Jornal GGN – De acordo com relatórios do Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM), o Brasil tem, pelo menos, 16 barragens de mineração que são inseguras. Os dados foram atualizados pela última vez em abril de 2014, e as barragens inseguras estão nos Estados de Minas Gerais, Amazonas, e Pará.
Apesar do levantamento ser considerado um avanço, especialistas também consideram que é preciso melhorar a avaliação. “Por utilizar critérios muito simples a análise acaba subestimando ou superestimando o risco”, diz o engenheiro ambiental Marcelo Valeriusus, da secretaria estadual de Meio Ambiente de Goiás. Já o engenheiro Jehovah Nogueira Júnior diz que é importante projetar e monitorar as barragens de rejeitos barragens de rejeito “como se fossem barragens de usinas hidrelétricas”.
Da Folha
Segundo DNPM, 16 podem estar em risco
Nome da barragem | Empreendedor | Principal substância | Estado | Município |
---|---|---|---|---|
Volta Grande 1 | AMG MINERAÇÃO S.A | TANTALITA | MG | NAZARENO |
Volta Grande 2 | AMG MINERAÇÃO S.A | TANTALITA | MG | NAZARENO |
Bocaina | GERDAU AÇOMINAS S.A. | FERRO | MG | OURO PRETO |
Bacia B2 | Imerys Rio Capim Caulim S/A | CAULIM | PA | BARCARENA |
Bacia B3 | Imerys Rio Capim Caulim S/A | CAULIM | PA | BARCARENA |
Bacia Corpo B | Imerys Rio Capim Caulim S/A | – | PA | IPIXUNA DO PARÁ |
0-2 | Mineração Taboca S.A. | ESTANHO | AM | PRESIDENTE FIGUEIREDO |
189 | Mineração Taboca S.A. | ESTANHO | AM | PRESIDENTE FIGUEIREDO |
22 | Mineração Taboca S.A. | ESTANHO | AM | PRESIDENTE FIGUEIREDO |
30-1 | Mineração Taboca S.A. | ESTANHO | AM | PRESIDENTE FIGUEIREDO |
42 | Mineração Taboca S.A. | ESTANHO | AM | PRESIDENTE FIGUEIREDO |
68-1 | Mineração Taboca S.A. | ESTANHO | AM | PRESIDENTE FIGUEIREDO |
69 | Mineração Taboca S.A. | – | AM | PRESIDENTE FIGUEIREDO |
75-1 | Mineração Taboca S.A. | ESTANHO | AM | PRESIDENTE FIGUEIREDO |
81-1 | Mineração Taboca S.A. | – | AM | PRESIDENTE FIGUEIREDO |
Pau D’Arco | Mineração Taboca S.A. | ESTANHO | AM | PRESIDENTE FIGUEIREDO |
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Nassif, desculpa abrir um
Nassif, desculpa abrir um parênteses aqui, mas acho que seria bacana o blog esclarecer uma seguinte questão que tem rolado nas redes sociais: um boato de que a Dilma teria decretado que o desastre de Mariana era "natural" e que, portanto, estaria eximindo a culpa da Samarco e agindo no sentido de, portanto, encobri-la.
Queria dizer que este boato é completamente falso. O que aconteceu foi o seguinte: foi editado decreto apenas para fins de liberação do FGTS, que coloca como hipótese de saque o acontecimento de desastres naturais.
A matéria abaixo esclarece bem o assunto e pediria a gentileza de, se possível divulgar.
http://dafani.jusbrasil.com.br/artigos/257142416/decreto-federal-exclui-responsabilidade-das-mineradores-em-rompimento-de-barragem
Onde está o governo ?
Óbvio que os principais caulpados pelas barragens inseguras são as empresas.
Mas o governo tem sua parte de dolo nisso depois , afinal por que não fiscalizou essas barragens antes, só resolveu se mexer depois da tragédia acontecer?
Será que é por que as mineradoras são doadoras de campanha ?
Cadê a ex ministra das Minas e Energia, a super gerente ? Além de passar de helicóptero, bem longe do povo e sem risco de sujar os sapatos de salto o que ela fez ANTES, como ministra e depois como presidente, para evitar isso?
O surpreendente foi a declaração do Engenheiro.
Aí está a origem de tudo, uma barragem para rejeitos é normalmente projetada e monitorada por engenheiros de minas, estes não tem formação específica para este tipo de obra, eles conhecem mais solos do que o engenheiro hídrico, porém o conhecimento de dimensionamento de demais órgãos e estruturas que compõe uma barragem convencional não é o seu forte (praticamente nos cursos de engenharia de minas, estruturas hidráulicas, hidrologia e canais é visto superficialmente.
"Já o engenheiro Jehovah Nogueira Júnior diz que é importante projetar e monitorar as barragens de rejeitos barragens de rejeito "como se fossem barragens de usinas hidrelétricas"."
Numa barragem para rejeitos as condições de estabilidade são piores do que numa barragem convencional, pois a mistura solo+água dá um empuxo muitas vezes superior ao da água (no caso de solo ferroso, ainda pior).
Agora, nisto tudo está as disputas por habilitações versus competências, algo que vem se arrastando no CONFEA há mais de dez anos.
O DNPM é um caso clássico de
O DNPM é um caso clássico de órgão público arcaico e negligente, cujos servidores possuem pontos de vista mancomunado com o setor privado, assim como as agências reguladoras. Seus profissionais vieram e/ou voltam para a iniciativa privada. Em geral são contra regras ambientais e de defesa do consumidor, facilitando a vida das empresas, vislumbrando apenas os números mágicos de produção crescente.
Enquanto não houver punibilidade criminal aos profissionais que assinam laudos periciais, pareceres, de monitoramento e relatórios de fiscalização, no setor público e privado, isto não vai mudar.