Clipping do dia

As matérias para serem lidas e comentadas.

Lourdes Nassif

Redatora-chefe no GGN

Lourdes Nassif

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  • Não era brincadeira: jornada de trabalho de 12 horas está nos pl

    Tijolaço

    Não era brincadeira: jornada de trabalho de 12 horas está nos planos de Temer

     

    Para quem achou que aquela história de passar a jornada de trabalho para 12 horas diárias era piada, recomendo a leitura das reportagens sobre a entrevista dada hoje pelo Ministro do Trabalho.

    Além disso, vai ser possível “fatiar” o empregado, contratando “por horas trabalhadas”.

    Nas categorias organizadas, até se pode fiscalizar isso, mas para a regra vai ser burlar e aplicar a regra do “pague meio e leve um”.

    Conversa fiada a história de que vai permitir a contratação em tempo parcial, porque o chamado “meio-expediente” já está regulado na CLT, desde que não exceda 25 horas semanais.

    E isso tem uma lógica, porque do contrário o trabalhador fica refém de uma jornada menor (por exemplo, 7 horas por dias, cinco dias na semana – 35 horas semanais – ganhando quase 25% menos do que o salário da categoria, pela proporcionalidade.

    Mas o Ministro do Trabalho, com a maior cara de pau, diz que “otrabalhador vai ter um cartão com chip, onde estará a vida funcional dele, e vai escolher se será contratado por jornada ou por produtividade” e que “o contrato de trabalho terá numeração com código, a fiscalização já vai ficar sabendo e fará checagens permanentes”.

    Só rindo, mesmo, com um quadro de fiscais do trabalho que não dá para tapar o buraco da cárie…

    http://www.tijolaco.com.br/blog/nao-era-brincadeira-jornada-de-trabalho-de-12-horas-esta-nos-planos-de-temer/

  • A Globo é contra a inclusão ou foi só muleta para Temer? Veja a

    Tijolaço

    A Globo é contra a inclusão ou foi só muleta para Temer? Veja a vaia…

     

    A atitude da Globo de não transmitir a bela festa de abertura das Paraolimpíadas não é só uma traição à luta das pessoas portadoras de deficiência que, dentro e fora do esporte, superam a discriminação e o preconceito de que são vítimas.

    Também é um desrespeito à sua obrigação de concessionária de um serviço público, estabelecida na Constituição, de ter como princípio ter “finalidades educativas, artísticas, culturais e informativas” e guardar “valores éticos e sociais da pessoa e da família”.

    É tudo isso, mas não foi por isso que ela privou os brasileiros de assistirem, na TV aberta, a celebração da igualdade humana para além das diferenças.

    Foi para “esconder” Michel Temer – mais do que ele próprio e a organização do evento o fizeram – das vaias e do coro de “Fora Temer” que, por três vezes, tomou conta do estádio do Maracanã.

    Como se ainda fosse possível, na era da internet, que um monopólio de televisão faça as coisas “não existirem”, por não serem vistas.

    Para que se sustente o discurso de que os protestos são “mini”, de 40,  de 50 pessoas?

    Não é apenas odioso que se faça isso com um evento que tem tantas características de humanidade, mostrando o que o desprezo à democracia é, essencialmente, um desrespeito à diversidade.

    É inútil, porque apenas retarda a percepção da realidade como ela é: o Brasil estar sendo governado por um presidente clandestino, incapaz de encarar seu povo.

    Um presidente que não se sustenta e que precisa das muletas da manipulação midiática para se manter de pé  é um rato, perto daqueles homens e mulheres  que desfilaram, ontem, mostrando que a superação depende de coragem, não da covardia.

