Governo federal prevê investimentos de R$ 7,3 bilhões na aviação regional

Sugerido por Assis Ribeiro

Do Ministério do Planejamento

Aviação regional será fortalecida com investimentos de R$ 7,3 bilhões

Um dos investimentos mais estratégicos do governo federal nos últimos anos tem sido a reforma dos grandes aeroportos, para aumentar sua capacidade de atender à crescente demanda de passageiros. Mas esta é apenas uma parte do plano de melhorar a aviação civil do país. Outro ponto importante é o necessário investimento nos pequenos e médios aeroportos brasileiros, determinantes para interligar as várias regiões e aumentar o acesso da população a serviços aéreos.

Por isso o governo federal lançou, em dezembro de 2012, o Plano de Investimento em Logística (PIL): Aviação Regional (PNAR), que prevê a construção e ampliação de 270 aeroportos regionais espalhados pelo país. Com eles, a ideia é integrar o território nacional, fortalecer pontos turísticos, desenvolver polos regionais e melhorar a mobilidade para as comunidades da Amazônia Legal.

“A meta do governo federal é fazer com que pelo menos 95% da população brasileira fique a menos de 100 quilômetros de um aeroporto em condições de receber linhas regulares”, afirma Guilherme Ramalho, secretário-executivo da Secretaria de Aviação Civil (SAC).

Veja lista dos 270 aeroportos que fazem parte do Plano de Aviação Regional.

A região Norte será a maior beneficiada com o Plano de Aviação Regional. Estão previstos 67 terminais. Três serão construídos do zero (Ilha de Marajó, no Pará, e os de Bonfim e Rorainópolis, em Roraima) e 64 serão reformados ou ampliados: quatro no Acre, 25 no Amazonas e dois no Amapá.

Os quatro estados do Sudeste terão 65 aeroportos: 19 em São Paulo, 33 em Minas Gerais, nove no Rio de Janeiro e quatro no Espírito Santo.

Na região Nordeste serão 64 terminais, a maior parte deles a ser construído na Bahia (20). O Maranhão contará com 11 aeroportos. Já na região Sul serão 43 equipamentos e no Centro-Oeste, 31 – dos quais 13 no Mato Grosso.

Estão previstos quatro modelos de terminais de embarque e desembarque para os aeroportos regionais. O maior deles terá uma área de 3.550 metros quadrados, com capacidade para receber 200 passageiros. Três categorias de aviões estão sendo consideradas como padrão para operar nesses aeroportos. Veja mais detalhes no infográfico acima.

No PIL estão sendo estudados subsídios para viabilizar as rotas entre cidades pequenas e médias do interior e destas cidades para as capitais. A intenção é fazer ainda com que o preço das passagens disponibilizadas nesses aeroportos seja compatível aos oferecidos pelo transporte rodoviário. O investimento para a implantação dos aeroportos regionais é de R$ 7,3 bilhões.

Redação

Redação

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  • Campo de aviação que tem de ser reativado

    Espero que não tenham deixado de lado a ampliação do campo de aviação de Itambacuri, MG. Tal ampliação havia sido anunciada mais de uma vez pelo então governador Anastasia. Na lista do governo federal, este aeroporto de Itambacuri não foi incluído. Raios.

    http://www.agenciaminas.mg.gov.br/noticias/anastasia-inaugura-obras-de-infraestrutura-e-anuncia-construcao-do-hospital-regional-do-mucuri/

  • Serviço aeroportuário passou no grande teste da Copa 2014

    Do site Voz da Rússia

    Aeroportos brasileiros recebem quatro milhões de passageiros na primeira semana da Copa

    Foto: AP//Lee Jin-man

     

    A pontualidade média dos aeroportos brasileiros no final da primeira semana da Copa do Mundo foi melhor que o padrão internacional: o índice médio de atraso de voos foi de 8,36%, menor do que o observado nos países da União Europeia em 2013, que foi de 8,4%, segundo dados do Eurocontrol, a organização europeia para a segurança da navegação aérea. O padrão internacional considera satisfatórios índices de até 15% de atrasos de até meia hora.

    Segundo um relatório das autoridades da aviação comercial brasileira, desde a quinta-feira 12 de junho, o dia da abertura da Copa, até a quinta-feira 19, mais de 3,7 milhões de pessoas passaram pelos 20 aeroportos que atendem a 90% do movimento aéreo no país. E, de acordo com matéria publicada no site da Secretaria de Aviação Civil da presidência da República, apesar da demanda bastante concentrada, em especial nas chegadas internacionais na primeira semana de Copa, os aeroportos operaram dentro da normalidade.

