Os robôs traders e o flash crash no índice Dow Jones em 2010

Por Ale AR

Comentário ao post “O risco das bolsas com os robôs de alta frequências

O Flash Crash aconteceu no dia 6 de Maio de 2010 no índice Dow Jones, que despencou 1.000 pontos em 15 minutos. Os robôs traders sim tiveram a ver, como detalha o informe da SEC em conjunto com a CFTC, mas não foi desencadeado por um erro numa ordem (que seria mais lógico que tivesse sido por um erro a mais no valor, se fosse o caso, do que a menos —30 centavos ao invés de 3 e não ao contrário como está na matéria, o chamado “fat finger”, tese absurdamente endossada pela mídia, que chegou ao dislate de dizer que alguém escreveu bilhão ao invés de milhão—), e sim por uma ordem de venda da Waddell & Reed Financial de 75.000 contratos de E-minis do índice de futuros do Standard & Poors 500 como hedge de uma operação de compra de ativos. O tamanho da operação de venda, (4,1 bilhões de dólares) muito grande para o mercado desse instrumento, e o tipo de ordem, sem prazo nem preço, provocou instantâneamente posições de hedge de outras máquinas de HFT (High Frequency Trading). O algoritmo da Waddell, que respondeu aumentando a velocidade das ordens, chegando a reenviar ordens já emitidas, teria provocado inicialmente uma crise de liquidez no mercado de E-minis que foi transferida pelos algoritmos de outras máquinas de trades ao mercado de ações, provocando um efeito em cascata que derivou no flash crash. Naquele dia, os mercados estavam turbulentos pelas preocupações com a crise da dívida soberana dos países europeus.

 

Redação

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