Fora de Pauta

O espaço para os temas livres e variados.

Luis Nassif

Luis Nassif

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  • Eu sou brasileeeeeeiro

    Luizinho acha que tá na hora de variar esse grito de guerra!

    Clique na imagem para mais tirinhas!

  • Roubo na copa ?

    Ingleses são presos após roubarem taxista no centro de Belo Horizonte

    Estrangeiros levaram R$ 84 do motorista de táxi, mas foram presos

     

    Thaís Mota, do R7

    Os jovens roubaram um taxista em BH Record Minas

    Dois turistas ingleses foram presos na madrugada desta quarta-feira (25) após roubarem um taxista no centro de Belo Horizonte.   

    De acordo com a PM (Polícia Militar), Charles Iainconyngsby Hillilg e William John Heard, ambos de 19 anos, teriam entrado no táxi na rua Rio Grande do Norte e seguiram até a avenida Paraná.   

    Leia mais notícias no R7 MG

    A corrida custou R$ 15,90 e os turistas perguntaram ao taxista se ele tinha troco para R$ 100. Entretanto, quando o motorista pegou R$ 84 e entregou aos estrangeiros, eles saíram correndo do veículo e não entregaram a nota de R$ 100.  

    O taxista acionou a PM e a dupla foi presa ainda nas proximidades e encaminhada à Central de Flagrantes da Polícia Civil.  

    http://noticias.r7.com/minas-gerais/ingleses-sao-presos-apos-roubarem-taxista-no-centro-de-belo-horizonte-25062014

  • SÓ PROVOCAÇÃO

    Acho que qualquer pesso possa ser candidato a presidente da república mas desde que tenha toda a sua história e de sua família contada em livro/mídia.

    Pelo menos pai, mãe, esposas, filhos, fortuna.

    Como podemos eleger quem não conhecemos.

    Deveria valer desde vereador, prefeito, governador até presidente da república.

  • Não vai ter Copa em 2018, no Brasil

    Copiei do Conversa Afiada

    Copa: Dilma vai entregar
    a taça na final

    Gisele Bundchen e o jogador espanhol Puyol conduzirão o troféu do campo até a tribuna de honra

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    Do Globo:
     

    Dilma vai entregar a taça ao campeão do mundo

    Final da Copa será no Maracanã, no dia 13 de julho

    RIO – O secretário-geral da Fifa, Jérôme Valcke, disse nesta sexta-feira, no Maracanã, que os presidentes da Fifa, Joseph Blatter, e do Brasil, Dilma Rousseff, farão a entrega do troféu da Copa do Mundo ao capitão da equipe campeã, no próximo dia 13 de julho, no estádio. O dirigente francês informou ainda que a modelo brasileira Gisele Bundchen e o jogador espanhol Puyol conduzirão o troféu do campo até a tribuna de honra, onde farão a entrega a Blatter e Dilma.

    - Gisele Bundchen e Puyol conduzirão a taça até as autoridades – esclareceu Valcke.

    O ministro do Esporte, Aldo Rebelo, disse que a presença de Dilma na final jamais esteve ameaçada por causa das vaias recebidas na partida de abertura, no último dia 12 de junho, no Itaquerão, quando o Brasil venceu a Croácia por 3 a 1.

    (…)

  • Acredite a matéria abaixo é

    Acredite a matéria abaixo é do Globo.

    Copa: Brasil bem na foto na visão dos estrangeiros

    Pessimismo que predominava na imprensa mundial é substituído pelo brilho da festa

    RIO - Quando faltava um mês para o início da Copa do Mundo, a revista alemã “Der Spiegel” publicou uma edição que trazia na capa uma Brazuca pegando fogo e cruzando o céu da Baía de Guanabara. Era um alerta explícito sobre os riscos que rondavam o Mundial. Dali em diante, muitas outras publicações — nacionais e internacionais — adotaram a mesma linha pessimista, apontando falhas em estádios, aeroportos e esquemas de segurança.

    Agora, duas semanas após o início da competição, o tom mudou. Do pequeno “El Nuevo Día”, jornal que circula na província venezuelana de Falcón, ao gigante “The New York Times”, todos parecem convencidos do sucesso da Copa no Brasil. As matérias sobre problemas deram espaço à cobertura de uma verdadeira festa, exibindo provas de que o país do futebol está realmente sendo capaz de sediar o maior evento esportivo do mundo.

