…do establishment e dos preconceitos vindos do inconsciente…

Puxo o “Neste Dia” do Face, a ferramenta que permite que resgatemos os posts antigos e me deparo com esse texto…. Triste por ver como tudo já se configurava, só não podíamos imaginar que tudo recrudesceria, o ódio, a torpeza, a selvageria, o golpe, o Brasil sendo fatiado e entregue, a sociedade tão feroz com Dilma e Lula, amorfa, omissa, com os inacreditáveis desmandos de Temer e sua máfia….. E o Judiciário e MPF, enfiados num lodo de imoralidades criminosas, o massacre a Lula uma constante, a perda da mulher, dona Marisa, na conta dessa perversão inominável…. qual será o fundo do poço…?

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…do establishment e dos preconceitos vindos do inconsciente… (20-11-2014)
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Um determinado grupo está no poder… eles pertencem ao “establishment”. Mas o que vem a ser isso?
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é quando uma pessoa, ou grupo de pessoas, pertencem ao grupo que “esperamos”, que normalmente lá estejam, nos parece mais “normal” que assim seja, não por maldade nossa, mas porque somos habituados a isso, não achamos estranho. Um exemplo? quem frequenta a PUC no Rio, uma universidade no coração da zona sul, muito cara, não espera encontrar por lá pessoas de origem humilde – salvo os bolsistas – mal vestidas, moradores de comunidades carentes… Representaria um choque para o aluno “padrão” da PUC, se um dia a exceção virasse regra, e ele fosse a exceção. Em relação às empresas, à política, mais ou menos isso é esse tal de “establishment”
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No extraordinário filme “Simonal – ninguém sabe o duro que eu dei…” (imperdível, diga-se, um dos melhores de todos os tempos…) há uma cena impagável, que me fez chorar muito, onde Boni cita essa palavra, num contexto perfeito: “establishment”. – No filme, fica claro o sucesso estrondoso de Simonal nas décadas de 60 e 70, simplesmente o “número um” do Brasil, explodindo em carisma, vendas, etc., quando comete uma bobagem inominável: recorre a amigos policiais para resolver uma questão com seu contador, que acredita que o está roubando. Pior que isso, quando o contador dá queixa na polícia, ele, com medo de um processo, com seu jeito tipicamente fanfarrão, afirma “ser amigo dos homens” – referindo-se aos militares, estávamos no auge da ditadura. O irônico, é que dezenas de testemunhas, artistas da época, jornalistas, reconhecem, no filme, que era tudo bazófia, pura presepada do cantor. Artistas que à época o execraram, hoje concordam com isso, à luz da História. Mas como poderiam saber naquela ocasião?
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O fato, é que da noite para o dia, o nome “Simonal” virou MALDITO, literalmente…. Espalhou-se de modo viral que ele era “amigo dos homens”, e um provável delator de colegas da classe artística. TODOS seus amigos se afastaram, ou completamente, ou no sentido de não mais tocarem ao seu lado, quem o fizesse seria proscrito também. Raros os que se atreveram a manter amizade com ele.
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O resto, sabemos: sem shows, discos, no auge de uma carreira brilhante, antes de ter chegado aos 40 anos, Simonal viu-se MORTO em vida, era como se não existisse. Arrastou-se pelo resto da vida, bêbado, deprimido, por causa de um erro infantil.
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Foi nesse contexto, a fala de Boni sobre o que ocorreu a ele naquele período. Com honestidade absoluta, Boni afirmou categoricamente, sem maldade alguma, sem julgamentos éticos ou morais, narrou como “fato jornalístico”:
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“O que aconteceu com Simonal, é que apesar da fama, do sucesso estrondoso, de ser simpático, e até querido, ELE NÃO ERA DO ESTABLISHMENT, NÃO TINHA UMA REDE DE AMIGOS PRÓXIMOS, PARA PROTEGÊ-LO NESSA HORA…”
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Disse mais: “tivesse um equívoco desses ocorrido com alguém como Chico, ou Caetano, as coisas teriam sido superadas, os amigos teriam alavancado a carreira dele, de novo…”
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A crueza dessa fala, desse fato, dessa verdade social, me choca até hoje… e não houve maldade das pessoas na época, um boato – iniciado pelo próprio cantor – virou uma praga viral, numa época em que delatores eram ODIADOS, e sua carreira (e sua vida…) foi engolida por isso. Um gênio – sim, ela era… – se perdeu, por uma presepada e por não ser desse tal “establishment”.