    O recorde de fluxo de passageiros na primeira semana da Copa foi batido na segunda-feira, 16, véspera do jogo do Brasil contra o México, quando mais de 501 mil pessoas passaram pelos aeroportos brasileiros. A média diária tem sido de 471 mil. E o Aeroporto Internacional de Guarulhos, em São Paulo, é o mais procurado.

    Na primeira semana da Copa, 31.120 aeronaves da aviação comercial e geral pousaram e decolaram dos 20 aeroportos brasileiros, o que representa uma média de 3.890 aviões por dia. Segundo dados divulgados diariamente pela Agência Nacional de Aviação Civil, a média de cancelamentos na semana foi de 11,6%.

    As Fun Zones – as áreas de repouso e lazer nos aeroportos – foram um dos principais atrativos para os turistas na primeira semana da Copa. Desde o dia 10, em que foram abertas ao público, até a terça-feira, 17, mais de 77 mil pessoas passaram pelas 12 áreas de entretenimento da Infraero, em 10 capitais brasileiras.

    A Fun Zone do Aeroporto de Confins, em Minas Gerais, foi a mais procurada: recebeu 18 mil pessoas naquele período. Em segundo lugar ficou Porto Alegre, com mais de 10 mil. As áreas contam com videogame, jogos, espaços para descanso e música ambiente. A ideia é garantir ao passageiro conforto na permanência naquele aeroporto.
    Leia mais: http://portuguese.ruvr.ru/news/2014_06_25/Aeroportos-brasileiros-recebem-quatro-milh-es-de-passageiros-na-primeira-semana-da-Copa-5909/

     

    • A causa principal de atraso

      A causa principal de atraso de voo não é o aeroporto, é a operação da companhia aerea. Atrasos por culpa do aeroporto, quando ocorrem, em geral se devem a condições climaticas, coisa comum ou algum desastre na pista, algo raro.

  • Registre-se que o Plano a ser

    Registre-se que o Plano a ser operado pelo Banco do Brasil é desconectado de qualquer planejamento macro da aviação comercial nacional, quer dizer, vão se reformar grande numero de aeroportos regionais, alguns muito perto de outros, sem se saber se haverá demanda para voos, se existirão companhias para voar, quem e como vai operar esses aeroportos, que em grande parte são de municipalidades ou Estados. Um aeroporto precisa ser comercialmente viavel, não basta ter pista e terminal, hoje temos no Brasil13 companhias regionais, nos EUA existem 354 e na Europa 447.

    Aeroporto é uma parte de um sistema que depende de um Plano Geral, onde as regionais alimentam e se integram as nacionais e estar funcionam em rede onde há um hub central que redistribue os voos. Hoje os hubs são Congonhas em São Paulo e Brasilia, no futuro Galeão e Confins poderão ser hubs mas esse planejamento não foi feito

    Nunca se reformaram de uma só vez tentos aeroportos em nenhum Pais, é um plano inédito e ousado, está em boas mãos, o Banco do Brasil criou um Departamento só para administrar esse projeto.

    • FNAC - PROFAA - SAC/PR - BB

        Pelo decreto 8024 de 04/06/2013, que instituiu o FNAC ( Fundo Nacional da Aviação Civil ), a administração deste ficou a cargo, parte financeira, do BB, dando origem na area operacional ao PROFAA ( Programa Federal de Auxilio a Aeroportos).

        De onde vem o dinheiro: 1. Das outorgas e concessões de terminais já existentes; 2.  ATAERO: Adicional da taxa de embarque doméstico; 3. TEI: tarifa de embarque internacional - Em resumo, de acordo com o SIAFI, este fundo tinha ao final de 2013, um montante de R$ 3 Bilhões.

         Infelizmente os técnicos, tanto do BB, como da Aeronautica, não possuem ingerencia direta de como serão aplicados estes fundos, o BB libera de acordo com a SAC/PR, e a FAB resta a homologação da obra, auxilios de navegação, elaboração das cartas, supervisão das rotas propostas e frequencias.

         No mês passado a ABEAR colocou junto ao Mercadante a  Arno Augustin, a proposta, que está em estudo pelo GovFed/Tesouro, que o FNAC subsidie a "aviação regional", através de uma fórmula matemática que englobe: custo de combustivel - demanda de pax - frequencias - amortização das aeronaves ( foi calculado, que em alguns casos, o subsidio FNAC, teria que "pagar" até 60 assentos, dependendo da frequencia e do voo).

