O Brado Retumbante, minissérie global que estreou no último dia 17, seria uma obra de ficção?
É a pergunta que todos andam fazendo. Eu diria – em função de uma leitura muito particular – que, em certo sentido, sim. Mas, se deitarmos um atento olhar para alguns coincidentes detalhes que vão surgindo ao longo da “trama ficcional”, ele nos revelará, aos poucos, que a ficção cede lugar à maquiavélica construção de uma realidade que se pretende instaurar num futuro não muito distante.
A obra foi escrita por Euclydes Marinho que contou com a colaboração de Nelson Motta, Denise Bandeira e… Guilherme Fiuza.
Fiuza, como se sabe, é um notório articulista da oposição sem rumo que tenta, sem sucesso, retomar o poder e compartilhá-lo com uma elite pouco afeita ao papel de coadjuvante em uma sociedade que vem se construindo, desde o Governo Lula, a partir do principal personagem: o povo.
Se juntarmos – num caldeirão bruxo-midiático – a Rede Globo [emissora que veicula a minissérie] e, especialmente, o colaborador Fiuza, teremos uma “diabólica porção mágica” cujo intuito é intervir nos processos eleitorais que se avizinham: 2012 e 2014.
A trama, conduzida com intenções subliminares, almeja dar vida a personagens, por assim dizer, pouco “ficcionais”, se os compararmos a algumas figuras da política brasileira contemporânea.
Quem não reconhece, por exemplo, Aécio Neve no papel de Paulo Ventura [Domingos Montagner]? Os instintos aecianos [ou pelo menos o que se divulga sobre a “insaciabilidade” do senador mineiro… ou será carioca?] estão lá presentes no presidente Paulo Ventura [a simples consulta a um dicionário, nos dará os sentidos possíveis para o sobrenome “Ventura”… Façamos um entrelaçamento entre o semântico e a realidade política atual e teremos algumas hipóteses interessantes].
A tênue barreira entre “ficção” e realidade política foi duramente tencionada no capítulo desta sexta-feira, dia 20. A temática posta em algumas cenas não deixa dúvidas de que ficção e realidade são a mesma coisa [!]. Ficou claro que a emissora, pelas mãos do autor e colaboradores [não nos esqueçamos do Guilherme Fiuza!], tem um propósito nada ficcional. Vejamos:
Antônia Ventura, professora de história e esposa do recém-empossado presidente, recebe do professor e amigo Guilherme um pen drive com informações confidenciais e importantes que podem gerar um escândalo no Ministério da Educação. O conteúdo do arquivo está relacionado à “qualidade histórica” dos livros didáticos adotados pelo Ministério… Alguma coincidência?
Três dados interessantes podem ser “eleitos” neste episódio:
Assim é que, a partir das denúncias de Guilherme [Chamado de “bonitão” pela mãe do presidente… Olha o culto à imagem do Fiuza… pelo próprio Fiuza?!?], o “fictício” Ministério da Educação entra na alça de mira. Não nos esqueçamos de que a mídia golpista, no mundo real, não deu sossego às ações levadas a cabo por Fernando Haddad, enquanto ministro da pasta.
Pode-se entrever algumas não “meras coincidências” ao longo do capítulo [O brado da primeira-dama].
Pode-se entrever, também, uma tentativa desesperada de um certo conluio midiático-partidário em decepar, no nascedouro, uma possível tomada de poder da prefeitura de São Paulo pelo PT.
Haddad, pela possibilidade de ser o “ungido” – assim como foi Dilma Rousseff -, está no olho do furacão midiático.
Acompanhe comentários nos vídeos postados aqui e aqui.
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