Reforma da Previdência é aprovada com repressão da PM na Alesp

Jornal GGN – Uma sessão extraordinária foi convocada na manhã desta terça-feira (03), na Assembleia Legislativa de São Paulo, para a aprovação da Reforma da Previdência. A oposição denunciou que o projeto estava sendo votado à toque de caixa. Em resposta, servidores públicos foram à Alesp protestar e foram recebidos com repressão policial, com spray de pimenta e bomba de gás.

Os servidores estaduais chegaram logo cedo na Assembleia nesta terça para acompanhar a sessão extraordinária e pressionar contra a aprovação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que prevê a Reforma na Previdência estadual, projeto impopular do governador João Dória (PSDB), do qual acusavam ter sido articulado em votação escondida e sem diálogo com a população e servidores públicos.

“O presidente da Casa está utilizando todos os recursos e artimanhas para acelerar a votação da PEC”, denunciou a bancada do PT na Assembleia Legislativa de São Paulo.

Ao ocuparem os corredores da Alesp em resistência contra o projeto, policiais da Tropa de Choque da Polícia Militar de São Paulo que já estavam no local a pedido de deputados entraram em confronto para conter os manifestantes, usando spray de pimenta e bomba de gás.

O Plenário estava a portas fechadas e quando servidores estaduais tentaram entrar nas galerias, a Polícia Militar reagiu com gás de pimenta. A Tropa de Choque ainda jogou pelo menos duas bombas de efeito moral, o que dispersou os servidores.

Nas redes sociais, Guilherme Boulos denunciou o cenário vivido na Alesp. “O pessoal que está lá dentro, que veio para participar nas galerias, que é um direito cidadão, foi agredido, tomou bomba, tomou spray de pimenta, de uma maneira absurda.”

Durante o tumulto, o deputado Carlos Gianazzi (PSOL) chegou a pedir que a sessão fosse interrompida, mas os deputados estaduais de situação mantiveram a votação, aprovando o texto em segundo turno, por 59 votos a 32, nesta terça.

“Vergonha em dose dupla na ALESP: Deputados aprovam Reforma da Previdência de Doria, que retira direitos dos servidores públicos, e Choque agride professores de forma covarde”, escreveu Boulos, após o fim da sessão.

 

Redação

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