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Longuíssima introdução, para voltar à frase inicial do meu texto:
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Um determinado grupo está no poder… eles pertencem ao “establishment”. Seu líder maior preside o Brasil, seu nome é Fernando Henrique Cardoso.
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É totalmente aceito pela elite e por amplos setores da classe média, é um deles afinal, fala vários idiomas, “tem classe”, abandonou a “antiquada esquerda”, converte-se de corpo e alma ao “néo-liberalismo”, debocha de seus oponentes, do topo de sua popularidade, no primeiro mandato: “são os néo-bobos”, afirma, irônico…
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Segue a cartilha do FMI e do mercado, quebra o Brasil três vezes, ajoelha-se diante do FMI, pede bilhões de dólares emprestado, os juros chegam a inacreditáveis 45% ao mês, compra sua reeleição por 200.000,00 cada deputado, as provas são incontestáveis, a mídia solta algumas manchetes, depois abafa, o mesmo faz o procurador-geral da República, seu amigo pessoal Geraldo Brindeiro, conhecido pelo apelido jocoso de “o engavetador-geral da República”.
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Casos e casos de corrupção pululam em seu governo, dá uma liberdade absoluta a um banqueiro ainda não tão rico, chamado Daniel Dantas, para negociatas com os fundos de pensão do Banco do Brasil e outras estatais, a Petrobras vira um antro de corrupção, empresas fantasmas nascidas da noite para o dia tornam-se fornecedoras de bilhões de reais em plataformas e outros produtos, às vezes, sem licitação. Tudo é abafado, e até certo ponto olhado como “normal”, o “Brasil sempre foi assim, e sempre será…” – era o sentimento do povo.
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Um furor privatista toma conta do governo, estatais que valeriam cinquenta bilhões de reais são vendidas por três, quatro bilhões, usa-se até “moedas podres” nessas compras, certamente a maior FARRA com o patrimônio público já feita em toda a História do país. Grande mídia, elite e classe média exultam, junto ao seu “príncipe”, era o Brasil “chegando à modernidade”, o estado mínimo abrindo espaço para o “mercado”, estávamos a caminho do paraíso, tudo era permitido.
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Hoje, uma dezena de ótimos livros dissecam o que foi aquele período, num país sério, as cadeias estariam lotadas, tamanha a roubalheira, tamanhos os prejuízos causados à nação, porque mesmo as “boas privatizações” – as que trouxeram modernidade, como na telefonia… – foram feitas por preços irrisórios, portanto, lesando o tesouro nacional.
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Com esse mesmo presidente, em 1998, tucanos são apresentados a um moço, Marcos Valério, que tem um esquema “interessante” de “esquentar” dinheiro do caixa dois das campanhas eleitorais, através de notas fiscais de propaganda. O partido finge que faz publicidade, a agência finge que recebeu o dinheiro, o lucro é repartido em várias partes, campanhas políticas são pagas com esse esquema.
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Mais tarde, esse personagem é apresentado ao PT, que DÁ CONTINUIDADE AO MESMO ESQUEMA, iniciado sete anos antes, em Minas, pelo PSDB.
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Entenderam, finalmente o que é ESTABLISHMENT ?
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É quando eu ou você, ou ambos, pertencemos a um grupo social, ou de poder, em que as classes sociais dominantes acham aceitável, ou “mais palatável”, determinado comportamento, – que se torna ODIOSO, intolerável, se praticado por alguém, ou um grupo, que consideramos “não merecedor” daquela regalia.
