Campanha tenta preservar programação e qualidade da Rede Minas

Olá, Nassif. Gostaria que você aboradasse no blog os problemas sofridos pela Rede Minas, TV Estatal e educativa do governo de MG. A emissora corre o risco de encerrar suas atividades ou pelo cancelar a produção local. Neste momento de concentração da mídia na Rede Globo penso eu ser de importância fundamental manter e o poder das emissras estatais e não comprometidas com o “padrão globo” do PIG. A Rede Minas tem importância no cenário cultural da cidade e do estado de MG e tem na sua programação grandes sucessos que á vários anos cativam os telespectadores mineiros como o Alto Falante e  programa de entrevistas de Roberta Zampetti. Tenho acompanhado o Blog do Nassif e acho que por suas posturas independentes e democráticas o site não pode se furtar a abordar este problema, sob meu ponto de vista muito grave.

#SalveaRedeMinas – Campanha quer garantir mais transparência no concurso público

Desde que o esperado concurso público da Rede Minas de Televisão foi anunciado, cerca de 300 funcionários da emissora estão receosos. É que a qualquer momento, pode haver demissões em massa e extinção de programas.
Mas, o que era para ser algo a ser usado para melhorar a gestão, está se tornando uma espécie de terrorismo. O medo é que a programação atual seja descontinuada. Em protesto, na última segunda-feira (22/07), telespectadores e funcionários deram um abraço simbólico no prédio da Rede Minas.

Tudo começou quando a emissora pública teve que se adequar às normas do Ministério Público. Com isso, a Associação de Desenvolvimento da Radiodifusão de Minas Gerais (ADTV) – que faz a gestão da Rede Minas, foi obrigada a acabar com o modelo de terceirização na contratação.
Para lutar por uma TV Pública transparente e por um período de transição que respeite todo o acervo de conteúdo audiovisual da emissora e continue oferecendo uma programação de qualidade, funcionários e telespectadores criaram a campanha #salvearedeminas.
Para participar, basta curti a Fan Page no Facebook e enviar uma foto segurando uma placa ou cartaz com a #hashtag já citada. A ideia é mobilizar a sociedade nas redes sociais sobre a importância de garantir que o processo de transição não interfira na qualidade programação da emissora e que possa oferecer qualificação profissional aos concursados. Assista o vídeo:
Em breve, pessoas ligadas à campanha #salvearedeminas vão produzir um debate para esclarecer os motivos da mobilização e também irão discutir questões ligadas à manutenção das emissoras públicas/educativas no Brasil e em Minas Gerais.
O debate será transmitido ao vivo pela equipe do Mídia NINJA e da @pos_TV por meio da internet para que todos possam acompanhar esse período crítico de mudança da terceira maior emissora pública do Brasil. Desde já, o blog Café com Notícias se solidariza com a causa e apoia o movimento.
Para entender melhor o que está acontecendo com a Rede Minas, leia abaixo a reprodução da Carta Aberta criada pela equipe que administra a fan page do #salvearedeminas e que tem sido muito repercutida nas redes sociais. Confira:
Carta aberta à sociedade
A Rede Minas de Televisão passa por um momento delicado em sua história. Já são trinta anos dedicados à divulgação e à valorização da cultura mineira. Trinta anos de um diálogo estreito e amigável com todos os que quiseram trazer arte, cultura, conhecimento e diversão para as nossas telas.
Então, #salvearedeminas. Você é Rede Minas, somos todos Rede Minas. Juntos fizemos dessa TV a nossa voz e o nosso olhar. Hoje pedimos socorro, pedimos ajuda. Somente com a união de todos podemos fazer frente a uma sombria realidade que se aproxima. A programação da emissora pode passar por uma drástica redução.
Os atuais 25 programas da grade da TV podem ser, de uma hora para outra, reduzidos a apenas 5. Isso se houver demissão em massa como se anuncia. Pergunta-se: como fica a tela de Minas Gerais sem entretenimento, cultura e informação?
Nós, mineiros, já estamos acostumados com um conteúdo de qualidade, respeito ao telespectador, com uma televisão que fez um caminho alternativo e de contraponto a uma programação meramente comercial.
Concurso público sim, mas com respeito! Queremos continuar sendo vistos e ouvidos. E desejamos transparência neste processo de transição.
ENTENDA O CASO
Em julho de 2004, a Fundação TV Minas assinou – com o Ministério Público do Trabalho e com o Ministério Público Estadual – o Termo de Ajustamento de Conduta (TAC), comprometendo-se a realizar concurso, porém, este processo não ocorreu e a emissora foi punida pela Justiça, sendo condenada a pagar multa de R$ 3,8 milhões.
Como parte do processo, em 2005, a Associação de Desenvolvimento da Radiodifusão de Minas Gerais (ADTV) foi fundada e qualificada como Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (Oscip) pelo fato de funcionar como uma empresa privada que administra verba pública.
A entidade foi elevada à categoria de “interesse público” pelo Ministério da Justiça. A ADTV assumiu atividades que eram exercidas anteriormente pela Fundação TV Minas como, por exemplo, a tarefa de executar e promover ações culturais e educativas relacionadas à produção e veiculação de radiodifusão, sons e imagens; e atividades relacionadas à telecomunicação e transmissão.
Em maio de 2013, a Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) votou e aprovou o Projeto de Lei 3.252/2012, de autoria do Governador Antônio Anastasia, que propõe uma nova estrutura de cargos e funções da Fundação TV Minas (plano de cargos e salários).
De acordo com as informações de que os funcionários dispõem neste momento, a realização do concurso não garante a permanência da grade atual e não prevê o registro de qualificação profissional dos funcionários concursados. O edital está previsto para agosto de 2013.
Este período de transição acarretará a demissão de mais de 300 funcionários da Rede Minas. Não somos contra a realização do concurso! O que queremos é a manutenção da qualidade da programação desta emissora educativa e cultural, que só será mantida com condições justas de trabalho. Neste sentindo, clamamos por transparência neste processo de mudanças.
Devido a todas essas questões somadas a problemas orçamentários, cinco programas foram extintos [Curta, Emprego e Renda, Jornal Visual, Rede Mídia e Trilhas do Sabor] em 2013 e 50 funcionários foram demitidos.
Veja a lista dos outros programas que estão correndo risco de sair do ar:
Agenda
Alto-Falante
Brasil das Gerais
Breve História
Clube do Esporte
Coletânea
Curta
Dango Balango
Diverso
Feira Moderna
Harmonia
Imagem da Palavra
Jornal Minas
Mais ação
Meio de Campo
Missa Dominical
Noturno
Opinião Minas
Palavra Cruzada
Planeta
Redação

