Glenn entregou ameaças de morte à PF, mas não confia que haverá investigação

Jornal GGN – O jornalista Glenn Greenwald relatou ao Democracy Now, segundo vídeo divulgado nesta terça (9), as ameaças de morte que ele e o deputado federal David Mirando, seu marido, têm sofrendo principalmente desde que o Intercept Brasil passou a divulgar mensagens privadas trocadas entre membros da Lava Jato. Os diálogos atestam conluio entre o ex-juiz Sergio Moro e os procuradores de Curitiba e colocam decisões em xeque.

Na entrevista ao veículo estrangeiro, Glenn afirmou que boa parte da comunidade internacional ainda não percebeu que Jair Bolsonaro faz parte de uma extrema-direita diferente da que existe nos EUA ou na Europa ocidental.

Aqui no Brasil, seus seguidores elevam as fake news, ataques e discurso de ódio contra desafetos e adversários políticos a outro nível, com ameaças de morte e divulgação de dados pessoais. Um verdadeiro terrorismo psicológico que já levou ao exílio ativistas de direitos humanos, artistas e políticos.

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De acordo com Glenn, Bolsonaro, como líder da extrema-direita, Bolsonaro alimenta a “estigmatização e demonização” de homossexuais, insinuando que são todos pedófilos e estimulando o ódio contra eles.

Glenn afirmou que vem recebendo ataques e ameaças de morte contra si, seu marido e até seus filhos. Tais ameaças incluem, muitas vezes, dados pessoais, endereço residencial e outras informações que apenas pessoas em posição de poder ou em cargos oficiais poderiam ter acesso.

“Estamos entregando tudo para a Polícia Federal, mas infelizmente quem a comanda é Sergio Moro”, disse Glenn, acrescentando que o ex-juiz já provou que não tem escrúpulo e quebra leis para conquistar aquilo que ele acredita ser justo.

“Nossa confiança de que a Polícia vai investigar essas ameaças não é muito alta”, pontuou.

Na semana passada, o site Antagonista divulgou que a PF teria solicitado ao Coaf um relatório completo das financias de Glenn, numa clara ofensiva de Moro contra a liberdade de imprensa.

Nesta terça (9), a jornalista Mônica Bergamo reportou desconfiança do Tribunal de Contas da União de que essa suposta devassa nas contas do jornalista – em busca de um suposto hacker que teria vazado as conversas da Lava Jato – não passa de um balão de ensaio. O Coaf tem 24 horas para esclarecer o caso ao TCU.

Assista à entrevista de Glenn Grennwald ao Democracy Now:

 

Redação

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