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…do país que, inacreditavelmente autofágico, um dia resolveu destruir-se…

O artigo abaixo do meu é do GGN, e lê-lo foi uma das experiências mais tristes por que passei nesse período em que a farsa, a insanidade e o nonsense se uniram para moldar o período mais tenebroso e hediondo de nossa história. Poucas vezes me vi tão perplexo! E poucas vezes considerei tão assustador o fato de uma nação inteira não se dar conta de um processo autofágico em que o Brasil foi atirado pela irresponsabilidade de uns poucos procuradores federais, um juiz de arrogância e malignidade ímpares, barões da mídia obtusos em sua sede de poder, seu ódio e narcisismo quase inacreditáveis, enfim, é como se o inferno inteiro decidisse destruir o Brasil levando multidões de fanáticos a acreditar “que isso era bom”…

Pelo artigo do GGN, descobrimos que a Folha de São Paulo se uniu a outros grandes jornais latinos e africanos, para REPERCUTIR a corrupção descoberta no Brasil, envolvendo entre outras, o BNDES e a Odebrecht. Será assim, como uma grande série de reportagens sobre os casos de corrupção descobertos pela lava jato. A BASE das reportagens são as investigações do Departamento de Justiça dos estados Unidos sobre as obras da empreiteira.

Primeiro ponto a ser pensado, nesse tempo em que até o óbvio não é visto: alguém pode imaginar um grande jornal americano, unindo-se à Folha, à Globo, para detonar no mundo inteiro as grandes indústrias de petróleo americanas, ou a indústria bélica, EXPONDO SUAS VÍSCERAS ao mundo, revelando suas corrupções, os subornos, as guerras criadas artificialmente e toda a sorte de crimes praticados por essas corporações gigantescas em todo o planeta, COM A AJUDA de políticos americanos?

Alguém consegue imaginar procuradores federais americanos viajando a um outro país, LEVANDO PROVAS DA CORRUPÇÃO DE SUAS GRANDES EMPRESAS, colaborando assim para que estas fossem desmoralizadas, julgadas e condenadas a pagar multas bilionárias, que as fariam entrar em risco de falência e provocando a perda de MILHÕES de empregos?

Se algum louco se atrevesse a tanto, seria MOÍDO pela Justiça americana, pela mídia, seria preso como traidor de seu país, seria execrado por toda a nação, se tornaria um pária!

Pois em “terras brasilis”, de modo independente e voluntarioso, sem consultarem o Ministro de Defesa ou o Congresso Nacional, ou ao Ministério do Exterior, Rodrigo Janot e outros procuradores levaram milhares de documentos ao Departamento de Justiça dos EUA e deles receberam dicas, pistas e provas da corrupção de nossas grandes empresas, utilizados nos processos da lava jato. Terá algum deles se feito uma singela pergunta:

“Os Estados Unidos estão se imiscuindo em nossos negócios, por amarem o combate a corrupção ou por interesses geopolíticos e comerciais deles, americanos? A QUEM ESTAMOS SERVINDO AFINAL, NÓS, PROCURADORES FEDERAIS A SERVIÇO DO BRASIL…?”

Isso não é retórica, não é “coisa de petralha”, não é argumento de quem deseja ou goste da corrupção. Enxergarmos o grau de insanidade, irresponsabilidade, entreguismo desses servidores públicos brasileiros, é questão de SOBREVIVÊNCIA, da dignidade do país, sua SOBERANIA, sua autonomia política, social, gerencial, é tudo!

Não há talvez na História universal moderna, um exemplo tão acachapante como esse vivido pelo Brasil, onde uma nação VOLUNTARIAMENTE, pela DECISÃO de uns poucos homens, arrasa suas maiores empresas de um importante e fundamental setor como a da construção pesada, tornando-as arremedos das gigantes que eram e DESTRUINDO SEU MAIOR PATRIMÔNIO, que no mercado internacional, é a IMAGEM PÚBLICA DESSA EMPRESA aos olhos do mundo.

