Mídia

Vítima de lawfare em 2010, Erenice Guerra narra perseguição da mídia por anos

Jornal GGN – Erenice Guerra, ex-ministra do governo de Dilma Rousseff, sofreu por anos acusações e ataques da imprensa à ela e sua família, a partir de 2010. Mesmo tendo sido inocentada e o caso arquivado, lamenta: “nunca encontraram 10 reais que não houvesse justificativa jurídica, nunca”.

Erenice foi ministra da Casa Civil de março a setembro de 2010. Naquele ano, sofreu intensa perseguição midiática, que a levou a pedir demissão e deixar o cargo.

Apesar das acusações e danos à sua imagem permanecerem por ainda dois anos, as suspeitas caíram e nunca houve um pedido de retratação por parte da imprensa.

O caso ainda consta no Wikipedia, com a seguinte descrição: “O Caso Erenice Guerra foi um escândalo político que teve estopim no dia 11 de setembro de 2010, graças a uma denúncia da revista Veja, que o filho da ex-ministra da Casa Civil Erenice Guerra, Israel Guerra, estava envolvido em tráfico de influência, favorecendo sua empresa de aviação, MTA linhas aéreas e assim fazendo uma negociação com os Correios.”

À época, o GGN noticiou que as acusações contra ela e sua família foram desmentidas.

Inicialmente, inclusive, a pessoa apontada como a principal fonte da revista Veja que teria denunciado o suposto lobby, Fabio Baracat, desmentiu a revista e afirmou ter ficado surpreso com as informações publicadas.

Dois anos depois, o Tribunal Regional Federal não detectou irregularidades e arquivava o processo contra a ex-ministra. O juiz da 10ª Vara Federal Vallisney de Souza Oliveira afirmou em sua decisão não haver nenhuma prova contra Erenice Guerra.

Mesmo com o caso arquivado, a perseguição midiática permaneceu e anos após as publicações iniciais, a imprensa continuava a levantar suspeitas de “lobby” contra a ex-ministra.

“A imprensa explorou isso durante anos. Até hoje a imprensa solta notinha se referindo à ‘aquela’ Erenice Guerra que fazia algum malfeito, o que nunca foi comprovado”, criticou, em entrevista ao 247.

Redação

Redação

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  • A imprensa só poderá ser chamada de livre quando ao realizar uma reportagem, principalmente sobre qualquer cidadão, ter evidências irrefutáveis sobre aquilo que está publicando, caso contrário não passa de um meio de fofoca e, caso não seja comprovado aquilo que foi publicado, quem escreveu a reportagem e quem a tornou pública deveriam ser rigorosamente punidos e presos, perdendo seus registros, algo que não acontece hoje. Muitos falam em preservar a "fonte", não é esse o caso, pois se a "fonte" tem certeza do que fala deve, além de falar, mostrar evidências que possam ser verificadas para que não haja dúvidas no que será divulgado.

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