Petrobras quer construir 100% de plataforma de Libra fora do país

Jornal GGN – Liderado pela Petrobras, o consórcio responsável pelo campo de Libra, no pré-sal da Bacia de Santos, pediu para a Agência Nacional de Petróleo a liberação para construir 100% da plataforma fora do país.

A Petrobras e seus sócios (Total, Shell e as chinesas CNPC e CNOOC) dizem que pretendem construir a plataforma inteira com a japonesa Modec.
De acordo com o jornal O Globo, fontes ligadas ao mercado dizem que o pedido de isenção do conteúdo local foi feit porque o valor oferecido pelas empresas nacionais foi considerado excessivo. Durante o processo de licitação, o preço ficou 40% acima do valor pretendido pelo consórcio.

O contrato prevê 55% de conteúdo local, e a estatal brasileira já havia pedido uma revisão do percentual. Agora, a ANP pede explicações adicionais para o consórcio. A agência crê que o assunto não está esclarecido e quer detalhes sobre as questões impeditivas.
Caso seja concedido, o pedido de isenção, chamado de waiver, libera o consórcio de pagamento de multa.
Por meio de nota,  a Petrobras disse que “a legislação brasileira e os contratos de partilha assinados entre a Petrobras e seus parceiros e a Agência Nacional de Petróleo estabelecem a possibilidade da concessão de waivers sempre que se configurar qualquer uma das três situações: preço excessivo, prazo excessivo ou ausência de fornecedor ou tecnologia nacional”.

A empresa também ressaltou que a licitação realizada “resultou em preços bastante acima da referência internacional”.

Pedro Parente, presidente da Petrobras, tem argumentado a favor de mudanças na política de conteúdo local. Para ele, a política foi “mal desenhada”.
O campo de Libra é uma das principais apostas da estatal para  aumentar a produção no pré-sal, com estimativa de produção de oito a 12 bilhões de barris de petróleo.
Redação

Redação

View Comments

  • Sabe o que eu faria se

    Sabe o que eu faria se tivesse uma empresa com "gordura" pra queimar e quisesse detonar um concorrente? Eu ofereceria preços mais baixos. Quando o concorrente estivesse liquidado, eu enfiaria a faca pelo cabo para cobrir o prejuízo.

  • Quem é que garante que os

    Quem é que garante que os preços oferecidos a menor ao consórcio não está subfaturado, justamente para criar um precedente em relação ao conteúdo?

    Por que não verificar a mesma plataforma fornecida pelo mesmo fabricante em tempos passados para ver se os preços se mantem?

    Por outro lado os participantes podem se retirar do consórcio e dar lugar a outros que paguem o preço. A porta da rua é a serventia da casa. 

    40% não me parece um valor muito alto para se gerar emprego, renda e tecnologia no Brasil.

    A CNP deveria estabelecer uma variação de preços que considera aceitável, a ser praticada pelo conteúdo nacional.

    Essa histórinha do consórcio não tá colando direito.

     

  • Alastra-se como doença.

    Os efeitos de destruição das políticas de cunho soberania e desenvolvimento nacional vão se alastrando como doença contagiosa por todas as partes do país.Começaram a dar o GOLPE e o concretizaram em 2106 porque nesse ano e no ano seguinte estariam consolidados e operando os principais projetos desenvolvidos no único Governo Federal que esse país já teve. O que levaou dez anos para ser construído por toda uma nação de trabalhadores vai aos poucos sendo derretido por meia dúzia de burocratas improdutivos, parasitas do país e do sangue e suor de seu povo.

  • Parente

    De quem será ? só pode ser do Serra, que não gosta de nada nacional, pois brasileiros não são "capazes".

    Diminuir o desemprego ? não vem ao caso, isto é assunto p/ o Meirelles & cia. O caso deParente é criar empregos lá fora, p/ mostrar o quanto está "economizando" (?) p/ a empresa que tanto preza!!!! e que, infelizmente vai ter de vender a preço de banana, pois é assim que o Chefão Serra deseja. Os olhos dele já estão saindo fora das órbitas c/ a proximidade da BUFUNFA.

