Jornal GGN – O criador de uma das redes pró-Bolsonaro, Carlos Henrique Nacli Bastos, criticou a articulação do filho do presidente, o senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ) contra a CPI da Lava Toga. Em entrevista ao El País, disse que “nem no governo do PT, a Lava Jato esteve tão ameaçada”, e que a crítica foi compartilhada em grupo do WhatsApp com 15 mil participantes.
O bolsonarista afirmou que o filho de Jair Bolsonaro tem adotado as mesmas posturas de “caciques petistas”, no caso da apuração do ex-assessor Queiroz está “enrolando como pode o STF”. “Isso, para nós, que lutamos tanto em defesa da Lava Jato e a favor de uma limpeza no país, já serve como prova de culpa”, disse.
“O senador Flávio Bolsonaro desde que foi pego no caso Queiroz ao invés de usar o lema tão defendido pelo seu pai ‘conhecereis a verdade e ela vos libertará’ tem feito exatamente o contrário. Ele está fazendo exatamente a mesma coisa que os caciques petistas, emedebistas e peessedebistas fizeram quando seus nomes surgiram em delações, está se protegendo pelo foro privilegiado e enrolando como pode o STF. Isso para nós, que lutamos tanto em defesa da Lava Jato e a favor de uma limpeza no país, já serve como prova de culpa. Já diz o ditado: ‘Quem não deve não teme'”, completou.
Ainda, segundo ele, as críticas “infelizmente, atingem sim o governo [Bolsonaro], porque o próprio presidente nacional do PSL [Luciano Bivar] já se posicionou contra a abertura da CPI. Isso demonstra que o partido do presidente não está em sintonia com o povo que sai nas ruas há tantos anos”, manifestou, acrescentando que o povo “está cansado de ser enganado e manipulado, e quanto mais tempo demorar para o governo deixar claro qual lado está, maior o desgaste”.
Como representante dos eleitores de Bolsonaro, que formam a grande parte da frente anti-PT e acreditam que o partido dos ex-presidentes do Brasil foram os geradores da corrupção nacional, o criador do grupo no WhatsApp chegou a dizer que “nem no governo do PT a Lava Jato esteve tão ameaçada”.
“Provas disso são a proibição da utilização dos dados do COAF nas investigações, a decisão da 2ª Turma do STF em anular a condenação de [Aldemir] Bendine, sentença que pode ser usada para anular outras cem condenações da Lava Jato, a Lei de Abuso de Autoridade, que pode beneficiar Renan Calheiros e [Roberto] Requião, e agora por último a visível guerra para tentar barrar a abertura da CPI da Lava Toga”, disse.
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