De acordo com os economistas, o aumento do número de inadimplentes deve-se ao crescente endividamento das famílias e ao descontrole do consumidor ao assumir novos financiamentos, sem considerar as contas fixas mensais e outras dívidas já contraídas. Parcelamento de compras com juros altos (como de imóveis e carros), bem como as altas taxas cobradas pelo uso do cheque especial e do rotativo do cartão de crédito, também são fatores que comprometem o orçamento e ajudam a levar as famílias para o caminho da inadimplência. As dívidas não bancárias, como carnês de lojas e aquelas contraídas junto aos bancos, foram as principais responsáveis pela alta da inadimplência.
O estudo também aponta que 60% dos inadimplentes têm contas mensais a pagar que custam acima de 100% de sua renda mensal. Além disso, 53% dos endividados acumulam até duas dívidas não honradas.
Apesar dos índices elevados, a situação não é considerada alarmante pela consultoria. “O patamar da inadimplência poderia ser superior, mas a evolução da renda e o desemprego baixo estão atenuando este cenário. A atual situação é preocupante, pois revela que do total da população brasileira com 18 anos ou mais (144 milhões de pessoas), cerca de 40% está inadimplente. Mas não é alarmante, pois o volume de dívidas da maioria (2) não é alta. A situação, no entanto, exige acompanhamento com atenção dobrada”, afirma o superintendente de Informações sobre Consumidores da Serasa Experiam, Vander Nagata, em comunicado.
Para o superintendente, a tendência deve ser combatida com educação financeira. “Transformar o conhecimento básico sobre educação financeira em comportamento consciente, evitando a compra por impulso ou para ostentação, é o desafio do brasileiro, que hoje gasta mais do que ganha e não poupa, apesar de ter consciência da importância destas atitudes.”
Por outro lado, ao credor faltam informações para uma avaliação mais precisa da real capacidade de pagamento, contemplando o nível de endividamento que o cliente já possui. “Pelo lado do credor, verifica-se a falta de informação sobre o real nível de endividamento das pessoas. As empresas devem se cercar de ferramentas que reduzam o risco na hora da concessão de crédito”, alerta o superintendente.
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o problema são os juros do tomador não do devedor
Quanta bobagem! O que se faz necessario é DIMINUIR OS JUROS ESCORCHANTES DESTE PAÍS.