Política

Governo Bolsonaro envergonha país na COP 26

Jornal GGN – O ministro do Meio Ambiente, Joaquim Leite, conseguiu chocar autoridades e ambientalistas em seu discurso oficial na Conferência da ONU sobre Mudanças Climáticas.

Leite foi a primeira autoridade do governo federal a falar em pessoa no evento, realizado na Escócia.

O presidente Jair Bolsonaro não viajou à Glasgow, preferindo enviar um vídeo pré-gravado.

O que mais chocou no pronunciamento de Leite foi a afirmação de que “onde existe muita floresta também existe muita pobreza”.

O ministro manteve o discurso do “papel chave” assumido pelo Brasil ao afirmar que o país estabeleceu “metas climáticas ainda mais ambiciosas”.

O jornalista Jamil Chade destaca em seu artigo no portal UOL que Leite jogou a responsabilidade de manutenção das florestas nas mãos dos países ricos.

“É importante que os países desenvolvidos reconheçam a emergência financeira e mobilizem os recursos necessários para atingir os objetivos desejados nesta conferência”, disse o ministro.

Porém, Leite silenciou sobre o avanço do desmatamento na Amazônia.

O ministro do Meio Ambiente também se recusou a responder sobre seu apoio ou a não a iniciativas como a mineração em terras indígenas.

Em linhas gerais, pode-se dizer que o pronunciamento de Leite na COP26 foi uma repetição do que seu antecessor, Ricardo Barros, disse na conferência anterior.

Políticos brasileiros criticam discurso de ministro

Deputados brasileiros que estão em Glasgow criticaram durante o pronunciamento de Joaquim Leite.

Para Alessandro Molon (PSB), a fala de Leite “revela a mentalidade do governo é da década de 70 do século passado: desmatar, para eles, é sinônimo de desenvolver”.

“A fala do Ministro mostra uma atuação totalmente distoante do tradicional papel do Brasil nas negociações globais sobre mudanças climáticas”, ressaltou o deputado Marcelo Calero.

“Dois pontos se destacam: a associação entre floresta e “pobreza”, totalmente equivocada; e a vinculação pisada e repisada da questão do financiamento internacional, que o Governo brasileiro tem usado como subterfúgio para sua inação”, completou Calero.

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Redação

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