Jornal GGN – O Índice de Confiança do Comércio (ICOM) manteve a trajetória de declínio observada ao longo de 2014 no trimestre findo em setembro, ao variar -8,7% em relação ao mesmo período do ano anterior, segundo dados divulgados pela Fundação Getúlio Vargas (FGV). Na mesma base de comparação, as taxas de variação haviam sido de -6,3% em julho, e -7,3%, em agosto.
A taxa interanual trimestral do Índice de Expectativas (IE-COM) passou de -4,3%, em agosto, para -4,2%, em setembro. No mesmo período e bases de comparação, o Índice da Situação Atual (ISA-COM) passou de uma taxa de -12,1% para -15,9%, respectivamente. Considerando-se comparações interanuais mensais houve piora no indicador (de -5,1%, em agosto, para -7,6%, em setembro) e no ISA-COM houve melhora relativa, mas com taxas negativas muito expressivas (-19,4% para -17,9%).
Na base de comparação trimestral, houve ligeira melhora das expectativas nos segmentos Veículos, Motos e Peças – em que a variação interanual trimestral do IE-COM passou de -5,9%, no trimestre findo em agosto, para -5,3%, em setembro – e Varejo Restrito, com variações de -5,6% e -5,4%, respectivamente. Considerando-se a base de comparação interanual mensal, as expectativas tornaram-se menos otimistas em todos os segmentos no mês de setembro.
O Índice da Situação Atual (ISA-COM) retrata a percepção do setor em relação à demanda no momento presente. Na média do trimestre findo em setembro, 10,2% das empresas consultadas avaliaram o nível atual de demanda como forte e 30,6%, como fraca. No mesmo período de 2013, estes percentuais haviam sido de 16,4% e 21,8%, respectivamente.
Entre agosto e setembro, o indicador que mede o otimismo em relação à situação dos negócios nos seis meses seguintes apresentou evolução favorável na base de comparação interanual trimestral, ao passar de uma variação interanual de -4,7% para -4,3%. Já a taxa de variação do indicador que mede o otimismo com às vendas nos três meses seguintes passou de -3,9% para -4%.
“O resultado da Sondagem do Comércio em setembro capta certa frustração do setor com a evolução das vendas ao longo do terceiro trimestre. O nível de demanda é avaliado de forma muito desfavorável e as expectativas para o final do ano continuam menos otimistas que no mesmo período de 2013”, afirma Aloisio Campelo Jr., Superintendente Adjunto de Ciclos Econômicos da FGV/IBRE.
Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.