Redação

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  • Obrigado Nassif

    Obrigado por elevar meu comentário a tópico. Espero ajudar a esclarecer a todos sobre esta morte anunciada da Rede Minas. Vale lembrar que tudo isso acontece como consequência do famoso "choque de gestão" de Aécio Neves no seu primeiro mandato como Governador. E desmascara também outro grande mito que corre em MG. A "enorme competência" de Antônio Anastasia como administrador! Ou será que uma pessoa tão competente assim como administrador deixaria esta situação chegar a este ponto??  E este não é o único problema que a "excelente admnistração" de Anastasia deixou para trás em MG. Nos jornais e tvs só elogios para esta farsa !! Mas perguntem a quem trabalha com arte ou cultura, para quem é funcionário público do estado, ou para quem é agricultor... a lista de insatisfeitos só é menor que "enorme competência" de Antônio Anastasia como governador.

  • Mastercabo

    Assino a mastercabo, e através assisto todos os domingos pela manhã a Inezita e após o Rolando no Sr. Brasil, na T v Minas.

    Tem uma semana que o sinal da TV Minas está cortado e hoje, domingo, permanece fora do AR.

    A origem de todo esse imbrólio é o já famoso "Xoque de Jestão" do governo mineiro.

  • E o canal 2 de Florianópolis

    E o canal 2 de Florianópolis que transmitia a antiga TV Educativa (atual TV Brasil)? Sumiu.

  • Minas governada pelo PSDB

    Esforço-me para encontrar na atuação do PSDB em Minas algo de que, mineiros, possamos nos orgulhar. De tudo, o que mais me incomoda é o modo leviano de, através de uma propaganda truncada e dissimulada, o governo nos tratar a todos como idiotas, fazendo reiteradamente manipulação de dados e informações com o fito de nos convencer de suas boas intenções: anunciam-se programas de governo focalizados que atendem a uma parcela ínfima da população como se fossem programas amplos; omitem-se informações sobre responsabilidades e financiamentos de obras públicas, fazendo crer que o mérito é sempre do governo estadual e o demérito sempre dos municípios e da união.

    O funcionalismo público, à excessão de nichos como Tribunal de Contas, Assembléia Legislativa e outros órgãos muito específicos, ressente a falta de diálogo e a fúria privatista do modelo tucano.O modo como profissionais da educação e da saúde são tratados reflete bem a preocupação que tem com essas áreas o governo que se nega a aplicar o mínimo constitucionalmente determinado. 

    Lhano com o agronegócio e com o empresariado, o grupo que ocupa o Palácio da Liberdade desde 2003 mostra sua força e hostilidade em sua relação com os movimentos sociais e com os trabalhadores. 

    A propaganda. A propaganda do governo é onipresente. Rádios cativas, jornais gentilíssimos, revistas laudatórias (existem umas duas ou três revistas mineiras, que se parecem uma cruza de caras com veja, fartas de propaganda governamental e de mal disfarçada propaganda político-partidária. São homenagens aos tucanos mineiros, sempre elogios.). Alguém sabe me dizer se há limitações legais para gastos com propaganda ou se há limitações na forma e no conteúdo? Se não há, penso que é hora de se pensar nisso: a publicidade governamental deveria se ater ao mínimo necessário para o cumprimento do objetivo de publicizar e informar o cidadão.

  • Essa situação começou já em

    Essa situação começou já em 2010, logo após a eleição. Uma grande quantidade de profissionais sérios, talentosos e comprometidos foram demitidos ou saíram ( a maioria) ao serem pressionados por uma nova diretoria medíocre e vaca de presépio do governo estadual. Durante mais de dois anos houve a sangria de cabeças pensantes e atuantes sem nenhuma repercussão. A grita geral só foi aparecer quando os setores que sempre foram privilegiados dentro da emissora se deram conta de que também corriam sério risco de rodar. Por isso é preciso muito cuidado antes de aderir cegamente a esse movimento #salvearedeminas. Ao lado de objetivos culturais procedentes estão também as reivindicações de uma casta que, ao longo de anos, vem se servindo do grosso das verbas e benesses destinadas  ao veículo. A tv passa por um processo doloroso mas legal e anunciado de transição. Tem muita gente querendo manter cargos, salários e benesses ao largo do processo legal.

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