligadas ao transporte ferroviário de produtos perigosos. A área do projeto deverá incluir também o trecho Sul do Rodoanel, integrando dados da CET. Essas atividades devem ter início em fevereiro de 2014”, destaca a bióloga.
De acordo com Bruna, os documentos e outros materiais apresentados durante o workshop estão disponibilizados para consulta pública via Drop Box. A ideia é que posteriormente sejam reunidos em um site de acesso público.
Foto: Divulgação / ANTT
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