    [video:https://youtu.be/f4YS_yEv8eI%5D

     

  • Tempo fechado para Temer

    Brasil 247

    Tempo fechado para Temer

     

    Por Tereza Cruvinel

     

     

    8 de Setembro de 2016

     

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    Se alguém tinha dúvidas, ela se dissipou nesta quarta-feira: O “Fora Temer” ganhou as ruas e a conjuntura indica que não será coisa passageira, reação momentânea à deposição final de Dilma Rousseff. Houve protestos em 26 unidades da federação ao longo do dia e Temer ouviu uma vaia monumental na abertura das Paralimpíadas. Mas há outros elementos desestabilizadores no horizonte de seu governo: a Lava Jato foi prorrogada até setembro do ano que vem, os índices de aprovação são baixíssimos e a economia segue afundando, apesar dos votos de confiança do mercado. E mesmo o que foi apontado como grande capital político de Temer, a base parlamentar ampla e coesa, faz água pelas laterais. Vide os constantes arrufos do PSDB ameaçando negar apoio ao governo se ele não fizer isso ou aquilo. No plano internacional, o governo é visto com desconfiança ou desdém, sem falar na crise diplomática com países da América Latina.

    Neste cenário, a tendência inexorável do governo é o derretimento político, a não ser que parta para a  implantação definitiva de um Estado policial ditatorial. Falta pouco. Depois da repressão truculenta em São Paulo, a polícia voltou a intimidar manifestantes ontem em Brasília e em outros Estados. Tão ostensivo aparato de segurança na capital federal, num 7 de Setembro, não era visto desde o regime militar. À noite, na abertura da Paralimpíada, Temer não foi mostrado no telão, mas mesmo assim houve um colossal “Fora Temer”.  

    A prorrogação da Lava Jato por mais um ano é um péssimo augúrio para o governo fruto do golpe. Como o PT já foi o alvo central da Operação nesta primeira e longa fase, nos próximos doze meses ela caminhará fatalmente para investigações que devem envolver o PMDB. “Ainda temos centenas de fatos e documentos para analisar”, disse o procurador Carlos Fernando. A prorrogação fortalece uma das faces do Estado policial: as práticas arbitrárias que caracterizam a Lava Jato, as prisões preventivas para obter delação e tudo o que já foi visto até aqui. A outra é a da repressão, que também deve se intensificar, na medida em que começarem a avançar, no Congresso, as reformas previdenciária e trabalhista, além da emenda que limita o teto do gasto, medida que comprometerá brutalmente a qualidade e a extensão da oferta de serviços públicos como saúde e educação. As ruas vão continuar cheias e a resposta previsível é o aumento da repressão.

    Em setembro do ano passado, quando a popularidade de Dilma caiu a menos de 10%, seu então vice presidente, num dos primeiros ensaios da traição, afirmou: “Hoje, realmente o índice é muito baixo. Ninguém vai resistir três anos e meio com esse índice tão baixo”. Os dele, hoje, são pouco melhores. Desde que se tornou efetivo, saiu apenas uma pesquisa, do IBOPE, tabulada de modo estranho, em que os índices de aprovação foram apresentados por estado, gerando notícias mitigadas sobre a rejeição. “Aprovação ao governo Temer varia de 8% a 19% nas capitais, aponta Ibope”, informou o portal G1, das Organizações Globo. Mas sua média de aprovação, segundo a maioria das pesquisas feitas durante a interinidade, eram de 11%. Logo, o diagnóstico de Temer, feito no ano passado, continua valendo para ele mesmo: “Ninguém vai resistir dois anos e meio com esse índice tão baixo”.

    Em resumo: a crise continua, o povo estará na rua e a polícia também. Uma tal situação, no atual estágio da democracia brasileira, bastante superior aos dos anos da ditadura militar, pode durar no curto prazo mas não dois anos e meio. É preciso ser muito otimista, se não autista, para não concluir que o tempo está fechado para o atual governo, Luz no fim do túnel, para o Brasil, só mesmo com a eleição de um governo legítimo, seja qual for sua orientação ideológica.

    http://www.brasil247.com/pt/blog/terezacruvinel/254029/Tempo-fechado-para-Temer.htm

  • O rio que desceu a Paulista já mudou o país

    Carta Maior

    O noticiário borbulha de recuos e dúvidas 'da base' em relação à agenda de arrocho, vendida até domingo como 'salvação da lavoura'.

     

    por: Saul Leblon

     

     

    O que era verdade no Brasil até sábado, deixou de sê-lo a partir de domingo.
     
    Um banho de rua renovou a agenda da nação.
     
    O levante de 100 mil pessoas contra o golpe desautorizou a soberba conservadora e sacudiu a letargia de setores progressistas.
     
