por Fábio de Oliveira Ribeiro
Os ataques às Torres Gêmeas em 11 de setembro de 2001 foram utilizados como pretextos pelos governantes dos EUA que queriam conquistar militarmente o Iraque. Alguns dizem que os próprios norte-americanos facilitaram ou realizaram aqueles ataques, mas a verdade já se tornou irrelevante. O fato é que os atentados ao WTC foram explorados à exaustão com ajuda da mídia para amedrontar a população dos EUA e silenciar a oposição contra uma injusta guerra de conquista motivada pelo cobiçado petróleo iraquiano.
A França está atolada nos seus próprios problemas. François Hollande, a quem eu já chamei de “merde socialiste” pelo Twitter, não consegue ou não quer colocar um fim ao império do neoliberalismo no seu país. Nos últimos meses, sob intensa reação sindical, o presidente da França tem se esforçado para sacrificar os trabalhadores franceses no altar do mercado. O comportamento aristocrático de Hollande desgastou muito sua liderança: http://www.npr.org/sections/thetwo-way/2016/07/14/486003503/frances-socialist-president-pays-nearly-11-000-a-month-for-haircuts?utm_source=facebook.com&utm_medium=social&utm_campaign=npr&utm_term=nprnews&utm_content=20160714.
Os conflitos sociais se tornaram mais explosivos com a chegada ao território francês dos refugiados sírios. Eles são hostilizados por nacionalistas onde quer que o governo francês os abrigue. Cresceu nos últimos anos a força política e eleitoral da extrema direita racista, nacionalista, anti-islâmica e pró-saída da França da UE. Marine Le Pen explora diariamente as contradições que Hollande se esforça para preservar. Após o atentado em Nice, Le Pen clamou por guerra total ao islã.
Não querendo uma saída pela esquerda dos conflitos trabalhistas e financeiros que paralisam a França, François Hollande pode ser obrigado a se apropriar da agenda política de Marine Le Pen. Como George W. Bush Jr., o presidente francês deve estar se sentido tentado a utilizar a xenofobia nacionalista para amplificar sua capacidade de manter o mercado governando a França.
O sangue francês foi derramado em solo francês! Não pode ser ignorada a penetração deste mantra nas consciências dos franceses, cujo hino nacional sempre clama por vingança:
Aux armes citoyens
Formez vos bataillons
Marchons! Marchons!
Qu’un sang impur
Abreuve nos sillons
Às armas, cidadãos,
Formai vossos batalhões,
Marchemos, marchemos!
Que um sangue impuro
Banhe o nosso solo!
O sangue puro francês que foi derramado na França clama pelo sangue impuro do inimigo infiel onde quer que ele esteja! Marine Le Pen sabe exatamente como explorar os preconceitos e os elementos mais tóxicos da cultura francesa.
O atentado em Nice, especialmente neste momento, pode acabar se transformando num excelente pretexto para a guerra. Uma nova guerra francesa (verdadeira ou encenada para as câmeras de TV) certamente mudaria alguma coisa para manter tudo como está. Com o país em guerra, François Hollande poderia amedrontar a imprensa de oposição, silenciar os sindicados e exigir mais sacrifícios dos trabalhadores. E ninguém mais daria atenção ao fato dele gastar mensalmente uma fortuna para cortar o cabelo à custa dos contribuintes.
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O ataque francês, terrível
O ataque francês, terrível do mesmo jeito, parece ter saído do filme Um dia de fúria em que o personagem de Michael Douglas não consegue digerir seus fracassos e frustrações, passa a atacar por nada, tudo e todos que passam pela sua frente. Não creio num ataque terrorista. E ainda vejo coisas piores, ao ouvir o medíocre interino da Defesa do...? de onde mesmo? AH! do Brasil, dizer que reformulou o progrma de defesa das Olimpíadas - prestem atenção! das olimpíadas, e que estamos preparados para qualquer ataque. Acuma?
Então, já sabe, se houver ataque aqui, é porque virá daqui mesmo (talvez com ajudinha da Cia e do Obama. Eles sabem bem como funciona o 'negócio'.
Não
Tem qualquer relação com as torres gêmeas.