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Apolíticos ou apocalípticos?

Na democracia, se você quer impor os interesses de uma “minoria ou elite”, existem dois caminhos: mentir, para atrair os desinformados para o seu lado, ou o golpe.

Desde as eleições de 2010, a direita brasileira, seguindo a cartilha da direita americana (tea party) partiu para o jogo sujo, dos boatos, estimulo ao ódio e preconceitos, maledicências, das acusações e das fichas falsas, etc. Dizem que o Indiano trazido para dar pitacos na campanha do Serra era especialista nisso.

Como consequência, logo surgiram na internet as mayaraspetrusos da vida, que alimentadas por este discurso, devidamente ampliados pelos grandes meios de comunicação, achavam que tinham o “direito” de expor a sua “indignação” contra os pobres, nordestinos, feios ou sabe se lá mais o quê.

Coincidindo com as eleições municipais do ano passado, veio o show midiático-judiciário do “Mensalão”.  A “prova definitiva” de que a política não presta e que os políticos são “todos iguais”. Não rendeu os efeitos esperados (por Gurgel, inclusive) nos resultados das urnas. O tempo está mostrando as “armações”, “provas desconsideradas” e “pré-julgamentos” que dominaram a AP 470.

Recentemente, a Presidenta Dilma alertou sobre o “terrorismo midiático”. Que fabricavam “crises”  mentindo, manipulando ou distorcendo a realidade. Apostam na inflação do tomate ou no “pibinho” para gerar insegurança e a falsa sensação de que o país não vai bem.

Os acontecimentos desta última semana, iniciado com manifestações de jovens, repercutidas pela grande mídia e, finalmente,  “dominados” por interessados em tumultuar  (inclui-se ai a extrema esquerda, com seus aliados da direita e, dizem, até o PCC) mostram que teremos um longo caminho até as eleições  de 2014.

Seria coincidência estes movimentos terem eclodido logo após diferentes institutos de pesquisa darem como certa a reeleição de Dilma em primeiro turno?  Como na vizinha Venezuela, nossos “Caprillistas” (ou capitalistas) querem ganhar no grito, porque a perspectiva do jogo democrático não lhes é favorável?

Os tais 9% contra o Governo Dilma, podem se chegar a tanto, representar no máximo 20 milhões de brasileiros. Que, tem todo direito de se manifestar, democraticamente, claro. Mas, não podem no grito ou na violência querer calar a vontade do povo brasileiro (um país com quase 250 milhões de habitantes).

Como blogueiro e profissional de comunicação (sem vínculos partidários, cargos públicos ou qualquer tipo de benefício pessoal) acredito que é urgente fazermos o contra-ponto à grande mídia, rebatendo e desconstruindo suas armações. De outro lado, é importante também resgatar a importância da política em nossas vidas, afinal “política” é tudo aquilo que influencia diretamente o seu dia a dia, e não apenas de quatro em quatro anos durante o período eleitoral.

Afinal, se Mussolini, Hitler, Franco ,Salazar, Videla, Médici…e agora, a grande mídia, liderados pela Globo e pela Veja, são contra os “partidos, a política e os políticos”, não me resta dúvida de quem são os “verdadeiros inimigos” da democracia. E da maioria do povo brasileiro, no qual me incluo.

O fim do mundo não está próximo. 2014 chegará e todos sobreviveremos, apesar da turma “do contra”.

Redação

Redação

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