Menina de nove anos questiona McDonald’s sobre obesidade

Jornal GGN – Hannah Robertson, uma jovem canadense de apenas nove anos, chamou a atenção no encontro anual de investidores do McDonald’s, ao indagar ao CEO da empresa por que ele “insistia em enganar as crianças com brinquedos e personagens de desenhos animados para que elas comam a sua comida todo o tempo”. O tema foi tratado em matéria veiculada no Portal UOL.

Lendo um texto escrito pela sua mãe, Hannah afirmou que não acha justo que as grandes companhias induzam as crianças, e que “tantas crianças da minha idade tenham doenças como obesidade e diabetes. Dan Thompson, o senhor não quer que as crianças sejam saudáveis?”

Ainda segundo a jovem, as crianças são iludidas para pensar que comer nos restaurantes da rede é algo bom “só porque os sanduíches podem ser gostosos”.

Hannah e sua minha mãe divulgam vídeos online mostrando para as crianças que cozinhar comidas saudáveis pode ser divertido. “Esses alimentos fazem as crianças serem mais espertas e felizes”.

O executivo respondeu que a rede se esforça para vender produtos saudáveis e lembrou que os consumidores podem escolher frutas e vegetais que custam apenas US$ 1. Thompson afirmou que seus filhos, que são clientes do McDonald’s, gostam de comida saudável e de exercícios físicos. “Não é certo dizer que vendemos junk food”, afirmou o CEO da empresa.

A mãe, Kia Robertson, que levou Hannah até Chicago para o evento, tem um blog sobre alimentação saudável e participa de um grupo chamado Corporate Accountability International, que busca fazer as grandes companhias a prestarem contas.

O McDonald’s é um alvo frequente do grupo, que já promoveu campanhas contra o palhaço Ronald McDonald e contra a inclusão de brinquedos no McLanche Feliz. O grupo também realizou uma campanha chamada “As mamães não amam muito tudo isso”.

O Jornal GGN entrou em contato com o Mc Donald’s no Brasil perguntando qual seria o posicionamento da companhia neste caso da pequena Hannah. Através de sua assessoria, o Mc Donald’s informou que seu posicionamento é aquele dado pelo próprio Dan Thompson, na ocasião.

Qualidade de vida

Combate à obesidade é uma questão de qualidade de vida. Estimativas apontam que só em 2011 o governo brasileiro gastou 488 milhões com o tratamento de 26 doenças associadas à obesidade, entre elas câncer, diabetes e problemas cardiovasculares. Tomando como base esse contexto de combate a essas doenças e a questão da prevenção, os estados membros da OMS aprovaram por consenso uma resolução que tem como meta reduzir a obesidade no mundo até 2020. Essa resolução estabelece um plano de ação contra uma série de fatores que podem agravar o quadro do paciente. Um desses fatores é a obesidade.

 

Matéria relacionada:

Combate à obesidade na infância reduz gastos com a saúde

 

 

Redação

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