Não há santos nesse tipo de negócio! Chineses, americanos, ingleses, franceses, utilizam toda a sorte de armas para entrarem num país e conquistarem as obras bilionárias pagas por seus governos. Hidrelétricas, Portos, estradas, ferrovias, obras de saneamento, presidentes, reis, fazem pressões políticas para que suas empresas sejam as agraciadas. Obama pediu à Dilma para que a empresa americana ganhasse a concorrência na compra dos caças. É evidente! E se uma dessas empresas tivesse que dar alguns milhões a um Cunha da vida, nenhum americano faria disso um escândalo internacional, se descoberto, seria tratado de modo discreto e JAMAIS com a participação de procuradores brasileiros opinando, recebendo a ajuda dos procuradores americanos para processarem a empresa americana e DESMORALIZÁ-LA diante dos outros países.

É nesse clima, que a Folha de São Paulo se UFANA de participar do projeto que deveria levar o nome: “Destrua de vez a Odebretcht, inicie a desmoralização do BNDES e prove ao mundo, o quanto os governos, se não quiserem encrenca para si mesmos, devem EVITAR FAZER NEGÓCIOS com empresas brasileiras….” – Tio Sam ri, perplexo e agradecido com a destruição de seus maiores concorrentes no campo das obras pesadas.

Lula levou anos e trabalho diplomático, usando seu carisma pessoal e aproveitando um momento em que crescíamos a taxas excelentes, para conquistar mercados em todos os continentes. A cadeia de riquezas que isso gera para um país é INCALCULÁVEL, além da multiplicação dos empregos, num ciclo que passa a crescer e crescer, como um dos maiores fatores para o fim da pobreza, da violência, da miséria.

Em dois anos de lava lato, tudo isso se perde de um modo inacreditável! Viramos motivo de espanto, de deboche, os executivos dessas grandes empresas internacionais devem se perguntar atônitos: “que gente doida é essa que destrói seu próprio país, prende seus maiores empresários, e vai prender o Lula, o cara que botou o Brasil no mapa mundial com um RESPEITO E ADMIRAÇÃO JAMAIS VISTOS…?”

Que gente é essa, eu pergunto…

Da parte dos procuradores, a conclusão é fácil: são apenas funcionários públicos concursados, que deveriam ater-se ás suas funções, e jamais arrogarem-se a função extra de “agentes de Estado” – função POLÍTICA EXCLUSIVA DE AGENTES POLÍTICOS, nunca de funcionários públicos totalmente inábeis para esse tipo de trabalho, e pior, SEM QUALQUER DIREITO a nele se intrometerem. As maiores empresas de um país não são patrimônio apenas de seus donos ou acionistas, elas são um ATIVO DAQUELE PAÍS, e assim são tratadas em todo o mundo civilizado e racional.

Ao permitirem que Moro e Janot, em sua sanha de pegar Lula a qualquer preço, destruíssem essas empresas, trancafiassem seus donos para a chantagem da delação premiada, por acreditarem que este era o caminho para a condenação de Lula baseada em provas, tanto o CNJ, como o STF, cometeram em suas instâncias, o mesmo crime de traição AOS INTERESSES NACIONAIS!

A quem interessava afinal uma Petrobras envergonhada, jogada na lama como uma empresa praticamente voltada para a corrupção, uma mentira deslavada, pois dezenas de milhares de funcionários dedicaram-se a torná-la um centro de excelência no Brasil?

A quem interessava o GOLPE DE ESTADO, com o afastamento de uma presidente inábil, péssima política, mas séria, digna e honesta?

A quem interessava e interessa o massacre contínuo da Odebrecht e toda a cadeia de construção pesada do Brasil, construída nos últimos sessenta anos e FINALMENTE CONQUISTANDO O MUNDO PELA EXCELÊNCIA DE SEUS SERVIÇOS?

Grande mídia, Globo e família Marinho à frente, os procuradores fanáticos e bisonhos, assim como o juiz narcísico e patético em seu deslumbramento com o poder absoluto de que dispõe hoje, jogaram o Brasil no caos social e políticos, nos impuserem um presidente medíocre, que nos envergonha mundo afora, preparam a prisão mais vexaminosa de um estadista mundial nos últimos tempos, e uma sociedade obscurecida, fanatizada, banhada em cegueira, preconceitos e ódio, primeiro celebrou, e agora, mesmo desconfiada de que “algo pode estar errado nisso tudo” – diante de tanto horror e farsa – permanece calada, acomodada em seu desejo maior do que tudo: a destruição do “Lula-Satanás” – o ranger de dentes de suas almas enfermas.

