Os quase mil procuradores e promotores do Rio de Janeiro elegeram nesta sexta-feira (11) a lista tríplice de onde sairá o Procurador-Geral de Justiça que estará no comando do Ministério Público estadual de 2021 a 2023. A escolha será feita pelo governador em exercício, Cláudio Castro (PSC), no dia 1º de janeiro.
Mais votado na lista, o promotor Luciano Mattos recebeu 546 votos. A procuradora Leila Costa recebeu 501 votos e o promotor Virgílio Stravidis recebeu 427 votos. A eleição representa uma derrota do bolsonarismo na instituição, já que um candidato simpatizante do presidente da República, o procurador de Justiça Marcelo Rocha Monteiro, obteve 143 votos e ficou de fora da lista tríplice.
Nas últimas semanas, diversos integrantes do MP-RJ vinham manifestando preocupação com a eleição de Monteiro. Havia o temor de que o candidato bolsonarista entrasse na lista tríplice diante do silêncio do governador em exercício sobre a escolha do primeiro colocado da lista. Em conversas privadas, o próprio Monteiro, na condição de candidato, chegou a dizer que não via problemas em o próximo procurador-geral não ser o mais votado pelo MP.
A escolha de Monteiro vinha causando preocupação por eventuais interferências no processo do Ministério Público que investiga o assassinato da vereadora Marielle Franco (Psol) e no inquérito das “rachadinhas” na Assembleia Legislativa do Rio (Alerj) que envolve o senador Flávio Bolsonaro (Republicanos) e o ex-assessor Fabrício Queiroz.
Nas redes sociais, o procurador faz questão de manifestar suas preferências políticas pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido), faz críticas aos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), à TV Globo e à cobertura da emissora nas eleições dos Estados Unidos e também critica o presidente eleito daquele país, Joe Biden, do Partido Democrata, e elogia o presidente Donald Trump.
Monteiro também tem fotos ao lado do senador investigado Flávio Bolsonaro e do deputado estadual Rodrigo Amorim (PSL). O deputado ficou conhecido na campanha eleitoral de 2018 ao aparecer em vídeos e fotos ao lado do governador afastado Wilson Witzel (PSC) quebrando uma placa de homenagem à vereadora Marielle Franco.
Edição: Eduardo Miranda
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Engraçado...se Dilma e ou PT tivessem ignorado a lista tríplice, talvez o bando de Curitiba sequer existisse.
Agora, no Rio a preocupação é a lista tríplice.
Segue Nassif em busca de gente "civilizada" nos ministérios públicos...e no judiciário.
É o tal do republicanismo...a história do lobo capitalista que diz para Chapeuzinho que virou vegano...
Para que orelhas tão grandes?
É para tapar meus olhos enquanto te devoro por engano (republicano) minhs filha...
Bem...boa sorte, chapéu Nassif.
PS.
Será que ninguém percebeu que a existência de um candidato abertamente bolsonarista era ums iscs para eleger outros tão ou mais bolsonaristas, só que enrustidos?
Será que Nassif não enxerga que o MP e o judiciário são a base de qualquer projeto elitista de poder, e aí incluídos os de natureza autoritária??????
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