O encontro de Lula e Papa Francisco por um “mundo mais justo e fraterno”

Jornal GGN – O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi recebido pelo papa Francisco na manhã desta quinta-feira, 13 de fevereiro. Em sua primeira viagem internacional em quatro anos, Lula teve um encontro de cerca de uma hora com o Pontífice na Casa Santa Marta, no Vaticano. Após a reunião, o ex-presidente publicou em suas redes sociais fotos na companhia do líder da Igreja Católica durante conversa sobre um “mundo mais justo e fraterno”.

Em entrevista ao Brasil de Fato, na quarta-feira, 12 de fevereiro, o teólogo Leonardo Boff garantiu que a desigualdade social era um dos grandes pontos a serem abordados durante o encontro. “ O papa Francisco quer perguntar a Lula como é que ele conseguiu diminuir a desigualdade no Brasil”, disse Boff.

Nesta tarde, durante coletiva de imprensa após o encontro, Lula confirmou o tema da reunião. “Então eu vim, fiquei muito satisfeito com o encontro com o Papa Francisco. Acho que, se todo ser humano, ao atingir 84 anos, tiver a força, a disposição e a garra que ele tem de levantar temas instigantes para o debate, eu acho que a gente pode encontrar soluções mais fáceis”, afirmou.

A viagem de Lula foi intermediada pelo presidente argentino Alberto Fernández, que esteve no Vaticano no final de janeiro, quando anunciou que o papa Francisco receberia o ex-presidente do Brasil.

O encontro se iniciou às 11h30 no horário de Brasília, segundo a assessoria de Lula. Em uma das fotos, durante a reunião, o ex-presidente aparece sendo abençoado pelo pontífice.

De acordo com o Brasil 247, o papa Francisco também ganhou um exemplar do livro “Lula e a Espiritualidade: oração, meditação e militância” (editoras 247 e Kotter).

No dia 5 fevereiro, Lula manifestou em perfil no Twitter sobre o desejo se expor sua gratidão ao pontífice. “Vou visitar o Papa Francisco para agradecer não só pela solidariedade que teve comigo em um momento difícil, mas sobretudo pela dedicação dele ao povo oprimido. Também quero debater a experiência brasileira no combate à miséria”.

Quando esteve preso na Superintendência da Polícia Federal de Curitiba, Lula enviou carta ao papa, que respondeu de forma solidária ao brasileiro. “Tendo presente as duras provas que o senhor viveu ultimamente, especialmente a perda de alguns entes queridos — sua esposa Marisa Letícia, seu irmão Genival Inácio, e mais recentemente, seu neto Arthur, de somente 7 anos — quero lhe manifestar minha proximidade espiritual e lhe encorajar pedindo para não desanimar e continuar confiando em Deus”, disse papa Francisco.

Redação

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  • Na grande imprensa e no JN o encontro de Lula com o Papa, foi uma "não notícia". Mas vão pulular os artigos e notas e comentários atacando o Papa, e o associando à esquerda e não ao fato de que ele não quer compactuar com a injustiça contida nas praticas lawfare.

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