Denúncia: Corrupção na Casa Militar do Governo de Pernambuco

 

Enviado por Antonio Ateu

do blog de Noelia Brito

POLÍCIA FEDERAL, MPF E CGU DEFLAGRAM OPERAÇÃO CONTRA CASA MILITAR DE PAULO CAMARA. FRAUDES FORAM DENUNCIADAS PELO BLOG DA NOELIA BRITO

A Polícia Federal com apoio da Controladoria-Geral da União e da Procuradoria da República de Pernambuco deflagrou na manhã desta quinta-feira (09/11) a “Operação Torrentes” que visa desarticular um esquema criminoso de desvio de recursos públicos, fraudes em licitações e corrupção de servidores públicos vinculados à Secretaria da Casa Militar do Estado de Pernambuco. A investigação teve início no ano de 2016, a partir de um relatório elaborado pela Controladoria-Geral da União com relação aos gastos efetuados pela Casa Militar na cifra de R$ 450 milhões que lhe foram repassados pela União na denominada “Operação Reconstrução” para assistência às vítimas das enchentes que devastaram diversos municípios da mata-sul pernambucana em junho de 2010. Naquela ocasião verificou-se que a depender do objeto licitado, funcionários da Secretaria da Casa Militar direcionavam os contratos a diversos grupos empresariais em troca de contrapartidas financeiras. Também foram verificados indícios de superfaturamentos e inexecução de contratos.

Foram detectados, também, fortes indícios de superfaturamento em alguns contratos recentemente firmados pela Secretaria da Casa Militar com recursos públicos federais desta feita na “Operação Prontidão”, que tem por objetivo a reestruturação dos municípios da mata sul pernambucana atingidos, uma vez mais, pelas chuvas torrenciais ocorridas em maio do corrente ano de 2017.

No dia de hoje, 260 policiais federais de 10 estados da federação (PE, PB, MT, RO, AL, MA, RN, RR, AP, SE) e 25 (vinte e cinco) servidores da Controladoria-Geral da União-CGU, distribuídas entre 44 equipes estão dando cumprimento a 71 mandados judiciais, sendo 36 de busca e apreensão, 15 de prisão temporária e 20 de condução coercitiva em Pernambuco e no Pará (01 Condução Coercitiva). Também foi determinado o sequestro e a indisponibilidade dos bens dos principais investigados. O nome Torrentes faz alusão as enchentes que devastaram diversos municípios da mata-sul.

Todos os presos serão trazidos para a sede da polícia federal onde serão interrogados e dependendo do seu grau de participação e envolvimento responderão pelos crimes de peculato, fraude em licitação, corrupção ativa e passiva e associação criminosa, cujas penas ultrapassam os 25 anos de reclusão. Após serem ouvidos todos serão encaminhados para fazer exame de corpo de delito e compareceram à audiência de custódia e caso seja ratificada suas prisões os civis serão encaminhados para o Cotel e Colônia Penal Feminina e os militares para uma instituição designada pelo Comando da Polícia Militar de Pernambuco.

Os prejuízos aos cofres públicos ainda estão sendo contabilizados porque a Casa Militar à despeito de várias solicitações feitas pela Controladoria-Geral da União, não havia encaminhado os comprovantes de despesas que são essenciais para efetuar o respectivo levantamento. Coletiva de imprensa será concedida na sede da Polícia Federal em Pernambuco às 10h onde serão repassados maiores detalhes sobre as investigações!

A CASA MILITAR é o órgão da administração direta, subordinado diretamente ao Governador do Estado. É uma instituição destinada, fundamentalmente, para a proteção dos altos interesses do Estado, do governo e de seu povo. Suas funções, abrangem a segurança da máxima autoridade do Estado, a sede do governo e a ajudância-de-ordem do presidente ou governador. A Casa Militar é uma das secretarias integradas ao Palácio do Campo das Princesas. O Secretário-Chefe da Casa Militar possui as mesmas prerrogativas, direitos e vantagens atribuídas aos Secretários de Estados.