    Ah Temer, dentre tantos erros na escolha de ministros, extrapolou na indicação desse "meliante" tucano. Vais arrepender tardiamente, o Gilmar está preparando a corda p/ seu pescoço.

     

  • A Firjan e a Fiesp, apoadoras

    A Firjan e a Fiesp, apoadoras do golpe já foram suplicar ao governo apoiado por eles que não permita que isto aconteça.

    Bando de idiotas. Este governo não está nem aí para vocês ou para o Brasil.

  • Esse é um país severamente

    Esse é um país severamente interessante. Aqui, as organizações que reúnem as indústrias (CNI, FIESP, FIEMG, FIERJ) apóiam um golpe de estado que acaba com as encomendas para as indústrias instaladas no país. Aqui, a organização que reúne e representa os advogados do país (OAB) apoia um golpe de estado que instaura um regime de excessão e impedi o exercício do trabalho dos advogados. Aqui, as organizações que reúnem e representam os engenheiros do país (CONFEA, FNE) nada falam sobre o fim da engenharia nacional, representado pelo fim das empreiteiras, pela PEC241 e pela renúncia a um projeto de desenvolvimento. Aqui, a oposição ao golpe não consegue definir nem mesmo dia em que irá se manifestar contra o governo de plantão, fragmentando-se e confundindo a população, que a tudo assiste bestializada, como a uma novela de má qualidade e de personagens absurdamente canastrões.

  • GOVERNO ALEGA FALTA DE

    GOVERNO ALEGA FALTA DE COMPETITIVIDADE PARA FLEXIBILIZAR CONTEÚDO LOCAL, MAS NÃO PRIORIZA IGUALDADE DE CONDIÇÕES PARA A INDÚSTRIA

    25. OUT, 2016  2 COMENTÁRIOS

    Por Daniel Fraiha (daniel@petronoticias.com.br) - 

    O governo de Michel Temer tem dado força aos argumentos do Instituto Brasileiro do Petróleo – face institucional das operadoras presentes no Brasil – para defender a flexibilização da política de conteúdo local, alegando que a indústria nacional precisa ser mais competitiva para inclusive disputar mercado no cenário internacional, mas não tem dado a mesma ênfase às medidas que poderiam garantir isonomia às empresas brasileiras na hora de partir para esta competição. O ministro de Minas e Energia, Fernando Coelho Filho, que fez um dos discursos de abertura na Rio Oil & Gas alardeando essa busca pela competitividade internacional, falou com jornalistas no primeiro dia de evento, reiterando que as maiores prioridades do governo no setor atualmente são a aprovação do fim da operação única no pré-sal, a unitização de áreas do pré-sal, a extensão do Repetro e a revisão da política de conteúdo local. Neste último quesito, que vem gerando muitas críticas por parte do empresariado brasileiro – que investiu muito nos últimos anos, mas não viu a demanda acompanhar as expectativas –, Coelho Filho reconheceu que os problemas trabalhistas e tributários, assim como ao alto nível de exigência em quesitos de QSMS da Petrobrás, são entraves para essa tão almejada competitividade, mas afirmou que esta questão “vai demorar um pouco mais de tempo para solucionar, se for possível solucionar”. O Petronotícias destaca a seguir alguns trechos das respostas dadas pelo ministro aos jornalistas presentes na feira.

    Como se deu a escolha do novo diretor da ANP?

    Tendo em vista que o mandato da diretora acabava em 4 de novembro, começamos a pesquisar alguns nomes. O Marcio Felix, nosso secretário de petróleo e gás, fez algumas sondagens, e eu particularmente conversei com algumas pessoas, submeti o nome junto ao governo. Já estava batido o martelo sobre esse nome há algum tempo, mas estávamos aguardando chegar mais próximo à data para divulgar.

