Estreia da cinebiografia Marighella é cancelada

Jornal GGN – O filme “Marighella” iria ser lançado ao público no próximo 20 setembro, data em que se comemora o dia da Consciência Negra. Mas a estreia do filme, que conta a trajetória de um guerrilheiro comunista, sob a direção de Wagner Moura, foi cancelada.

Em nota divulgada à imprensa na quinta-feira, 12 de setembro, os produtores da O2 Filmes – responsável pelo longa  – afirmaram que o cancelamento se dá pela negação de um recurso encaminhado à Agência Nacional do Cinema (Ancine) no fim de agosto. “A O2 Filmes não conseguiu cumprir a tempo todos os trâmites exigidos pela Ancine”, informou. 

A cinebiografia dirigida por Wagner foi inspirada no livro do jornalista Mário Magalhães. Seu Jorge dá vida aos últimos cinco anos de vida do escritor, político e guerrilheiro, Carlos Marighella. A trama se passa entre 1964 e a violenta morte do ativista em uma emboscada no ano de 1969.

“Nós, produtores do longa-metragem “Marighella”, dirigido por Wagner Moura, anunciamos que a data de lançamento do filme nos cinemas brasileiros, divulgada anteriormente para 20 de novembro de 2019, está cancelada”, afirmou a O2 Filmes.

Reembolso

Segundo a 02 Filme o cancelamento está ligado ao recurso negado pela Diretoria Colegiada da Ancine, no dia 27 de agosto. No requerimento, a produtora solicitava a possibilidade da verba para a comercialização do filme ser liberada antes da assinatura do contrato com o Fundo Setorial do Audiovisual (FSA), uma vez que ele estava demorando a ser finalizado.

Na mesma ocasião, a 02 teve outro recurso negado, desta vez sobre pedido de ressarcimento de despesas pagas com dinheiro da produtora de cerca de R$ 1 milhão, por meio do FSA. 

De acordo com a diretoria da Ancine, o pedido foi negado uma vez que os recursos são parte da receita já aprovada para o projeto. A produtora, então, não poderia ser ressarcida com recurso público.

A negação dos recursos foi comemorada por Carlos Bolsonaro (PSC-RJ), no Twitter. “Noutros tempos, o desfecho seria outro, certamente com prejuízo aos cofres públicos”, disse na rede social. 

Vale ressaltar que a declaração de Carlos Bolsonaro se dá no momento em que o governo pretende estabelecer controle sobre a Ancine. Jair Bolsonaro chegou afirmar que pretendia acabar com a agência, se não pudesse estabelecer controle por meio de “filtro de conteúdo”.

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Redação

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