 

 

 

 

PF faz megaoperação contra fraudes em recursos para enchentes em Pernambuco

Do jconline

Viaturas foram vistas no Palácio do Campo das Princesas, sede do governo executivo estadual

Publicado em 09/11/2017, às 07h01
   
A Polícia Federal (PF) em Pernambuco realiza uma megaoperação na manhã desta quinta-feira (9) para desarticular um esquema de corrupção envolvendo servidores públicos do governo Estadual. De acordo com os investigadores, verba pública destinada para a reconstrução de cidades arrasadas por fortes chuvas no Estado foi desviada por criminosos. Viaturas da corporação foram vistas em prédios públicos como na sede do executivo estadual, o Palácio do Campo das Princesas, e da Vice-Governadoria. A Casa Militar é o principal alvo dos agentes. Quinze mandados de prisão temporária foram expedidos pela Justiça.

A movimentação começou logo no início da manhã. Na Operação denominada de “Torrentes”, os agentes investigam crimes de desvio de recursos públicos, fraudes em licitações e corrupção de funcionários públicos. A Secretaria da Casa Militar é o princial alvo da Polícia Federal que começou as investigações em 2016. De acordo com a apuração dos policiais, até R$ 450 milhões, que foram depositados pela União, na “Operação Reconstrução”, para a assistência de vítimas das enchentes de junho de 2010 na Mata Sul de Pernambuco, podem ter sido desviados. Há suspeita, ainda, de que dinheiro liberado para vítimas de enchentes das chuvas de maio deste ano, na “Operação Prontidão” também foram desviados.

Para o Palácio do Campo das Princesas, no bairro de Santo Antônio, foi designada uma equipe do Comando de Operações Táticas (Coti), considerada a elite da Polícia Federal. Segundo as investigações, os funcionários da Casa Militar direcionavam contratos de licitação para grupos de empresários, em troca de propina. A investigação começou depois de um relatório da Controladoria-Geral da União (CGU), que acompanha a operação desta quinta-feira. De acordo com a CGU, há ainda indícios de superfaturamento e inexecução de contratos. Procurada, a assessoria de imprensa do Palácio do Campo das Princesas disse que aguarda mais informações para poder se pronunciar.

Outros pontos da operação
Além da sede do governo estadual, mandados também são cumpridos no prédio da Vice-Governadoria, no bairro de Santo Amaro, e em um edifício do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). Policiais federais também cumprem mandados em um edifício no bairro das Graças. Veículos caracterizados da PF também foram vistos nos bairros da Torre e da Iputinga, na Zona Oeste do Recife. O bairro de Casa Caiada, em Olinda, na Região Metropolitana do Recife, também recebeu equipes da PF.

Além dos 15 mandados de prisão temporária que devem ser cumpridos em Pernambuco, há 36 mandados de busca e apreensão e 20 de condução coercitiva. Um mandado também deve ser cumprido no Estado do Pará, na região Norte do Brasil. Os presos serão levados para a sede da PF, no Recife. Eles devem ser processados pelos crimes de peculato, fraude em licitação, corrupção ativa e passiva, além de associação criminosa. As penas podem ultrapassar 25 anos de reclusão. Após as audiências de custódia, os presos devem seguir para a Colônia Penal Feminina do bom Pastor e para o Centro de Triagens (Cotel), em Abreu e Lima. Os militares presos devem ficar detidos em uma instituição determinada pelo Comando da Polícia Militar em Pernambuco.

Por volta das 8h, o advogado Ricardo Padilha, que foi preso no último mês de setembro por corrupção na merenda escolar da cidade de Lagoa do Carro, na Mata Norte, chegou à sede da Polícia Federal no Recife. Ainda não se sabe se ele foi preso temporariamente ou conduzido coercitivamente para prestar esclarecimentos aos investigadores.

