fsp. 10/09/2012
Mais um sinal de que os maias podem estar certos e o mundo está mesmo acabando em 2012. Galvão Bueno “autorizou” a Ferrari a fazer jogo de equipe. Algo tão inimaginável quanto o comentarista Neto não chamar ninguém de “baita jogador” durante uma partida inteira. É o “armagedon” da TV.
Explica-se: imagine como fica a Globo se não tiver brasileiro para torcer (?!?) no ano que vem? Bem, Galvão Bueno está fazendo o que pode pela renovação de Felipe Massa com a Ferrari.
Para os mais jovens ou os que começaram a ver F-1 ontem, dois flashback. Primeiro: em 2002, Galvão nos ensinou didaticamente que os italianos eram canalhas por obrigarem Barrichello a ceder posição para Schumacher.
Segundo: novamente a Ferrari foi avacalhada quando Massa abriu para Alonso após ouvir pelo rádio a já clássica “Fernando is faster than you [Fernando é mais rápido que você]”.
Ontem, Galvão mudou de ideia. Agora a Ferrari está liberada (pela Globo). “É absolutamente normal”, dizia o homem que muda de ideia, mas nunca cala. “Não sou purista”, completou (não é purista mas seria caduco?).
E ainda pedia o apoio, prontamente dado, de Reginaldo, o Paciente, Leme, Luciano Burti e do convidado especial, Emerson Fittipaldi.
No fim, emoção: Massa em quarto e Senna em décimo.
É a nova F-1 na Globo. Com a vitória brasileira fora de moda, o negócio é torcer por renovação: “Vamos torcer para que Felipe embarque com o novo contrato”. Ainda deu tempo para Fittipaldi criar um novo verbo: “Sergio [Perez] está ‘performando’ demais”. Parece que foi elogio.
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