Jornal GGN – O que está sendo chamado de a pior escalada de violência em anos entre israelenses e palestinos, a Faixa de Gaza vive momentos de tensão, com 24 mortos, entre eles 9 crianças.
Os ataques tiveram início na noite desta segunda-feira (10), depois que palestinos dispararam foguetes em direção à Jerusalém. Foi quando Israel entrou com uma forte reação, lançando ataques aéreos contra grupos militantes palestinos, principalmente o Hamas.
Sete dos 24 mortos eram de uma mesma família, incluindo três crianças, após uma explosão na cidade de Beit Hanoun, que pode ter sido ocasionado pelos ataques de Israel ou de um foguete errante disparado por palestinos.
O Exército de Israel confirmou que conduziu 130 ataques contra alvos militares no Hamas, na Faixa de Gaza, durante a madrugada, em resposta aos foguetes palestinos, matando 15 membros de grupos armados palestinos e explodindo a residência de um alto comandante do Hamas.
E os militantes palestinos em Gaza dispararam mais de 250 foguetes em direção à Israel, ferindo 6 civis israelenses em um edifício, e parte dos foguetes não teria chegado a Israel, caindo em Gaza.
Os novos ataques ocorrem em meio a mais um conflito na região de Jerusalém Oriental, o setor palestino da cidade ocupado e anexado por Israel. A tensão se intensificou com o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, afirmando o Hamas “cruzou a linha vermelha” e que Isarel responderá “com grande força”.
Entidades internacionais mostram preocupação com o cenário. O Alto Comissariado para os Direitos Humanos da ONU condenou “toda a violência e toda a incitação à violência, assim como as divisões étnicas e as provocações” na Faixa de Gaza.
Um representante da União Europeira, o diplomata Josep Borrel, disse que estão “profundamente preocupados com os recentes confrontos e com a violência” e pediu que “a prioridade deve ser evitar mais vítimas civis”.
Estados Unidos e Reino Unido também pediram o fim da violência, mas atacaram os militantes palestinos. “Reconhecemos o direito legítimo de Israel de se defender, de defender o seu povo e o seu território”, falou o diplomata dos EUA, Ned Price. “O Reino Unido condena o lançamento de foguetes em Jerusalém e vários locais de Israel. A violência em Jerusalém e Gaza deve terminar”, comunicou o britânico Dominic Raab.
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