Operação Reconstrução
A Mata Sul de Pernambuco foi atingida por fortes chuvas na segunda quinzena de 2010. Na época, 17 mil residências, cinco hospitais e quase 300 escolas foram devastadas. Vintes pessoas morreram e 27 mil pessoas foram desabrigadas. A promessa de investimentos na Operação Reconstrução seria de R$ 800 milhões, pagos em parceria com o Governo Federal. O plano previa a construção de 18 mil casas até o final de 2011.
http://jconline.ne10.uol.com.br/canal/politica/nacional/noticia/2017/11/09/pf-faz-megaoperacao-contra-fraudes-em-recursos-para-enchentes-em-pernambuco-315081.php

PF deflagra operação no Palácio do Campo das Princesas e na Vice-Governadoria
Ação visa desarticular esquema criminoso de desvio de recursos públicos, fraudes em licitações e corrupção

Por: Diario de Pernambuco
Publicado em: 09/11/2017 07:11 Atualizado em: 09/11/2017 09:51
Arte/ DP
Arte/ DP

A Polícia Federal deflagra desde as primeiras horas desta quinta-feira uma megaoperação para desarticular um esquema criminoso de desvio de recursos públicos, fraudes em licitações e corrupção de servidores públicos vinculados à Secretaria da Casa Militar do Estado de Pernambuco. Ao todo, 260 policiais federais de 10 estados da federação e 25 servidores da Controladoria-Geral da União participam da ação que teve como alvos o Palácio Campo das Princesas (sede do governo do estado), o prédio da Vice-Governadoria, no bairro de Santo Amaro, além de imóveis nos bairros da Torre, Graças e Beberibe – todos do Recife – e de Casa Caiada, em Olinda.

São 70 mandados judiciais nas mãos dos policiais federais em Pernambuco – sendo 15 de prisões temporárias, 19 de conduções coercitivas e 36 de busca e apreensão. Completa a operação um mandado de condução no estado do Pará. Até agora há confirmação de dois nomes envolvidos: O ex-comandante da Polícia Militar de Pernambuco, Coronel Carlos D’Albuquerque e o empresário e advogado Ricardo Almeida, que foi levado à sede da PF ao lado da esposa. Ricardo foi foi preso anteriormente por suspeita de envolvimento em desvios de verbas da merenda escolar na cidade de Lagoa do Carro, na Zona da Mata Norte de Pernambuco. Não há a informação se os dois têm mandados de prisão temporária ou condução coercitiva.
[FOTO1]
O comandante da Polícia Militar de Pernambuco, coronel Ivanildo Maranhão chegou à sede da Polícia Federal, mas não quis falar com a imprensa. Ele adiantou que falará sobre o caso posteriormente, em uma entrevista coletiva. Por volta das 9h20, outro detido chegou ao local, algemado e escondendo o rosto com um casaco.

Neste momento, viaturas caracterizadas e descaracterizadas não param de chegar à sede da PF, na Avenida Cais do Apolo, para onde estarão sendo encaminhados os presos (ou pessoas conduzidas coercitivamente) e o material apreendido. Um helicóptero da corporação também sobrevoa a área central do Recife.

A origem da operação

A operação Torrentes tem como base fortes indícios de superfaturamento em alguns contratos recentemente firmados pela Secretaria da Casa Militar com recursos públicos federais na “Operação Prontidão”, que tinha por objetivo a reestruturação dos municípios da mata sul pernambucana atingidos pelas chuvas torrenciais ocorridas em maio de 2017. Os prejuízos aos cofres públicos ainda estão sendo contabilizados porque a Casa Militar à despeito de várias solicitações feitas pela Controladoria-Geral da União, não havia encaminhado os comprovantes de despesas que são essenciais para efetuar o respectivo levantamento.

E agora?
Todos os presos serão serão interrogados e, dependendo do grau de participação e envolvimento, responderão pelos crimes de peculato, fraude em licitação, corrupção ativa e passiva e associação criminosa, cujas penas ultrapassam os 25 anos de reclusão. Após serem ouvidos, todos serão encaminhados para exame de corpo de delito e comparecerão à audiência de custódia. Caso seja ratificada suas prisões os civis serão encaminhados para o Cotel e Colônia Penal Feminina e os militares para uma instituição designada pelo Comando da Polícia Militar de Pernambuco.

