Xi Jinping assume terceiro mandato como líder na China

O presidente Xi Jinping garantiu seu terceiro mandato consecutivo como secretário-geral do Partido Comunista da China, em um anúncio que confirma a consolidação de poder do político no país.

“Fui reeleito como secretário-geral do comitê central do PCC”, disse Xi no discurso de abertura de evento para a imprensa.

A decisão foi confirmada por cerca de 2.400 delegados presentes no 20º Congresso do Partido, a reunião mais importante dentro do ciclo de cinco anos da sigla, e que sinalizou “a consolidação bem-sucedida e esmagadora do poder de Xi em Pequim”, na visão do jornal britânico The Guardian.

Em discurso curto, Xi disse que a China deve seguir em alerta máximo para desafios “como um estudante sentado para um exame sem fim”, repetindo avisos anteriores de “águas agitadas” e “tempestades perigosas” no horizonte.

O discurso foi considerado mais forte em relação ao visto em Congressos anteriores, quando o foco era a paz e o desenvolvimento.

Segundo o jornal britânico, essa mudança também reflete o quanto a China ficou mais isolada do Ocidente, em meio a uma série de disputas e tensões – embora Jinping tenha enfatizado a necessidade de manter os relacionamentos abertos.

O segundo membro no ranking de autoridades após Xi é Li Qiang, secretário do partido em Xangai, e que deve ser o próximo primeiro-ministro quando Li Keqiang deixar o cargo em março, após dois mandatos.

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Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

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  • EUA e China encontram-se em meio a uma grande guerra tecnológica, batizada de "guerra dos chips". Guerra esta declarada, pelos EUA contra a China, ao perceber que o status de potência mundial mais poderosa do mundo está em vias de ser trocado por um, ainda assim invejável, posto de segundo lugar. Em um verdadeiro cavalo de pau, os EUA renegaram todo o antigo e conhecido discurso sobre as virtudes da livre competição econômica, sem a intervenção do estado, e o substituem por um outro, igualmente antigo e conhecido, mas que, até então, para os EUA, sempre foi associado, de maneira pejorativa, a países atrasados e "populistas". Em meio a essa briga de cachorro grande, entre as duas grandes potências, o mundo é comunicado que a capacidade de projetar e fabricar os cada vez mais minúsculos chips semicondutores passou a ser considerada estratégica. Para os EUA é necessário impedir, a qualquer custo, que a China prossiga em seu caminho de domínio tecnológico capaz de, até mesmo antes do final da década, ultrapassar os EUA no domínio desta posição estratégica. E nós aqui no Brasil, o que fazemos diante disso? Ah! Nós aqui destruiremos nossa biodiversidade amazônica para fortalecer o agronegócio e nos posicionarmos como o maior exportador de alimentos do mundo; ainda que nossa população retorne ao vergonhoso e calamitoso mapa da fome do qual havíamos conseguido escapar não faz muito tempo. Com um novo governo, que espera-se não venha a ser de continuidade a este que aí está, o Brasil deveria olhar com mais atenção para essa briga de cachorro grande e entrar no ringue, não contra os EUA ou contra a China, mas sim a favor dos nossos interesses estratégicos a médio e longo prazo. Entretanto, o projeto e a fabricação de chips é uma atividade que requer uma massa crítica de engenheiros e é extremamente intensiva em capital. A importância da formação dos quadros técnico científicos para o domínio dessas capacidades foi aqui subestimada desde a época da reserva de mercado. Coisa que a Coreia do Sul, Hong Kong, Taiwan e a China Continental, silenciosamente e com muito afinco, correram atrás. Fizeram o dever de casa. Hoje, para o Brasil entrar nesta guerra, mais do que necessária para a nossa sobrevivência como nação soberana, com os cofres exauridos após os descaminhos percorridos nos últimos anos, não será muito fácil. Como fazê-lo então? A resposta sugerida a esta pergunta segue no próximo comentário: "Em busca do tempo perdido".

  • Em busca do tempo perdido: Nesta situação calamitosa na qual nos encontramos teremos que pensar grande ao mesmo tempo em que teremos que reconhecer a nossa humilhante posição de partida. Minha sugestão passa pelos seguintes pontos: 1) Declarar ao mundo que entrar neste ringue é um objetivo estratégico nosso e que pretendemos seriamente envidar todos os esforços para consegui-lo. 2) Declarar que este esforço não será feito contra A nem contra B, mas sim com a ajuda de A, de B e de todas as demais letras do alfabeto que quiserem cooperar com nosso esforço. 3) Estimularemos o projeto e a fabricação de chips no Brasil por todas as empresas internacionais que detêm a tecnologia para isso. 4) Criaremos polos tecnológicos em cidades como Campinas, São Paulo, Rio, Belo Horizonte, Porto Alegre, Recife que possuem alguma tradição na formação de quadros técnicos de qualidade. 5) Em troca dos estímulos de infraestrutura, isenção de impostos, acesso amplo a mercados e outros, pediremos apenas uma contrapartida para a criação de centros de formação de quadros mais qualificados nessas cidades e mecanismos de transferência de tecnologia. 6) Procurar mostrar aos interessados que a instalação em território brasileiro lhes será benéfica do ponto de vista estratégico, já que o Brasil, tendo muito boas relações comerciais com todos os países do mundo, não irá cercear o escoamento da produção e exportação para nenhum mercado eventualmente na lista negra deste ou daquele país. Uma declaração altiva de princípios e fins como esta certamente poderá provocar reações e pressões muito fortes provenientes de alguns atores internacionais. Mas é aí que o Brasil precisará mostrar-se soberano, falar grosso e defender seus interesses com unhas e dentes. Que o tempo perdido ainda possa ser recuperado por um governo atento aos interesses do país.

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