O que acontece hoje no Brasil é INDIZÍVEL…. Nada pode descrever o grau de cinismo, farsa, insanidade, mediocridade e obscurantismo vigentes.

É um processo AUTOFÁGICO, uma das coisas mais malignas que um ser lúcido pode ver e suportar sem se desesperar – é impossível.

Que a sociedade civil consciente dessas coisas, se erga e lute por nosso país.

Quando a coisa chega ao ponto de um grande jornal se orgulhar de reportagens que fará para desnudar a corrupção de seu país aos olhos do mundo, APOIADO PELO DEPARTAMENTO DE JUSTIÇA DE UM PAÍS ESTRANGEIRO, esse país chegou a UTI do Hospício Social e Existencial.

Chegamos ao fundo do poço!

(Eduardo ramos)

*********

Aqui, o artigo do GGN que originou o meu.

O jornal Folha de S. Paulo se uniu a vários veículos da América Latina e África para repercutir os casos de corrupção descobertos pela Lava Jato, envolvendo principalmente Odebrecht e BNDES, em 12 países. Anunciado no blog Novo Em Folha nesta quinta (22), o projeto “Investiga Lava Jato” é inspirado e sustentado por investigações do Departamento de Justiça dos Estados Unidos sobre as obras onde a empreiteira admite ter feito pagamento de propina.

Flávio Ferreira, repórter da Folha e um dos coordenadores do projeto, explicou no Novo Em Folha que os veículos estão unidos para “aprofundar” a cobertura envolvendo a Odebrecht, criando uma narrativa que atende aos “interesses locais”. A ideia é fazer uma “cobertura unificada” sobre os escândalos – sem poupar, a exemplo do que ocorreu em terras tupiniquins, os governos e demais empresas envolvidos.

Os jornalistas do projeto se organizaram em março, durante um evento do Consórcio Internacional de Jornalistas Investigativos, entidade responsável pelo Panama Papers. Eles afirmam que compartilham uma base de dados com cerca de 8 mil documentos, sem especificar a origem do material.

A Folha publicou no último dia 15 o que parece ser sua primeira matéria especial para o Investiga Lava Jato: um levantamento de obras da Odebrecht, todas em “países que ela corrompeu”, que terminaram custando 6 bilhões de dólares a mais do que o valor previsto em contrato.

Na matéria, há menção ao relatório do Departamento de Justiça dos Estados Unidos, divulgado no final de 2016, sobre mais de 100 projetos em 12 países em que a Odebrecht teria admitido pagamento de propina.

O fato gerou uma proliferação de investigações contra a Odebrecht nesses países, a ponto de a empreiteira exigir da Lava Jato, no acordo de delação premiada, o compromisso de parar de compartilhar informações que possam alimentar processos internacionais, informou a Folha.

Apesar do contexto de corrupção criado pela reportagem, a empreiteira respondeu que nas obras que tiveram um preço final acima do previsto, não existiu corrupção. Odebrecht afirma que pagava propina para vencer licitações e não ter obstáculos criados durante o cumprimento do contrato, apenas. “(…) os acréscimos nos valores dos projetos fora do Brasil não tiveram ligação com qualquer tipo de ilegalidade”, disseram à Folha.

A fórmula sobre os gastos excessivos em obras foi replicada em outros artigos. As reportagens do portal foram veiculadas em espanhol e não poupam os presidentes que estavam em exercício na época em que a Odebrecht executou as obras questionadas. É o caso de Néstor e Cristina Kirchner, alvo de uma publicação sobre como se multiplicaram os custos de obras na Argentina.

O ex-presidente Lula é citado em apenas um artigo, sobre os “tentáculos da Odebrecht na África”. Com base, mais uma vez, no trabalho do Departamento de Justiça dos Estados Unidos, o Investiga Lava Jato abordou o pagamento de propina por obras em Angola e Moçambique, com financiamento do BNDES.

O portal publicou também a foto do encontro de Lula com o então presidente de Moçambique, Armando Guebuza, em 2009, ocasião em que teriam “manifestado apoio” às operações da Odebrecht no país.

Redação

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