    Gigantesca no tamanho, ampla na pluralidade e democrática nas bandeiras, a mobilização que tomou conta de São Paulo depois de o governo ter tentado proibi-la, reafirmou a experiência social: nas encruzilhadas da história, os fatos caminham à frente das ideias.

    Hoje, a ‘naturalização’ do golpe na mídia cedeu lugar à discussão de uma viabilidade difícil, vinculada ao êxito improvável de um leque de medidas antissociais postas em xeque pela rua.
     
    O protesto mudou o país pautado pela mídia, reordenou fatos, naufragou versões, lavou a poeira da prostração, desmentiu a correlação de forças pró-golpe, inoculada pelo colunismo isento.
     
    Da avenida icônica do capitalismo brasileiro, a correnteza percorreu cinco quilômetros até o estuário popular do Largo da Batata, na zona oeste da capital, onde o terror uniformizado do PSDB de São Paulo tentou substituir a política por porrada.
     
    Perdeu duplamente, como polícia e como política.
     
    A estética de uma tropa de ocupação esmagando o anseio democrático pacífico informa melhor sobre a natureza de quem governa do que o incansável jogral do poder e da mídia.
     
    O chanceler Serra terá dificuldades crescentes na escalada que se prenuncia para convencer de que não é o punho de renda de uma usurpação violenta do poder.
     
    A desmenti-lo emerge a força de novas narrativas que saíram da rua para redesenhar a percepção interna e internacional do país.
     
    Quais?
     
    Em primeiro lugar, a que desmentiu o divisor de águas mais geral, que dava o jogo como decidido.
     
    Não está.
     
    O golpe de mão de 61 senadores que se avocaram mudar o pacto da sociedade sem consulta-la não resolveu, antes agravou os conflitos da delicada transição de desenvolvimento vivida pelo Brasil.
     
    Parte expressiva da sociedade recusa a tutela não solicitada.
     
    Em segundo lugar, o caudal de domingo esfarelou a tese conservadora de que ‘apenas’ simpatizantes do PT e de Dilma não aceitariam ‘a solução constitucional’ cometida no dia 31 de agosto.
     
    Definitivamente, é maior que isso.
     
    A indignação que verteu para ruas e avenidas no domingo, drenou geografias sociais e políticas bem mais amplas: mais para máxi do que para o ‘míni’, do chanceler; mais para os cem mil, do que para os ‘40 vândalos’, do presidente usurpador.
     
    O erro conservador não se limita ao cálculo das proporções.
     
    A terceira revelação trazida pelas águas da história toca um ponto crucial.
     
    A reportagem de Carta Maior tem chamado a atenção para ele, um fenômeno silencioso mas progressivo nas manifestações contra o impeachment: o afluxo de extratos de classe média mais estabelecidos e de meia idade para a rua.
     
    Neste domingo, o que era silencioso ganhou voz e peso de um protagonista tão marcante quanto a presença da juventude e das forças populares que tomaram a Paulista.
     
    E isso não é pouco.
     
    Na verdade, é muito.
     
    Significa que a régua de corte da rejeição à ruptura constitucional de 31 de agosto subiu as escadarias da pirâmide de renda e refletiu o teto de tolerância de um segmento formador da opinião pública.
     
    Gente que ainda lê e assina jornais, por exemplo, vazou seu inconformismo para a rua, entre outras razões, talvez, porque os jornais que lê, assina ou assiste já não contemplam mais suas convicções democráticas.
     
    Era preciso leva-las diretamente ao asfalto.
     
    O passo foi dado para além da hesitação, do conforto e da cautela.
     
    Há desdobramentos e eles remetem ao passo seguinte da luta contra o golpe.
     
    O rio da história que desaguou no Largo da Batata, sugestivamente, não defendia esse ou aquele partido, essa ou aquela liderança política.
     
    Nos cinco quilômetros de percurso do planalto à várzea do Pinheiros, gentilmente assombrados pela cavalaria motorizada de Alckmin em arranques valquirianos, não se ouviu outra palavra de ordem, exceto uma causa.
     
    A mais devastadora de todas à sobrevivência de um golpe de Estado: o clamor por eleições diretas.
     
    Quarta novidade derivada dessa: a largueza desse jorro encorpa e dá pertinência histórica à proposta do ex-presidente Lula, apresentada dois dias antes da manifestação, na reunião do Diretório Nacional do PT.
     