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Assim, de um modo perverso, doentio, passo a “fingir” que o grupo pertencente ao establishment nada fez de errado em relação a determinado comportamento, e passo a jogar EXCLUSIVAMENTE sobre o grupo “out-sider”, todo meu preconceito, ódio, e julgamentos moralistas, mesmo que os erros tenham sido DA MESMA DIMENSÃO. É a própria negação da REALIDADE, por causa do preconceito.
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O “mensalão mineiro” não foi julgado até hoje? “Ah… quem se importa com isso…?”
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O mensalão do PT jogou dezenas na cadeia? “Foi é pouco, cadê o Lula, o chefe da quadrilha????” – pergunta o preconceituoso cego, fanático, cheio de ódio…
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Fernando Henrique permitiu que escroques como Daniel Dantas ficassem multi-bilionários em esquemas perversos de corrupção, e quase destruiu a Petrobras, porque a desejava “PETROBRAX”, para vendê-la antes do fim do seu governo?
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“Calúnias de petistas recalcados….. FHC não permitia a corrupção, os diretores atuais da Petrobras são TODOS do tempo de Lula e Dilma…..” – diz o rebanho fanatizado……
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Dilma dá liberdade para a polícia federal investigar?
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“Essa ladra, poste do Lula, SABIA de tudo, é um ESQUEMA MONTADO por ela e o seu chefe bandido, para roubarem o país, impeachment, para essa corrupta….”
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E tantos, tantos, tantos exemplos, ao longo desses doze anos.
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Porque? Muitos se perguntam, sem encontrar resposta….
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Óbvio que não sou louco de achar que ESGOTA a pergunta ou a resposta, mas ACREDITO, que a chave psicossocial dessa pergunta e de sua resposta, está nessa semente, nessa coisa que CRIA quase todos os preconceitos sociais: REPUDIAMOS VEEMENTEMENTE, O QUE NÃO ESTAMOS ACOSTUMADOS COMO ESTABLISHMENT, quando essa “ordem” é quebrada de um modo meio chocante aos nossos olhos.
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LULA é nordestino, feio, baixinho, cachaceiro, ignorante, simplório, sem classe, sem estudo acadêmico, sejamos francos, É ASSIM QUE O “PERCEBEM”, de modo DEFINITIVO, LIMITADOR DE SUA FIGURA, nossas elites e a classe média. Imaginemos o que representa para eles, compará-lo “ao príncipe” ?
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Ninguém nunca se perguntou porque as pessoas morrem de rir quando Lula é achincalhado por políticos, ou jornalistas? Lembro das pessoas rachando de rir, com o livro do Diogo Mainardi: “Lula é minha anta…” – e as frases, repletas de preconceitos perversos, agressões, ódio, contra aquele “QUE NÃO TINHA O DIREITO DE ESTAR ONDE CHEGOU…” – Preconceito muitas vezes é inconsciente, é doentio, e tem tudo a ver com a FACILIDADE com que a mídia criou um REBANHO tão fiel, tão tosco, com tantos medos infundados, e tantos ódios e nojo, essa é a verdade. O anti-lulista, sente um misto de desprezo, antipatia profunda e NOJO de Lula, se pudesse, “sem sujar as mãos”, talvez o extirpasse do planeta, “para que ele nem tivesse existido” – é o sentir inconsciente de muitos, que vejo nitidamente, na expressão corporal, no olhar, na voz,nas frases…
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E Dilma?
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Coitada! Antes de tomar posse, não havia UM jornalista da grande mídia que não a chamasse de “o poste de Lula”, num desrespeito óbvio, à própria pessoa, ao ser humano, tirando-lhe todos os méritos pessoais, como se não coubessem em uma pessoa, extrema lealdade mantendo uma personalidade própria.

