Enquanto isso…
EJESA se desfilia da ANJ
Do Adnews
26/07/10
A Ejesa – Empresa Jornalística Econômico S.A. – responsável pelas publicações Brasil Econômico, Campeão, Meia Hora e O Dia, solicitou hoje, 26, a desfiliação junto à ANJ (Associação Nacional de Jornais).
Por meio de uma carta enviada à instituição, a Ejesa posicionou-se contrária à postura adotada pela ANJ. Em nota, o Grupo Editorial informa que “apóia de forma incondicional toda e qualquer ação que vise assegurar a manifestação do pensamento, a criação, a expressão, a educação e o livre fluxo informativo. “
O comunicado também diz que a Ejesa “sentiu-se prejudicada quando acusada de uma série de denúncias inverídicas. A empresa ainda ressalta que, para esclarecer a sua composição acionária e a sua legalidade, a análise de documentos societários que se encontram devidamente registrados na Junta Comercial seria o suficiente.
A Ejesa defende com todas as suas forças a plena liberdade de informação jornalística, primando sempre pela finalidade educativa, artística, cultural e informativa, notadamente na promoção da cultura nacional e regional. A empresa preza pelo fundamental respeito aos valores éticos e sociais da pessoa e da família brasileira.
Em desacordo com o tratamento que lhe tem sido dispensado, a Ejesa entende que a ANJ oportunamente
1) negou injustificadamente o ingresso da EJESA no seu quadro de associados
2) se esquivou de defender os direitos do ser humano, os valores da democracia representativa, a livre iniciativa, e, também, a livre concorrência
3) se desincumbiu do dever de representar os interesses gerais da imprensa junto ao poder público
4) prejudicou o desenvolvimento das atividades empresariais da signatária
5) promoveu a realização de Audiência Pública com escopo desleal e tendencioso
6) desrespeitou o Código de Ética e Auto Regulamentação da entidade, ao se negar a publicar a verdade dos fatos de interesse público, admitindo que sobre eles prevalecessem interesses mercantilistas;
Portanto, a Ejesa requeriu, de pronto, na qualidade de titular de 99,9998% do capital social da EDITORA O DIA S/A, a desfiliação junto à ANJ daquela que é sócia-fundadora da instituição. “
Por Tomás Rosa Bueno
Tá mais ou menos explicado:
Verdade inconveniente
11/06/10 07:22 | Ricardo Galuppo – Diretor de Redação do Brasil Econômico
Se fosse apenas pela situação societária da Empresa Jornalística Econômico, que edita o Brasil Econômico e O Dia, apoiaríamos sem problemas a Associação Nacional de Jornais (ANJ) e a Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão (Abert) em sua cruzada contra o suposto controle estrangeiro de alguns veículos de comunicação no Brasil.
Seria mais cômodo. Afinal, como organização constituída em obediência e sob a proteção da lei do país, nada nos custaria defender os privilégios que o artigo 222 da Constituição reserva para empresas de comunicação controladas por brasileiros natos – o que é exatamente nosso caso.
A coerência, no entanto, nos obriga a discordar de uma campanha baseada na utilização da força de alguns veículos em defesa de um valhacouto que não faz sentido numa sociedade democrática, pluralista e inclusiva como o Brasil.
O que a ANJ e Abert pretendem é defender os interesses de dois de seus associados (as Organizações Globo e de sua sócia, a Folha de S. Paulo) diante das mudanças velozes que vêm acontecendo na mídia do país.
A verdade inconveniente é que o lançamento do Brasil Econômico, em outubro do ano passado, sinalizou uma mudança sensível nesse cenário: o surgimento de um novo grupo de comunicação num mercado modorrento, há décadas acomodado em torno de competidores que o haviam loteado entre si.
A aquisição do grupo O Dia, no final de maio, multiplicou ainda mais esse incômodo.
A quebra de privilégios e o aparecimento de competidores dispostos a investir e a gerar empregos é sempre saudável.
A velha indústria automobilística, nos anos 1990, barrou enquanto teve forças a chegada de novas montadoras ao Brasil. Elas vieram mesmo assim, o que acabou sendo bom para o país.
O mesmo pode ser dito em relação à siderurgia, às telecomunicações, à informática e a um monte de ramos industriais antes protegidos por reservas de mercado indecentes.
A pergunta é: por que a mídia também não pode se abrir a novos competidores? Arejar todos os setores da economia é bom para o Brasil. E, como empresa brasileira que somos, sempre defenderemos o que for melhor para nosso país.
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Agora, a pergunta é: o Valor Econômico pertence ou não a um grupo português?
A Time-Life estava ou não por trás de grande parte do capital que permitiu a expansão da Globo nos anos 70?
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