Movimentos sociais acampam em frente à prefeitura de São Paulo

Jornal GGN – Integrantes de movimentos ligados à população em situação de rua estão acampados em frente à prefeitura da cidade de São Paulo desde a última terça-feira (07/07), e só vão sair do local quando as autoridades atenderem as reivindicações sociais.

A manifestação é organizada pelo MNPR (Movimento Nacional da População em Situação de Rua) e o MEPSR (Movimento Estadual da População em Situação de Rua), e tem como objetivo reivindicar os direitos e a implementação de políticas públicas que sejam efetivas para desta população, permitindo o isolamento social em meio a pandemia da covid-19, proteção ao frio e condições de sobrevivência.

“Considerando o período de pandemia da Covid 19, agravado pela chegada das frentes frias, torna-se ainda mais imprescindíveis (sic) a implementação de políticas públicas voltadas para pessoas que estão na rua e não têm para onde ir”, dizem os movimentos. “Os movimentos denunciam o descaso dos gestores públicos que até o momento não tomaram medidas efetivas para proteger essa população”.

O censo de população de rua mostra que, apenas em 2019, 24.344 pessoas estavam em situação de rua na cidade de São Paulo, mas esse número deve ser muito maior por conta dos impactos sociais causados pela pandemia.

Em 30 de abril, o prefeito de São Paulo, Bruno Covas (PSDB), sancionou a Lei n 17.340, permitindo que essas pessoas façam uso das vagas disponíveis em hotéis localizados na cidade de São Paulo. Mais de dois meses após a assinatura da lei, os movimentos de assistência dizem que as pessoas em situação de rua seguem sem vagas de abrigo, “não tendo garantias das condições básicas de acolhimento para quem não tem onde abrigar se em tempos que a desigualdade social e racial se tornam mais acirradas”.

“A manifestação tem como objetivo reivindicar os direitos e a implementação de políticas públicas efetivas para a população em situação de rua, permitindo o isolamento social na prevenção da Covid 19, proteção ao frio e as condições mínimas de sobrevivência”, dizem os movimentos sociais.

Carta das Pessoas em Situação de Rua - 07-07-2020 (1)
Redação

Redação

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  • Tem que acampar na porta da bia dória ou da val maquiori, para elas entenderem que as pessoas não gostam de morar na rua.

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