    Nas 12 cidades-sede, o clima é de comemoração. Tanto os jornalistas quanto os turistas que nelas estão dão depoimentos nesse sentido, nos textos que seguem abaixo.

    A convite do GLOBO, cientistas políticos e sociólogos analisaram o momento. Felipe Borba, professor da Universidade do Rio (UniRio) e pesquisador do Instituto de Estudos Sociais e Políticos da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Iesp/Uerj), confirma a sensação de que os medos e as dificuldades alardeados ficaram para trás.

    — Não tivemos caos nos aeroportos, os estádios ficaram prontos, os turistas vieram e estão demonstrando satisfação com os serviços. Sequer as manifestações se repetiram — destaca ele. — Os problemas que existem, como falta de comida nos estádios e filas, são culpa da Fifa, que administra esses lugares e é responsável por esses serviços.

    Borba ressalta que “é claro” que a mobilidade urbana poderia ser melhor, que o vaivém dos estádios “nem sempre é ideal”, mas não sente que isso tenha comprometido a organização da Copa do Mundo.

    Cláudio Couto, professor da Fundação Getúlio Vargas de São Paulo, diz que o que o país presencia, agora, é a sensação de que o pessimismo em torno do evento foi “exagerado”:

    — Ele não se realizou, e essa percepção gerou alívio, sentimento que resulta nesse clima mais relaxado e festivo que se vê agora.

    Para Couto, já circula até mesmo um “sentimento de gratificação pelo que foi feito”:

    — Sempre há problemas em eventos dessa magnitude, mas parece que a Copa terá um saldo positivo para o país.

    BELO HORIZONTE

    ‘É uma gente amável, hospitaleira e alegre’

    Jornalistas e torcedores estrangeiros estão satisfeitos com Belo Horizonte. Apresentador da CN23, em Buenos Aires, Pablo Alonso se diz admirado com a receptividade do brasileiro.

    — É uma gente muito amável, hospitaleira e alegre — afirmou Alonso, que só não aprovou os preços cobrados no Mineirão. — Paguei R$ 600 pelo ingresso. Lá , a cerveja custa R$ 10 e o refrigerante, R$ 8. A festa da Fifa é para quem tem dinheiro.

    Os torcedores belgas Marc e Stephan Peerans ficaram três dias na capital mineira.

    — Antes de vir pra cá, recebemos vários alertas para tomar cuidado com assaltos e violência. Mas até agora está tudo maravilhoso. As pessoas são muito atenciosas e educadas — disse Marc.

    Já para Álvaro Ceciliano, da Costa Rica, o maior destaque da cidade foi a organização:

    — Consegui me locomover sem problema.

    BRASÍLIA

    ‘O ambiente é maravilhoso, o país para na hora dos jogos’

    A capital cujo traçado não privilegia pedestres ganhou um “calçadão” na Copa. Na rota do estádio Mané Garrincha, um shopping center e a praça de alimentação da Torre de TV, atração turística da cidade, viraram ponto de encontro antes e depois dos jogos.

    Foi assim anteontem, quando a seleção brasileira goleou a de Camarões. O estudante de engenharia colombiano Mario Rojas recorreu à “arquibancada” dentro do shopping para ver o jogo:

    — O ambiente daqui é maravilhoso, porque o país inteiro para na hora dos jogos.

    O shopping tornou-se destino até de quem não planejou fazer uma parada técnica lá antes de ir para o Mané Garrincha. Um grupo de paulistas aceitou carona de um brasiliense que ia para o shopping.

    — Hospitalidade nota mil dos brasilienses. Se não fosse ele, estaríamos agora debaixo do sol na porta do estádio — afirmou a paulista Maria Inês Moane.

    CURITIBA

    ‘Mundial do Brasil está melhor do que a última Eurocopa’

    Há alguns dias, o jornalista venezuelano Oscar Gonzales enviou ao pequeno “El Nuevo Día” uma reportagem em que se mostrava surpreso com a organização da Copa do Brasil.

    — Só se falava em violência, em atrasos nas obras, em problemas e protestos. O que vi em São Paulo, Porto Alegre e aqui em Curitiba é uma festa muito alegre e bem organizada.

    Vestido de toureiro, o espanhol Pablo Hernandes curte o campeonato ao lado dos amigos Juan Hochorán e Miguel Ibañez, e os três afirmam que o Mundial está “melhor do que a última Eurocopa”, realizada em 2012 por Polônia e Ucrânia.

    — Não há estádios inacabados, ruas de terra em volta dos estádios, como na Polônia. Está muito diferente do que ouvíamos na Espanha —– diz Hernandes.

