2012: Um livro a ser escrito

 

Se bem pensarmos, dois, e não um livro, foram importantes para, em 2011, compreender as transformações que vivemos nas relações midiáticas.

No primeiro caso, testemunhamos a absurda acusação contra um livro desencadeada por parte da grande imprensa, acusação esta sem fundamento e muito próxima apenas do desejo de caluniar e difamar. Estamos falando do livro de português “Por uma vida melhor”, da coleção “Viver, aprender”, que depois se mostrou absolutamente apropriado para os objetivos a que se destinou.

Neste caso, a grande imprensa mostrou todo o seu poder ao mobilizar opiniões até então respeitáveis contra um livro, contra uma autora, mesmo que estas mesmas vozes não tenham sequer chegado próximo às páginas coordenadas pela professora Heloísa Ramos.

O aprendizado que fica:  não confiar no que a grande imprensa vocaliza para emitir opiniões. Sempre que puder, vá direto à fonte, investigue você mesmo, e depois se posicione.

A rede foi fundamental para mobilizar as opiniões embasadas e até fez o favor de disponibilizar páginas do livro para que pudéssemos construir pontos de vista mais apropriados sobre a obra.

O segundo livro tão discutido foi o de Amaury Ribeiro Jr, sobre as privatizações, ainda em pauta.

O aprendizado que fica: não confiar no que a imprensa silencia para emitir opiniões. Sempre que puder, vá direto à rede, investigue você mesmo, e depois se posicione.

Tanto no caso do livro difamado e caluniado, quanto naquele silenciado, o que vimos foi uma mudança bem significativa das relações entre a mídia tradicional e as novas mídias. Curiosamente, capítulos de uma relação, cujo tema foi justamente o velho e bom livro.

Estas duas experiências nos motivam a pensar daqui para frente qual o livro que 2012 representará na história dos meios de comunicação.

Como não há um autor supremo neste caso, o convite é óbvio: escrevamos todos!

Feliz 2012.

P.S. Um lamento por Daniel Piza, uma jovem promessa do nosso pensamento conservador, um homem ético e elegante.