    Tinha recebido uma visita já da diretora Magda, que foi fazer um balanço final da gestão dela, e passamos a tratar do assunto em seguida. Ele tem uma experiência longa na área, foi presidente da Petrobrás em outros países, tem uma experiência na iniciativa privada.

    É um nome pró-mercado?

    Não sei se é um nome pró-mercado. É um nome do momento que estamos passando, como expliquei na abertura do evento. Falando da política de conteúdo local, não é algo para beneficiar a indústria de petróleo, mas a gente precisa arbitrar e harmonizar o interesse da indústria de base e da indústria de petróleo. Uma não pode inviabilizar a outra e vice-versa. E eu acredito fortemente nisso com o fim da operação única do pré-sal e com a possibilidade das empresas mundiais serem as contratantes líderes no Brasil. Se conseguirmos lançar as bases para uma indústria competitiva, vamos dar grandes oportunidades para as empresas brasileiras serem grandes fornecedores dessa cadeia de óleo e gás, como já aconteceu em outros países.

    Quais os próximos passos para tentar aumentar essa competitividade da indústria?

    Quando chegamos e conversamos não só com a Petrobrás, o IBP e a indústria, identificamos aquela agenda de curto prazo, de UTI, e outras mudanças que precisamos fazer ao longo da gestão. As quatro primeiras eram a votação no congresso da lei do pré-sal, a questão da unitização dos campos, que deverá ser liberada no CNPE de dezembro, a questão da renovação do Repetro, que está também sendo organizada.

    Deve acontecer ainda este ano?

    Acho que sim. Está dentro do Ministério da Fazenda para os últimos reajustes.

    E a quarta questão?

    A quarta é a questão do conteúdo local.  Esse debate vem sendo liderado pelo ministério da Indústria e Comércio, mas nosso secretário Marcio Félix tem feito essa interface com as indústrias de petróleo e com as nossas federações. Eu, particularmente, já estive na Fiesp, na Firjan, na CNI…tratamos de vários temas e evidentemente que esse tema foi um deles, em busca de um equilíbrio. Então, como a reunião do CNPE será em dezembro e os leilões já no ano que vem, estou muito animado que será dentro já da nova realidade.

    Em relação às mudanças na política de conteúdo local, a indústria tem reclamado que as exigências trabalhistas no Brasil são muito maiores do que na China e nos demais países asiáticos. Como o governo está articulando as mudanças ao mesmo tempo em que olha para essa parte?

    Olha, as agendas de curto prazo são as que eu falei. Evidentemente que a gente sabe que o Brasil tem uma carga tributária pesada. Se for comparar com outros países, sabemos que tem uma questão trabalhista que precisa ser enfrentada, mas isso não é algo único e exclusivo da indústria de petróleo. Estamos olhando a competitividade do Brasil como um todo. O governo tem disposição de enfrentar algumas dessas medidas, já deu algumas sinalizações e nós vamos tomando as medidas possíveis. Temos que criar um ambiente agilizando aquilo que for prioritário para podermos ter sucesso nos nossos leilões do ano que vem, que é o que está no curto prazo. Além disso, um passo importante que demos foi dar uma maior previsibilidade entre a publicação e a realização desses leilões, para as empresas poderem se organizar melhor. E vamos trabalhar para isso continuar.

    Sim, mas especificamente na área de óleo e gás, a Petrobrás tem um nível de exigência de quesitos de segurança, saúde, responsabilidade social e meio ambiente que ela não exerce em mesmo grau na China e em outros países asiáticos. Estão tentando articular também isso, para que as empresas brasileiras possam competir em pé de igualdade?

    Isso também foi colocado, mas numa outra agenda, que a gente sabe que vai demorar um pouco mais de tempo para solucionar, se for possível solucionar. Acho que tem uma disposição do governo de poder organizar ou tentar redefinir essa relação do capital-trabalho para poder melhorar a competitividade da indústria. O governo está enfrentando uma luta de cada vez. A questão do petróleo estamos para vencer no ponto da operação única; a questão da PEC do teto dos gastos está muito bem encaminhada; a questão da previdência deve chegar a qualquer momento; então o governo tem a plena convicção do que precisa ser feito, mas a gente não pode enfrentar todas as batalhas de uma vez só.