E tem sido assim, há doze anos, todos os dias, esse massacre sem tréguas, são os bandidos, os corruptos, a ex-guerrilheira, o chefe do bando, os petralhas, os comunistas, os que trarão a ditadura para o Brasil, e haja medos, e haja desprezo, e haja preconceitos, e haja ódio, e haja NOJO, um nojo concreto, violento, que emana do fundo de suas almas, esse nojo que a elite a a classe média têm dos líderes petistas, para alguns, extensivo aos eleitores do PT…
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Esses paroxismos todos me fazem crer que a pista para compreendermos esse NOJO, tantos medos e preconceitos, e a consequente histeria – vide as reações na derrota de Aécio… – está nessa questão essencial: Lula, Dilma, e outros líderes do PT, não pertencem ao imaginário de nossas elites e classe média, ao que nos habituamos como devendo pertencer ao establishment, são como invasores, por isso expressões como a de Borhausen em Santa Catarina, quando discutia-se o impeachment de Lula: “Vamos limpar o Brasil dessa RAÇA…..” ´ assim, como quem faz uma ASSEPSIA……
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Aliás, ASSEPSIA É BEM O TERMO que vai no coração da maioria dos anti-petistas, quando pensam no PT no poder….. Se pudessem, o PT seria varrido do mapa, não fuzilados, nem todos chegam a tanto, mas adorariam que “o povo brasileiro enxergasse a maldição que essa gente representa, e só votasse em gente normal…..” – O PT é “O MAL EM SI, É SATANÁS”, para boa parte desse eleitorado conservador.
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Recentemente, FHC referiu-se desse modo também, ao achar que Aécio ganharia: “Chegou a hora de tirarmos ‘ESSA GENTE” do poder…..” – É importantíssimo salientar o uso dessa expressão, na boca de FHC e seus seguidores: o PT não é apenas um adversário, políticos que pensam diferente….. eles são “ESSA GENTE…” – ele quase foi sincero, bem poderia ter dito o que está no coração dele e dos eleitores tucanos: “essa gentalha, essa escória, esses petralhas bandidos….” – pois é assim, totalmente, que pensam e sentem…..
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Esse nível de perversão social é doença e doença grave, pior, as pessoas aceitam a doença como normal, e aplaudem-se umas à outras, é muito interessante ver a profunda empatia que o anti-petismo cria hoje na nossa sociedade.
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Uma perversão tão doentia, tão transformadora dos valores mais humanos, que, só para citar um exemplo: NÃO VI UM AMIGO SEQUER recriminar os boçais que mandaram a presidente tomar no cu na abertura da copa do mundo. Ora, onde os valores humanos, cristãos, educacionais, civilizados, dessas pessoas?
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Não é que os tenham perdido, mas o NOJO que sentem de Dilma e dos “petralhas”, fala mais alto, talvez, intimamente, tenham até sentido um mórbido prazer, com a humilhação daquela senhora de 66 anos, sua filha presente ao estádio, uma festa do povo brasileiro.
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Quem perde a noção de respeito, de civilidade, de educação, a ponto de calar-se, omitir-se, diante de tal grosseria, nem percebe, que perdeu quase tudo, ao RELATIVIZAR seus valores mais caros, nessa perversão: “Ah… se for contra petista, pode tudo……” – pensamento e sentimento, próximos ao nazismo, infelizmente.
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Não há mais conserto para esse estado de coisas, tenho ABSOLUTA convicção que adoecemos enquanto sociedade, enquanto nação, enquanto povo civilizado, capaz de conviver com as diferenças.
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Quando o outro vira “ESSA RAÇA”, “ESSA GENTE”, quando todo um grupo vira “O MAL EM SI…..”, então, se creio nisso, na verdade não tenho escolha, sendo eu um “cidadão de BEM…..”, COMO NÃO TEREI EU NOJO DO MAL ???? Como, admitirei ter um minuto de paz, enquanto não extirpar o ‘MAL” do meu país????
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De nosso lado, não temos escolha, também….. é combater, todos os dia, da forma que pudermos, tentando elevar sempre que pudermos o nível da luta para o político, esses, que sentem tanto ódio, medos, preconceitos e nojo do governo que defendemos, que vemos como o melhor para o nosso país, principalmente para os mais pobres, tradicionalmente esquecidos pelo ESTABLISHMENT.
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(eduardo ramos)