A resposta de São Bernardo sobre a incineração do lixo

De Prefeitura de São Bernardo do Campo

Resposta ao post “A incineração do lixo em São Bernardo do Campo

É preciso entender e compreender o projeto de São Bernardo do Campo para não incorrer em erros. 

O projeto de São Bernardo do Campo é complexo e necessita minimamente de entendimento para não incorrer em erros e promover uma desinformação generalizada.

Primeiramente esse projeto é pioneiro no país e atende plenamente a Política Nacional de Resíduos Sólidos que em seu artigo 9º dispõe que deve ser dada ordem de prioridade da não geração, redução, reutilização, reciclagem e tratamento dos resíduos sólidos antes da disposição final ambientalmente adequada dos rejeitos.

O projeto de São Bernardo do Campo conta sim com um processo de incineração com recuperação de energia, mas é preciso compreender que esse sistema é o último tratamento dado ao resíduo e que antes dos materiais serem encaminhados à queima, os resíduos passarão por centrais de triagem operadas por cooperativas, unidade de compostagem para tratamento da fração orgânica e triagem mecanizada para retirada de recicláveis. Nesse fluxo de materiais cada tipo de resíduo tem seu destino adequado, conforme preconiza a Política, e o incinerador será o sistema que concorrerá com o aterro sanitário que na região do ABCD, já se tornou um problema pela falta de áreas disponíveis para ampliação ou criação de novos aterros.

É importante entender também que o valor de 4 bilhões de reais, em 30 anos, não é para o incinerador e sim para todo o sistema de limpeza urbana no município que contará com serviços – além dos comuns à limpeza como coleta, varrição, lavagem, capina e outros – também com novos serviços como conteinerização dos resíduos, feira limpa, limpeza de núcleos e áreas de difícil acesso, sistema de monitoramento, controle e avaliação dos serviços (com participação da sociedade), remediação da área do antigo lixão do Alvarenga, 6 centrais de triagem operadas por cooperativas de catadores, 30 ecopontos e 600 pontos de entrega voluntária.

Assim dessa forma, é preciso conhecer o projeto de São Bernardo do Campo e não simplesmente colocar informações incorretas que podem prejudicar a análise crítica da sociedade.

Luis Nassif

Luis Nassif

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