          Outro problema levantado é que a ABEAR, tabula que dos 270 propostos, são viaveis para os próximos anos, apenas 61 aeroportos do plano, que seriam os mais urgentes, e dependeriam de menores subsidios.

          Outra constatação imediata, como vc. levantou, está na ausencia de empresas aereas regionais e mesmo as 4 "majors", não possuem em suas frotas atuais, ou mesmo programadas, aeronaves compativeis com frequencias regionais de "baixa densidade" - O que incorre em outro problema operacional/financeiro: O BNDES, por lei, somente pode financiar aeronaves fabricadas/montadas no Brasil, e no "mix" de produção EMBRAER não existe um turbo-hélice, o menor é um jato, o 175 ou o 145 - não comportados em custo pela maioria destes aeroportos.

            Quanto as aeronaves, existe a possibilidade - caso exista demanda - da abertura de uma linha de montagem, no país, da LET ( o -410, tcheco - afinal a LET é parceira Embraer em varios aviões ), ou de um Turbo-hélice leve, nacional, a ser fabricado/montado em Santa Catarina.

             Meu filho, publicar decretos, anunciar intenções, escrever no papel, é facil, é governo - viabilizar, operacionalizar, transformar intenções em realidades funcionais, é trabalho, uma lide a qual burocratas e politicos não são muito afeiçoados.

  • Intenção

     Tá, até é interessante reformar ou construir novos terminais, alguns a menos de 100 milhas de outro ( Por que ?), Mas será que combinaram com as empresas aereas ?  Analisaram a demanda atual ou projetaram a futura ? Qual será a "mágica" financeira e/ou tributária para manter passagens a "niveis de rodoviaria " ? O governo vai financiar a aquisição de novas aeronaves "leves", como as propostas nas categorias consideradas ( a Embraer não produz, nem tem em seu horizonte qualquer proposta para tais "categorias" (-) 70 pax ). ?

      

    • Quem viaja pelo interior do

      Quem viaja pelo interior do Brasil, sabe bem que existe demanda comercial. O que falta são, de fato, pista com metragem segura e condições de segurança de vôo, como radares e demais equipamentos de controle aéreo local e regional.

      O ponta pé foi dado, cabe ao setor privado fazer sua parte. Não cabe ao governo interferir nisto. Aviões se adquire em leasing no mundo todo.

      Esta iniciativa do governo é fantástica e mostra que o planejamento de longo prazo não está parado e tem várias frentes de ação.

      Dá-lhe Dilma !!

    • Haverá subsídios para criar

      Haverá subsídios para criar demanda!

      Busque mais informações sobre o tema! 

      NÃO SE RESTRINJA AO PIG!

      Você SEMPRE ficará para trás, vai ficar BOIANDO...

      E não são 100 milhas, são 100 km!

      Ok?

      • Leia abaixo, voce irá pagar, já esta pagando

         São 100 milhas nauticas sim,  altitude em pés, velocidade em nós.

          Na aviação não se conhecem outras medidas, e menos de 100 mn é prejuizo certo, mesmo que a aeronave esteja lotada ( não "cicla")

          O "jenio" do Moreira Franco e seus apaniguados da ANAC, todos nomeados, vão fazer aeroportos para aviões de prefeitos, fazendeiros, financiadores de campanhas - arrumaram uma forma de colocar as "garras" do PMDB no FNAC, e vão contentar seus "sócios", e algumas empreiteiras ( financiam campanhas) e claro: distribuidores de combustiveis.     

           Apenas isto, nada mais, e podem ter certeza, dos 270, se sairem metade, será muito.

           Quanto ao leasing de aeronaves, internacional, podem desistir, a GECAS ou a ILFC, só liberam após estudo de demanda - portanto o financiamento de aeronaves, adquiridas ou "leaseadas" internacionalmente ( ATR, PZL, LET, Cessna, Bombardier ), só com o BNDES.

             Na hora que vc. pegar uma ponte-aerea Rj-SPO, e ver que sua taxa de embarque, com acrescimo ATAERO, estará financiando o fazendeiro que vai em seu Citation de Itumbiara para Cuiabá, vc. ficará muito feliz.

             Alguns esquerdófilos, são INOCENTES - tecnicamente despreparados, sabem nada - e ainda reclamam do PIG, mas o financiam, o leem, até dão importancia a eles. Coitados.

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