     

    Fonte:

    http://www.petronoticias.com.br/

  • O problema não é só a

    O problema não é só a construção das plataformas no Exterior o maior de todos é depois alugar essa plataforma  e a operação ser  executada por estrangeiros .. Sendo a Modec  que vai  construir ela também vai querer operar como já faz no Pre sal da Bacia de Santos , e ai empregos em dose dupla para os gringos  na cnstrução e na operação . Se sobrar alguma coisa sera  sub empregos  de plataformistas , e hotelaria  onde os salarios são muito baixos e se trabalha 12 horas sem parar ..na escala de 28x28 .. Quanto ao fato de eles sempre falarem que a Petrobras esta quebrada deu ontem na Bloomberg que já a expecttiva do Balanço da Petrobras vir muito bem  e  com estimativas de pagamento de 2,7 Bilhões de reais de Dividendos referentes a 2016  aos Rentistas ... 

  • O "pito" funcionou

      Quand Temer esteve no Japão levou um "pito" do 1o Ministro referente a "perda" de dinheiro dos estaleiros japoneses aqui no Brasil, principalmente em virtude da sangria da Lava - jato, note-se que a MODEC é uma das que "inauguraram" o circo da lava-jato junto com suas parcerinhas, a SBM Offshore e a Keppel ( Brasfels ).

        A MODEC - Mitsui monta a plataforma basica no Japão, depois a transfere para os estaleiros da Keppel, em Cingapura ou China,para a montagem final dos "módulos", lógico que esta operação sai bem mais barata assim, do que montar apenas parte dos módulos no Keppel Brasfels no Brasil, com elevada carga tributaria dos Estados + legislação trabalhista, e ainda depois, caso não consiga um waiver, levar uma tremenda multa da ANP/Proimp

         Os insignes vestais de Curitiba, pelo que me recordo, haviam dito que nenhuma empresa envolvida em propinas com a Petrobrás voltaria a fornecer equipamentos ou serviços para a empresa.

          Falaram por falar e não conhecerem patavina deste mercado mundial, pois sem a MODEC-Mitsui, Keppel, Toyo, Rolls Royce, SBM e outras ( todas na "car wash ), não se consegue nem um barquinho, quanto mais uma plataforma.

  • Balança comercial

        Então o governo federal irá perder as exportações "ficta " ?

        No tempo do Mantega elas foram importantes para positivar alguns meses em nossa balança comercial.

        P.S. : Quem interessar-se pelo tema " exportações ficta ", consultem PROIMP FICTA, tem no google.

Recent Posts

Copom reduz ritmo de corte e baixa Selic para 10,50% ao ano

Decisão foi tomada com voto de desempate de Roberto Campos Neto; tragédia no RS pode…

6 horas ago

AGU aciona influencer por disseminar fake news sobre RS

A Advocacia-Geral da União (AGU) entrou com ação judicial pedindo direito de resposta por conta…

8 horas ago

Assembleia Legislativa de SP celebra Dia da Vitória contra o nazismo, por Valdir Bezerra

Para a Rússia trata-se de uma data em que os russos homenageiam os mais de…

9 horas ago

Diálogo com o Congresso não impede cobertura negativa do governo pela mídia, diz cientista

Para criador do Manchetômetro, mídia hegemônica se mostra sistematicamente contrária ou favorável à agenda fiscalista

9 horas ago

Tarso Genro aponta desafios e caminhos para a esquerda nas eleições municipais

O Fórum21 comemorou o seu segundo ano de existência no dia 1⁰ de Maio e,…

9 horas ago

Desmatamento na Amazônia cai 21,8% e no Pantanal 9,2%

A redução no desmatamento ocorreu entre agosto de 2022 e julho de 2023, em comparação…

10 horas ago