    — Fui à Copa de 2006, na Alemanha. É claro que o transporte lá é melhor. Mas a organização do Mundial está excelente. Há um cuidado muito grande com o torcedor — completou Ibañez.

    SALVADOR E CUIABÁ

    ‘Extraordinárias, as pessoas ajudam muito os visitantes’

    O Brasil não deve nada aos outros países que serviram como sede da competição. É o que afirma Simon Hart, que acompanha os jogos em Salvador para o jornal inglês “The Independent”.

    — Aqui, a experiência tem sido bastante agradável. Tudo me parece organizado, funcionando bem. E a Fonte Nova é linda.

    O jornalista colombiano Jorge Ceballos, que escreve de Cuiabá para um site esportivo de Cartagena, concorda:

    — Está tudo absolutamente perfeito. A organização é maravilhosa, as pessoas são extraordinárias e ajudam muito os visitantes.

    Mais crítico, o fotógrafo Watara Sekita, do jornal “Asahi Shimbun", de Tóquio, disse que a organização na Copa do Japão e Coreia foi melhor.

    — Furtaram a câmera de um colega meu no ônibus da imprensa, em Natal.

    MANAUS

    ‘A organização aqui foi muito boa. As pessoas são cordiais’

    Antes de chegar à capital amazonense para cobrir os quatro jogos que ocorreriam na cidade, a jornalista alemã Ulrike Weinrich, da agência de notícias Sports-Information Dienst, estava em Paris, enviando notícias sobre o elegante Aberto de Tênis de Roland Garros, na França. Em 2002, ela foi à Copa da Coreia do Sul e Japão. Diz-se experiente em eventos da Fifa. Agora, sem pestanejar muito, afirma:

    — A organização aqui foi muito boa. Aqui no Brasil, as pessoas são cordiais. Não há muitos que falem inglês. Muito menos alemão, mas os brasileiros são cordiais. Tentam ajudar e realmente conseguem, porque põem o coração em tudo que fazem.

    Vinda de uma nação em que o futebol também é tido como paixão nacional, Ulrike se impressionou com a forma como o esporte é encarado por aqui.

    — No Brasil, futebol é uma religião — resume a jornalista.

    SÃO PAULO

    ‘Nas manifestações, tem outros aproveitando a situação’

    Jornalistas estrangeiros que estão no Brasil elogiam a simpatia do povo e a beleza natural do país, mas reclamam da sensação de insegurança, de preços altos e da “esperteza” de alguns brasileiros.

    — Acho que não tem muita segurança, e há muita burocracia e preços altos — diz Reza Balapoor, da TV Irã, que passou por São Paulo, Rio, Curitiba, Belo Horizonte e Salvador.

    O português Miguel Henriques, do SAPO Desporto, não se preocupou com os protestos:

    — Vejo que nas manifestações tem muita gente com razão, mas outros aproveitando a situação.

    Mas reclamou de problemas com o carro:

    — A locadora me cobrou indevidamente um valor na fatura final, que não constava do contrato. Em Salvador, cheguei ao meu carro e tinha uma pessoa lá dentro, sentada no banco do passageiro. Não roubou nada, talvez porque eu tenha chegado a tempo.

    http://oglobo.globo.com/brasil/copa-brasil-bem-na-foto-na-visao-dos-estrangeiros-13022467?topico=A-Copa-no-Brasil

     

  • Distribuição de renda?  Só

    Distribuição de renda?  Só imbecil pra acreditar.Porque distribuir renda signficaria tirar do rico e dar ao pobre..

          Mas não foi o que aconteceu,O rico continua rico,ou atá mais, e a classe média banca os pobres.

                    Um artigo que gostaria de ter escrito,

      ANDRÉ SINGER

    Distribuição de renda

    Uma controvérsia voltou à tona nas últimas semanas. Afinal, o ciclo lulista distribuiu ou concentrou renda? De acordo com reportagem publicada nesta quinta (26) pelo "Valor" (bit.ly/vecdes), a fatia apropriada no Brasil pelo 1% mais rico da população não caiu entre 2000 e 2010. Tal faixa abocanhava cerca de 17% da renda nacional no início do século 21, e continuava a fazê-lo uma década depois. Estaria provado, então, que não houve redistribuição no período petista?