    Qual seja, opor ao golpe uma Frente Ampla à moda uruguaia, que comporta partidos, centrais, movimentos, personalidades, intelectuais, juristas e artistas de todos os matizes e colorações progressistas e democráticas da sociedade.
     
    Entenda-se por isso que a maior liderança política do país e principal esteio do PT não reivindica a direção da resistência ao golpe. Propõe-se a participar dela em regime colegiado com outras forças credenciadas pela rua e pelo mandato da trajetória e da biografia.
     
    Finalmente, mas não por último: a consolidação e a expansão desse escudo dificultará, sobremaneira, a promessa do golpe ao mercado de curar os desequilíbrios fiscais –a ‘gastança petista--  agravando desequilíbrios sociais e humanos que compõem a secular desigualdade brasileira.
     
    O noticiário das últimas horas está cravejado de recuos, dúvidas e sinais de defecção ‘da base’ em relação à agenda de arrocho, vendida até domingo como a salvação da lavoura nacional.
     
    A dissipação coloca Temer num corner entre a sobrevivência política da sua ‘base’ e a  ganância imediatista do mercado.
     
    Esse garrote tem um calendário apertado de ajuste das tarraxas.
     
    A escória parlamentar que ‘legitimou’ o assalto ao poder em aliança com a mídia, o dinheiro e o judiciário é o flanco mais imediatamente exposto dos quatro.
     
    Primeiro, nas eleições municipais de outubro próximo; e, em 2018, em um sortido cardápio de escrutínios para presidente, governadores, senadores e deputados.
     
    Aceitará ir para a linha de frente do matadouro, decepar direitos e escalpelar conquistas, como exigem o PSDB e a mídia --que condicionam o apoio à entrega do serviço, e o mercado financeiro, que ameaça revogar o único lastro do governo, a ‘melhora’ das expectativas?
     
    O rio que desceu a Paulista corroeu e continuará a erodir os barrancos dessas margens frágeis.
     
    O conflito entre a rua e a agenda da qual o golpe é refém é inconciliável.
     
    O governo-abutre não reserva qualquer espaço à principal tarefa do desenvolvimento, que é justamente civilizar o mercado pela universalização de direitos, como aspira a cidadania brasileira.
     
    O que se preconiza é de uma violência inexcedível em regime democrático e muito provavelmente incompatível com ele.
     
    Uma esmagadora engrenagem foi acionada para tomar de volta tudo aquilo que transgrediu os limites da democracia formal, e que o ciclo iniciado em 2003, com as limitações sabidas, exacerbou em um resgate social inconcluso, mas transgressivo para a tolerância secular da plutocracia.
     
    Um paradigma de eficiência feito de desigualdade ascendente, incompatível com a Constituição Cidadã de 1988, é a panaceia vendida agora como fatalidade à nação.
     
    O que se ameaça é regredir aquém do ciclo da redemocratização, que contestou a eficiência econômica construída à base de ditadura, tortura e censura.
     
    Talvez tenha sido aí que se rompeu o limite do tolerável para a classe média não petista, crítica –e até muito crítica-- dos erros recentes do PT.
     
    Mas que deixaria a condição de indiferença quando ficou claro que o legado da geração que –direta ou indiretamente-- devotou a juventude à luta contra a ditadura, atravessou a idade adulta na campanha das Diretas-já e não aceita viver em um país aquém das estacas fincadas ali, estava sendo triturado em nome de uma restauração tardia, anacrônica e globalmente contestada da agenda neoliberal dos anos 90.
     
    Esse sentimento ecumênico dá à bandeira da Frente Ampla o requisito de um protagonista social que a conduza.
     
    A semente que está na rua já venceu a prostração, a indiferença e o conforto das delegações e desabafos digitais.
     
    Cada vez mais, cobrará coerência organizativa em todas as instâncias democráticas, a partir de agora.
     
    A das eleições municipais, inclusive.
     
    A inércia ainda suscita cenas como a do recente debate entre candidatos a prefeito de São Paulo, quando Erundina e Haddad realçaram mais as divergências – justas, respeitáveis-- do que a premente e delicada convergência que estão desafiados a ajudar a construir.
     
