Sociedade Brasileira de Cardiologia é contra cloroquina no tratamento de coronavírus

Jornal GGN – A Sociedade Brasileira de Cardiologia divulgou nesta sexta (22) uma nota pública posicionando-se contra o protocolo do Ministério da Saúde que expande o uso de cloroquina em tratamentos contra coronavírus para casos mais leves, mesmo sem evidências científicas que atestem a eficácia e segurança da droga. Porém, diante do novo protocolo, a Sociedade faz recomendações a respeito dos exames necessários para os pacientes que optarem pela cloroquina ou hidroxicloroquina.

Confira, abaixo, a nota completa:

O Ministério da Saúde, no âmbito de suas atribuições, publicou novas orientações para tratamento medicamentoso precoce de pacientes com diagnóstico de COVID-19, infecção causada pelo novo coronavírus (SARS-CoV-2).

A Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC) não recomenda o uso da Cloroquina e Hidroxicloroquina associada, ou não, a Azitromicina, enquanto não houver evidências científicas definitivas acerca do seu emprego.

No entanto, para os pacientes que optarem pela realização do tratamento, orienta que, desde que resguardada as condições sanitárias necessárias para minimizar o risco de contágio de profissionais de saúde e outros pacientes, que sejam realizados eletrocardiogramas a fim de avaliar a evolução do intervalo QT, de forma a subsidiar o médico quanto a pertinência de se persistir no tratamento. Para tanto, a Telemedicina pode ser uma alternativa viável para suportar essa iniciativa.

Por fim, a SBC, com base em seus propósitos sociais estará sempre à disposição para contribuir com as autoridades sanitárias do país na adoção de políticas públicas de interesse da sociedade brasileira.

Redação

Redação

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  • Saiu hoje mesmo uma publicação no The Lancet que é o grupo editorial mais importante da medicina no mundo inteiro o artigo Hydroxychloroquine or chloroquine with or without a macrolide for treatment of COVID-19: a multinational registry analysis, que a partir da análise de dados reais em 671 hospitais em seis continentes com dados de 96.032 pacientes em que 81.144 não receberam nem a cloroquina como a hidroxicloroquina, combinada ou não com outros remédios e após uma meticulosa divisão entre as características de idade, comorbidades e raciais, chegaram a conclusão que o tratamento tanto da hidroxicloroquina como da cloroquina, aumenta entre 100% ou mais a morte dos pacientes tratados com essas duas substâncias.
    Ou seja, o uso da hidroxicloroquina ou da cloroquina MATA MUITO MAIS DO QUE CURA.

  • Entre “não recomendar” e “ser contra” há alguma diferença.
    A bem da boa informação, o título da matéria deveria ser “Sociedade Brasileira de Cardiologia NÃO RECOMENDA cloroquina no tratamento de coronavírus”.

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