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O “Comando Verdinho” amarelou

Há cerca de um mês, a gente publicou aqui que a medida do Governo de taxar (e foi só em 1%) as posições especulativas nos mercados futuros de dólar ia atingir o centro de um comando dirigia o movimento de apreciação do real frente ao dólar, que nada tinha a ver com um processo dito de “câmbio flutuante”.

Era jogada. E parou.

Em parte, claro, pela situação externa. Mas, sobretudo, porque isso passou a ter custo e a ser identificado claramente.

O saldo do câmbio financeiro não ficou negativo, por fuga de capitais. Mas baixou de quase US$ 9,6 bilhões para US$ 1 bilhão.

Hoje, o jornal Valor Econômico não mede as palavras para descrever a situação dos que se dedicavam a especular com dólar:

O mercado de câmbio ainda não se encontrou depois da paulada que recebeu do governo, que estendeu, há um mês, a cobrança do IOF para o mercado de derivativos, onde o preço da moeda americana é formado no Brasil. (…)o governo alcançou seu objetivo de reduzir da especulação nos mercados de câmbio. A posição vendida dos investidores estrangeiros na BM&FBovespa caiu consideravelmente desde o anúncio do IOF sobre os derivativos – de algo superior a US$ 24 bilhões, no início de julho, para pouco mais de US$ 15 bilhões, no fim de agosto. Ao mesmo tempo, os bancos também foram obrigados a reduzir suas posições vendidas de dólar no mercado à vista, que caiu de US$ 14,7 bilhões, em junho, para menos de US$ 2 bilhões em agosto”.

 

Ninguém está proibido de nada, ninguém foi pesadamente taxado, o câmbio continua livre. Mas o “Comando Verdinho” perdeu a liberdade ampla, geral e irrestrita de especular.

Por: Fernando Brito

Redação

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