    A inércia é compreensível.
     
    Mas a ficha precisa cair.
     
    A determinação central da vida brasileira mudou.
     
    Passa da hora de o campo progressista superar sectarismos e prioridades corporativas para enxergar a floresta além da clareira particular de cada projeto secundário.
     
    Forças incontroláveis buscam atrelar destino da nação a uma disjuntiva em que, para vencerem, a sociedade terá que ceder a cidadania, renegar o passado, renunciar ao futuro, divorciar-se da esperança.
     
    Acontecerá se o escudo progressista piscar e se dividir.
     
    O interregno neoliberal implantado pelo PSDB nos anos 90 foi um ensaio disso. Só possível dissimulado na catártica operação de guerra de um país unido contra a hiperinflação.
     
    Nunca mais as urnas endossaram o lacto-purga da panaceia mercadista.
     
    Derrotada em 2002, 2006, 2010 e 2014, a nova oportunidade só se apresentou agora – ainda assim para um golpe, a salvo das urnas.
     
    Embala-a nada menos que a nitroglicerina acumulada pela sobreposição de um ciclo de desenvolvimento que se esgotou, associado a uma crise mundial capitalista, que se arrasta há oito anos.
     
    O prazo de capacitação para uma alternativa democrática é exíguo.
     
    Mas ganhou seu protagonista encorajador nas manifestações do último fim de semana.
     
    A Frente Ampla é o ponto de fusão disso. Seu desafio agora é dar ao ‘rio de domingo’ a vazão transformadora que magnetize a repactuação do país e negocie a retomada do desenvolvimento justo, ansiado pela maioria da sociedade.

    http://cartamaior.com.br/?/Editorial/O-rio-que-desceu-a-Paulista-ja-mudou-o-pais/36769

  • Era uma vez a EBC
    http://brasileiros.com.br/2016/09/toffoli-cassa-liminar-e-ricardo-melo-deixa-presidencia-da-ebc-rimoli-reassume/

    Toffoli cassa liminar e Ricardo Melo deixa presidência da EBC; Rimoli reassume

    Na decisão, motivada por um pedido da Advocacia-Geral da União (AGU), o ministro do STF entendeu que o novo decreto fez com que a liminar perdesse efeito

    08/09/2016 19:59, atualizada às 08/09/2016 20:02



    Laerte Rimoli assume a presidência da EBC. Foto: Reprodução/Facebook

    O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Dias Toffoli decidiu hoje (8) revogar a liminar que mantinha o jornalista Ricardo Melo na presidência da Empresa Brasil de Comunicação (EBC). A decisão foi tomada após a publicação do decreto que alterou o Estatuto Social da EBC, no dia 2 de setembro, no Diário Oficial da União. Com a decisão de Toffoli, o jornalista Laerte Rimoli, que havia sido nomeado em maio para o cargo, será automaticamente reconduzido à presidência da EBC.

    Na decisão, motivada por um pedido da Advocacia-Geral da União (AGU), Toffoli entendeu que o novo decreto fez com que a liminar perdesse efeito. Segundo o decreto, a Diretoria Executiva da empresa será composta por um diretor-presidente, um diretor-geral e quatro diretores, sendo que todos os membros serão nomeados e exonerados pelo presidente da República. Até então, o diretor-presidente da EBC tinha mandato de quatro anos com permissão para recondução. O decreto prevê que o prazo máximo de ocupação do cargo passa a ser de quatro anos, sem possibilidade de recondução.

    “Ressalte-se, por fim, que essa conclusão se dá sem necessidade de qualquer consideração quanto à juridicidade da modificação legislativa e quanto às consequências dela advindas à ocupação do cargo de diretor-presidente da EBC pelo impetrante, uma vez que se trata de matéria superveniente à impetração e a ela prejudicial”, disse o ministro.

    Ricardo Melo foi exonerado do cargo pelo então presidente interino Michel Temer e recorreu ao STF, argumentando que a lei de criação da EBC prevê mandato de quatro anos para o cargo de presidente e impede a demissão fora das causas legais. Em junho, o ministro Dias Toffoli concedeu liminar determinando a volta de Melo ao cargo.

    Link curto: http://brasileiros.com.br/MZKXF

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