    O primeiro impulso é responder que sim, mas a questão é mais complicada. A depender do lugar em que se decida fazer o corte estatístico, aparecem aspectos contraditórios da realidade. A reportagem, assinada por Denise Neumann, mostra que se tomarmos a renda dos 10% mais ricos, veremos que caiu de 51% para 48% do total no período considerado.

    Mais ainda. A proporção subtraída do que se convenciona chamar de classe média tradicional parece ter ido parar no bolso dos pobres. A jornalista indica que os 60% pior aquinhoados tiveram os seus rendimentos elevados, indo de 18% para 22%. Desse ângulo, houve ou não distribuição de renda? O impulso é responder que sim.

    Uma hipótese plausível é que tenham ocorrido as duas coisas ao mesmo tempo: enquanto a imensa massa dos pobres via a própria renda crescer, ainda que de maneira moderada e a partir de um ponto inicial muito baixo, a classe média perdia algo, produzindo-se, assim, um efeito distributivo, ainda que seja visível a desproporção: 10% detêm 48% da renda; 60% ficam com 22%.

    Por outro lado, os mais ricos dentro da classe média (o 1%) não perderam nada. Pode-se supor até que no interior do segmento rico houve concentração, ou seja, os megarricos ficando ainda mais poderosos.

    Um exemplo interessante, embora posterior ao período até aqui observado: apenas em 2013 o número de bilionários brasileiros aumentou em 50%, passando de 43 para 65, de acordo com a revista "Forbes". Ou seja, o patrimônio estaria se concentrando na ponta da ponta da ponta.

    É possível, assim, que a mesma tendência detectada por Thomas Piketty em escala mundial tenha se dado por aqui, embora simultaneamente houvesse ocorrido um movimento distributivo do meio para baixo. Em resumo, teria havido uma melhora nas pontas, com uma piora relativa no setor intermediário. Note-se que enquanto de um lado cresceu o número de bilionários, de outro a renda dos 10% mais pobres aumentou 106% entre 2003 e 2012 (Marcelo Neri, "Valor", 26/6, bit.ly/mneri2606). Trata-se apenas de uma hipótese, mas admita-se que o raciocínio é compatível com a ira da classe média tradicional em relação ao lulismo.

  • Estou colocando aqui o 10º,

    Estou colocando aqui o 10º, disse 10º, programa de informação das obras do PAC que o blog insistiu em afirmar que  havia poucas informação sobre elas.

    São inúmeras obras de infraestrutura que vem desde o governo Lula. É um erro pensar que o Brasil avançou pouco em infaestrutura .

    Aliás, não é a primeira vez que divulgo aqui no blog vídeos informativos das Obras do PAC e o blog não elevou à Post.

    Os vídeos são semestrais e este foi disponibilizado, ontem dia 27/06.

    Para mais informações sobre o PAC 2, ver: http://www.pac.gov.br/sobre-o-pac/div...

    [video:http://www.youtube.com/watch?v=aOoe2IKGxnE#t=31%5D

  • Lei obriga escolas a exibirem

    Lei obriga escolas a exibirem filmes nacionais mensalmente

     

     

     

    Ivan Richard - Repórter da Agência Brasil Edição: Valéria Aguiar

     

    As escolas de todo o país são obrigadas a exibir filmes de produção nacional, no mínimo, duas horas por mês. A medida foi publicada hoje (27) no Diário Oficial da União.

    Assinada pela presidenta Dilma Rousseff e pelo ministro da Educação, José Henrique Paim a lei modifica o texto das diretrizes básicas da educação do país, para incluir a exibição dos filmes nacionais como componente curricular complementar integrado à proposta pedagógica das escolas.

    A Lei 9.394, que estabele as diretrizes e bases da educação do país, já prevê, entre outros pontos que a música deverá ser conteúdo obrigatório, mas não exclusivo, do componente curricular, assim como o ensino da arte, especialmente em suas expressões regionais. A lei ainda estabelece como obrigatório, o estudo da história e cultura afro-brasileira e indígena.

