Reuters/Reuters – A woman walks at the headquarters of the Government Development Bank of Puerto Rico, in San Juan in this file photo taken on May 10, 2012. REUTERS/Ana Martinez
NOVA YORK (Reuters) – Altos funcionários de finanças de Porto Rico disseram que o governo do território norte-americano, provavelmente, estará quebrado dentro de três meses por causa de uma iminente crise de liquidez, e alertaram para um impacto devastador sobre a economia da ilha.
Em uma carta aos líderes dos legisladores, inclusive ao governador Alejandro Padilla, as autoridades disseram que um acordo financeiro que, potencialmente, poderia salvar as finanças do governo, atualmente parece improvável de acontecer. Alertaram também para demissão de funcionários públicos e redução dos serviços públicos.
“É muito provável que haja uma paralisação nos próximos três meses, devido à ausência de liquidez para operar”, disseram os funcionários. “A probabilidade de conseguir uma transação de mercado para financiar as operações do governo e manter o governo operando é remota.”
A carta, datada de 21 de abril, também foi enviada aos chefes do Senado, da Câmara de Porto Rico, e ao governador. A carta contém as assinaturas da equipe fiscal do governo, do presidente do Banco Estatal de Desenvolvimento e do secretário do Tesouro.
Porto Rico, que tem uma dívida total de mais de US$ 70 bilhões, está tentando levantar US$2,95 em financiamento, enquanto tenta aprovar reformas tributárias impopulares, como aumento dos impostos e criar uma taxa sobre o petróleo bruto para ajudar pagar a conta.
Porto Rico é altamente dependente dos fundos hedges para suas necessidades de financiamento. Esses fundos têm pressionado o governo para realizar reformas fiscais e melhorar a sua posição fiscal como condição para concessão de financiamento extra.
Os títulos do governo têm se mantido em constante declínio nas últimas semanas, enquanto cresce a incerteza sobre as perspectivas da ilha de 3,6 milhões de pessoas. Na quarta-feira, os títulos de obrigação geral foram negociados, em média, por 79,982 centavos de dólar, próximo ao ponto mais baixo.
O alerta também marca um novo tom de urgência das autoridades, que até agora, estavam otimistas sobre as perspectivas de obtenção de um acordo financeiro até meados de maio.
“A paralisação do governo teria um impacto devastador sobre a economia do país, com cortes de salários e do serviço público, com uma recuperação longa e dolorosa”, disseram os funcionários na carta.
O governo Padilla tem usado táticas agressivas para intimidar os parlamentares recalcitrantes no passado. Padilla ameaçou paralisar o sistema de transportes públicos de San Juan, em novembro, se os legisladores se recusassem a aprovar um aumento do imposto sobre o petróleo bruto.
A paralização, que poderia afetar 75 mil pessoas, foi evitada com os legisladores concordando em aumentar os impostos.
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