Uma entrevista coletiva será concedida na sede da Polícia Federal em Pernambuco às 10h para detalhar as investigações
http://www.diariodepernambuco.com.br/app/noticia/vida-urbana/2017/11/09/interna_vidaurbana,730174/pf-deflagra-operacao-no-palacio-do-campo-das-princesas-e-na-rmr.shtml

Ex-comandante da PM e o empresário Ricardo Padilha são alvos da operação
A movimentação na sede da PF começou na madrugada desta quinta

Por: Diario de Pernambuco
Publicado em: 09/11/2017 08:47 Atualizado em: 09/11/2017 09:02
A movimentação está intensa na sede da Polícia Federal, que começa a receber as viaturas que atuaram desde a madrugada na Operação Torrentes. Mais de 200 soldados da PF – inclusive de outros estados – participam da ação. Além de vários materiais recolhidos na operação, o empresário Ricardo Padilha e sua esposa também foram trazidos à sede da Polícia Federal. Ainda não há confirmação se foi uma condução coercitiva ou uma prisão. Ricardo, inclusive, foi preso em setembro deste ano por suspeita de envolvimento em desvios de verbas da merenda escolar na cidade de Lagoa do Carro, na Zona da Mata Norte de Pernambuco.

Está confirmado também que o ex-comandante da Polícia Militar de Pernambuco, Coronel Carlos D’Albuquerque, é um dos alvos da operação e tem um mandado de condução coercitiva. O atual comandante da PM, coronel Ivanildo Maranhão, acaba de chegar à sede da PF e não quis fala com a imprensa – avisando que participará de uma entrevista coletiva em instantes.

PRESOS E CONDUZIDOS MILITARES:

Fábio de Alcântara Rosendo – CEL/PM – Prisão Temporária;
Laurinaldo Félix do Nascimento – TC/PM – Prisão Temporária;
Roberto Gomes de Melo Filho – CEL/PM – Prisão Temporária;
Waldemir José Vasconcelos de Araújo – CEL/PM- aposentado – Prisão Temporária;
Carlos Alberto de Albuquerque Maranhão Filho – CEL/PM – Condução Coercitiva;
Jair Carneiro Leão – CEL/PM – Condução Coercitiva;
Rolney Feitosa de Souza – CAP/PM – Condução Coercitiva;
Mário Cavalcanti de Albuquerque –CEL/PM – Condução Coercitiva;
Adauto Chaves da Cruz Gouveia Filho – PM/PE – aposentado – Condução Coercitiva;
Patrese Pinto e Silva – SD/PM – Condução Coercitiva;

EMPRESAS – BUSCAS E APREENSÃO:
Casa Militar;
Ceasa;
DTI, FJW, Regente Empresarial, JLPM;
DTI Soluções Empresariais/Project Comercial Eireli;
Megabag Indústria de Bolsas Ltda;
T&R Comercio de Artigos de Confecção Ltda;
AM Júnior Comércio de Artigos de Couro Ltda;
Escritório de Contabilidade de Elza Maria José de Santana;
CODECIPE;
Depósito de DTI – Soluções empresariais;

 

 

Do blog de Ricardo Antunes. http://www.ricardoantunes.com.br/excusivo-confira-os-nomes-dos-militares-presos-e-das-empresas-envolvidas-na-operacao-da-pf-em-pernambuco/

 

Redação

Redação

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  • Drummond Revisitado

    Nassif: Pernambuco foi só ponta de iceberg. Na verdade, vale a voz do poeta --- "a mão esta suja; não adianta lavá-la, temos que cortá-la". Mas a tarefa não é fácil. Veja que a própria istituição policial (como um todo) está sendo desmontada pelos cabeças do serviço de inteligência, que vivem passeando pelas casernas. Percebeu as guinadas na PF, logo após as na PGR? É o caminho...

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