A nova política industrial, lançada nesta segunda (22) pelo governo Lula, injetará R$ 300 bilhões de investimentos em um plano para novos negócios na política industrial até 2033. O objetivo é, segundo o presidente, “dar um salto de qualidade” no país para sair “da beira” e ser “definitivamente grande e desenvolvido”.
“É muito importante para o Brasil que a gente volte a ter uma política industrial inovadora, totalmente digitalizada, como o mundo exige hoje, e que a gente possa superar de uma vez por todas esse problema do Brasil nunca ser um país definitivamente grande e desenvolvido”, afirmou, na reunião do Conselho Nacional de Desenvolvimento Industrial (CNDI).
“Nós estamos sempre na beira mas nunca chegamos lá. Nós tínhamos chegado à 6ª economia, voltamos para a 12ª, chegamos à 9ª agora – mas não porque nós crescemos, mas porque os outros caíram. E isso não é motivo de orgulho”, acrescentou.
Os R$ 300 bilhões serão administrados pelo BNDES, Finep e Embrapii, por meio de linhas específicas de financiamento e por meio de mercado de capitais, para a chamada “neoindustrialização nacional”.
Em uma das linhas não-reembolsáveis, o governo compartilhará com empresas os custos e riscos de pesquisa, desenvolvimento e inovação, por meio de chamadas públicas. Ao mesmo tempo, o governo quer desburocratizar o setor produtivo e investimentos.
O novo programa de investimentos buscará contemplar cadeiras agroindustriais sustentáveis e digitais para segurança alimentar, complexo econômico industrial para ampliar o acesso à saúde, transformação digital e desburocratização, tecnologias de defesa e estratégicas de soberania, bioeconomia e segurança energética e infraestrutura, moradia e mobilidade sustentáveis.
“A nova política posiciona a inovação e a sustentabilidade no centro do desenvolvimento econômico, estimulando a pesquisa e a tecnologia nos mais diversos segmentos, com responsabilidade social e ambiental”, disse o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin.
Lula também citou o a necessidade de abertura econômica internacional. “Muitas vezes, para que o Brasil se torne competitivo, o Brasil tem que financiar algumas das coisas que ele quer exportar. (…) O debate a nível de mercado internacional é muito competitivo. É uma guerra. Eu estava em Londres em 2008 na segunda reunião que a gente fez do G20 e a gente tinha discutido que era definitivamente para acabar com o protecionismo como forma de recuperar a indústria. O que aconteceu quando terminou a reunião? O protecionismo aumentou mais do que nunca, porque muita gente fala em livre mercado quando é para vender, mas quando é para comprar ele protege seu mercado como ninguém”.
Presidente do BNDES, Aloizio Mercadante falou que o Brasil “está diante de uma janela histórica de oportunidades” no cenário internacional, pós crise de 2008 e pós pandemia de Covid-19.
“Ou a gente rega essa indústria ou nós não vamos ter um mercado de trabalho de emprego qualificado, com inovação em ciência e tecnologia”, afirmou Mercadante.
“Para ser um país menos desigual, mais moderno e mais dinâmico nós precisamos colocar a indústria no coração da estratégia, e essa é a orientação do presidente Lula e é o que nós estamos fazendo e entregando”, continuou.
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