As novas peças do xadrez

Caros,

Comentários ao post: Para entender o xadrez da política

A análise é boa, mas muito boa, uma matéria que coloca pingo nos “is” e deixa em aberto várias questões não tocadas, mas que está nas entrelinhas das peças do xadrez:

Sobre “O mito Lula”:

Conti-Bosso: Dilma passou Lula na última pesquisa de intenção espontânea de votos.

“Descuidou-se na nomeação de Ministros do STF”

Conti-Bosso: Faltou estratégia, conhecimento da máquina pública patrimonialista estamental e competência (além do olhar de nariz empinado da Casa Civil)?

“Gurgel é o mais político dos Procuradores Gerais da história recente do país…. revelam um político habilidosíssimo, conhecedor dos meandros do poder em Brasília. E que tem uma noção do exercício do poder muito mais elaborada que a do Ministro da Justiça e da própria Presidente da República. Um craque!“

O jogo “da guerra” política:

De 2005 para cá, muita água rolou. Inicialmente havia uma aliança mídia-PSDB. Agora, como se observa, um arco  mais amplo, com Ministros do STF, PGR e setores da PF. E muito bem articulado agora porque, pela primeira vez, a mídia acertou na veia. A vantagem de quem tem muito poder, aliás, é essa: pode se dar ao luxo de errar muitas vezes, até acertar o caminho.

 “peloamordeDeus”.

Espera-se que, nas próximas substituições do STF, busquem-se juristas com compromissos firmados e história de vida em defesa da democracia – e com notório saber, peloamordeDeus. De qualquer modo, o núcleo duro do STF ainda tem muitos anos de mandato pela frente.

 Lula:

Mas o próximo capítulo será o do confronto, que  ocorrerá quando toda essa teia que está sendo tecida chegar em Lula. E Lula facilitou o trabalho com esse inacreditável episódio Rosemary Noronha.

Conti-Bosso: Lula, outra vez, começa a atrapalhar?

 Estrategistas do governo

 Esse momento exigirá bons estrategistas do lado do governo: como reagir, sem alimentar a tese do contragolpe.

Conti-Bosso: Se for a “estratégia brilhante” sobre a campanha para subir a rampa do planalto em 2003, como se dizia sobre o Ministro da Casa Civil, e sua “estratégia seguinte”, de continuar  o esquema de caixa dois do PSDB de Minas com as mesmas pessoas, deu no que deu, levou-o, ele e dezenas de outros, a ser condenados.

 Raymundo Faoro, sempre ele, que em sua conferência em março de 1992, no IEA-USP (A Questão Nacional e a Modernização vídeo) comenta que as famílias “populares” na cidade do Rio de Janeiro no início do século XX, que foram explusas de suas casas pelo governo federal (Rodrigues Alves – se não falha a memória) para se  construir avenidas largas, (avenidas que foram inauguradas somente com as paredes  de frente para rua, simulando contrução acabada para foto – hipocrisia pouco é bobagem), no final do século XX, os processos movidos contro o Estado ainda não tinham sido julgados e as famílias não receberam indenização do Estado patrimonialista, ou seja, a justiça do Estado patrimonialista não funciona para o povo, nunca funcionou, mas para a elite e para o sistema patrimonialista, sempre funcionou, o novo enforcamento e esquartejamento alá “Tiradentes” mostra que a casa grande está firme e forte.

E os novos e prováveis Presidentes do Senado e da Câmara do PMDB em 2013-14, as novas peças do xadrez, irão atuar de que lado e a qual preço no jogo do xadrez?

Quem viver verá!