Jornal GGN – O acusado de participar do assassinato de Marielle Franco e de seu motorista Anderson Gomes, ex-policial militar Élcio Vieira de Queiroz, tem uma empresa fantasma registrada em endereço de uma área pública pertencente à Prefeitura do Rio de Janeiro e que fica ao lado do local do atentado.
O ex-PM Élcio Vieira abriu uma empresa que nunca saiu do papel, informaram os réporteres Flávio Costa e Marina Lang, do Uol. No registro da suposta empresa que nunca foi construída, o endereço é de um local público, de 2,8 mil metros quadrados, da Preferitura do Rio e que está somente a 600 metros do local dos assassinatos de Marielle e Anderson.
Vieira está preso há 6 meses, sendo apontado como um dos acusados da morte, por ter dirigido o carro de onde partiram os tiros. A empresa, curiosamente, foi criada depois e não antes do assassinato do dia 14 de março de 2018. Ao ter sido questionado, o ex-PM afirmou que recebeu da prefeitura a “concessão” para utilizar o terreno como estacionamento, mas que desistiu.
A defesa não informou como ele teria recebido essa permissão da prefeitura. O advogado Henrique Telles disse apenas que “as coisas mudaram” e que o ex-PM desistiu. “Só que isso foi uma questão política. E você sabe que a política é que nem as nuvens, seja a política na esfera municipal, estadual ou federal. Hoje a política está de uma forma e depois muda”, disse, sem dar detalhes.
Questionado pela reportagem do Uol, o advogado disse não ter conhecimento: “Eu não sei, me parece que foi pelos canais oficiais. Não sei a a forma como ele conseguiu, ele não entrou em detalhes a respeito.”
A Prefeitura também foi procurada e disse que o espaço era sede da antiga revista “Manchete”, quando em 2000 o prédio foi abandonado e assumido pela Prefeitura, em 2012, após a reintegração de posse de famílias que haviam ocupado o espaço. O local estaria sendo planejado para a construção de moradias do programa Minha Casa, Minha Vida.
As investigações ainda se cruzam com o ex-conselheiro do Tribunal de Contas do Estado do Rio (TCE-RJ), Domingos Brazão, apontado pelos investigadores como o mandante do crime e por obstruir as investigações do caso Marielle Franco. Brazão tem um posto de gasolina a 550 metros deste terreno que teria sido oferecido ao ex-PM para ser utilizado.
No mesmo dia em que o conselheiro afastado prestou depoimento sobre o inquérito, Élcio Vieira de Queiroz deu baixa na empresa fantasma, sem nunca ter utilizado nem o espaço ou outra atividade.
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2.800 metros quadrados: bela praça com o nome
Praça Marielle Franco.
Bela homenagem.
A prefeitura, mesmo com o bispete escaravelho, pode - e deve - transformar o "abandono"
em algo de representação social.