     

    http://agenciabrasil.ebc.com.br/educacao/noticia/2014-06/lei-obriga-escolas-exibirem-filmes-nacionais-mensalmente

  • Gaúchos e mineirosAlgumas,

    Gaúchos e mineiros

    Algumas, dentre inúmeras, expressões comuns a gaúchos e mineiros

      24 JUN 2014 - 17:19 BRT

    EL País

     

    Estive recentemente em Bento Gonçalves, na serra gaúcha, região de vinhos e simpatia, onde acontece uma importante feira literária. Lá encontrei Dilan Camargo, poeta, letrista de música, dramaturgo, cronista, conferencista, autor de histórias infantis e juvenis, mas principalmente amigo generoso, que gosta de conversar e compartilhar as pequenas coisas da vida, que realmente são as que importam. Como agora somos parentes (minha namorada, a escritora e artista plástica Helena Terra vem a ser sua prima), Dilan resolveu me presentear com um livro sobre o jeito gaúcho de falar, “Bá, tchê!”, de Luis Augusto Fischer, escritor e ensaísta que admiro. É pra você aprender a nossa língua e depois poder reivindicar a nacionalidade, ele disse, jocosamente. E como tenho me dedicado, de corpo e alma, a me tornar um cidadão do Rio Grande do Sul, mergulhei no instigante dicionário.

    Qual não foi minha surpresa ao descobrir, que, sem esforço, talvez domine cerca de quarenta por cento do vocabulário e das expressões gauchescas – sem o sotaque, claro, porque, perdida a dicção mineira, tornei-me um melancólico de fala neutra. E domino, não porque sou alguém com um talento especial para reconhecer e aprender rapidamente as variedades regionais da língua portuguesa-brasileira, mas porque percebi, maravilhado, que muitas palavras e locuções que julgava mineiríssimas, na verdade fazem parte do imaginário comum a gaúchos e mineiros.

    O livro de Fischer traz mais de 800 verbetes divididos em oito seções: Alimentação, Formas de cortesia e insulto, Geografia e clima, Tipos humanos, Futebol e esportes, Cultura e costumes, Manhas de linguagem e Modos de corpo e alma. Em cada uma dessas subdivisões, reencontro as vozes do povo da minha Zona da Mata, leste de Minas Gerais, como por exemplo o uso do verbo “beliscar”, com o sentido de comer algo antes da refeição, ou “batida”, com o sentido de vitamina (fruta mais leite passada no liquidificador). Nesse mesmo campo, o da Alimentação, me deparo, entre outras, com “bolinho de chuva”, “boquinha” (comer um pouco de algo), “cupim” (parte da carne bovina conhecida em outros lugares com fraldinha), “janta” (no lugar de jantar), “jiboiar” (descansar, após comer bastante), “maria-mole” (o doce), “mexido” (mistura das sobras do almoço), “trago” (cachaça), etc.

    Para não me estender muito, passo a enumerar algumas, dentre inúmeras, expressões comuns a gaúchos e mineiros: acabar com a raça, apertar os ossos, borra-bosta, botar o pau na mesa, botar os cachorros, firme?, fora de sacanagem, chuva de molhar bobo, boa gente, bobo alegre, boca mole, boca grande, manteiga derretida, pau de viratripa, freguês de caderno, banho de gato, dar pra trás, deixar plantado, esperar sentado, ficar mordido, arrastar asa, cobertor de orelha...

    Mas o que mais me impressiona são as palavras que significam coisas específicas em Minas Gerais, e que no entorno do estado são designadas por outros termos, e que no Rio Grande do Sul têm a mesma acepção, como, por exemplo, bafo (em relação à temperatura), biboca, caixa-prego, friagem, lagartear, zona (de prostituição), alemoa, barbado, bisca (em relação a pessoas), cria, despachado, esganado, estropiado, estropício, fiapo, invocado, jaburu, saliente, bater figurinha (o jogo), chapéu (lençol, no futebol), coréia (bagunça), esconder (jogo), palitinho (jogo), tostão (contusão muscular), bico (chupeta), chinelo de dedo, mosquear, moquiço, pousar, pular carnaval, baita, de a pé, de em pé, à reviria, abichornado, apurado, arregar, dormir com as galinhas, revertério...

    Helena Terra tem uma boa teoria. A tese dela é a de que, como nos séculos XVIII e XIX havia um intenso trânsito de mineiros para o Rio Grande do Sul, por conta do gado trazido para o corte na região de Pelotas ou para exportação para o Uruguai e Argentina, estabeleceu-se também uma mútua influência de vocabulário e expressões entre as duas partes do país, separadas por tão largas distâncias. Eu concordo com ela. Mas acrescento um dado de puro cabotinismo. Há em Farroupilha, cidade da serra gaúcha, próxima a Caxias do Sul e Bento Gonçalves, uma rua chamada Luiz Ruffato. Não é, obviamente uma homenagem a mim, mas uma mera coincidência. Mas, quem sabe, essa deferência já antecipava minha ida definitiva para o Sul...

     

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