General assumirá Secretaria de Segurança do Rio

Richard Nunes atuou no Complexo da Maré e será o primeiro militar na ativa comandar a pasta desde a redemocratização
(Foto: Juliana Stadnik / Agência AL)
Jornal GGN – Saiu nesta terça-feira (27) o registro oficial da nomeação do general da ativa do Exército Richard Fernandez Nunes como comandante da secretária de Segurança Pública do Rio de Janeiro. A escolha já tinha sido anunciada há uma semana, pelo interventor general Walter Braga Netto.
Também foi definido o subsecretário, o general Mauro Sinott Lopes, que ficará responsável pelas ações operacionais, enquanto Nunes comandará a gestão, coordenando o trabalho de inteligência da secretaria e as polícias militar e civil. Braga Netto manteve o coronel Wolney Dias, comandante-geral da PM, e o chefe da Polícia Civil, Carlos Augusto Neto Leba, contrariando algumas expectativas.
A nomeação de um general da ativa no comando da pasta é a primeira vez desde a redemocratização do país. Até hoje, apenas generais e coronéis da reserva foram nomeados para administrar a secretaria.
Richard Fernandez Nunes comandou a ocupação do Exército no Complexo da Maré, entre dezembro de 2014 e fevereiro de 2015. Nos 14 meses da operação, as Forças Armadas não conseguiram expulsar traficantes que atuavam na comunidade da zona norte do Rio e especialista aponta, ainda, que um acordo tácito entre Exército e criminosos foi realizado, evitando a circulação de militares em algumas áreas e que traficantes circulassem com armamentos ostensivos.
Três anos após a saída das tropas, o Complexo da Maré é hoje disputado por duas facções do tráfico e um grupo de milicianos.
Dentre os desafios de Richard Nunes na segurança do Rio está o sucateamento. Metade da frota de carros da segurança pública está parada por falta de manutenção. O déficit de braço na Polícia Militar é de 15 mil homens. Na Polícia Civil falta a falta de recursos prejudica investigações e atraso nos salários.
Richard Nunes ficará subordinado ao interventor Braga Netto,  que declarou entre os objetivos da intervenção reduzir os níveis de violência e recuperar as polícias do Estado. Só neste ano, 19 policiais foram assassinados.
“Vejo a intervenção como uma janela de oportunidade para conseguir esses dois objetivos. A intervenção é gerencial e uma oportunidade para desenvolvermos expertise”, avaliou.
Redação

Redação

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  • A "redemocratização" empacou em 2016

    Agora estamos sob uma ditadura midiático-judicial. Há poucos vestígios da redemocratização promovida pela Constituição-Cidadã.

  • General....

    General, quer resolver esta situação comece por Zveiter, Schmidt, Picciani, Pezão, Garotinho, um tal codinome 'Mineirinho',...Queremos enganar a quem? 40 anos de Redemocracia. o RJ virou outro. Os mangues, praias, restingas, lagoas da Barra da Tijuca foram todas drenadas ou prostituídas, dando lugar a Condomínios de Alto Padrão. Barra da Tijuca é um novo Rio de Janeiro que surgiu em pouco mais de 3 décadas. O que importou flora e fauna tão riquissímas? IBAMA fingiu que fiscalizava (mas sem agropecuária para sabotar, que graça tem, não é mesmo?). Construtoras fingiam que se importavam. Milhares de jacarés do papo amarelo foram parar na rede de esgoto do bairro. As Favelas cariocas continuam lá, miseráveis e exploradas como sempre foram. O tal do "Progressismo" chegou. Com seus bilhões de dólares. A miséria carioca explorada por Lavouras ou Baratas continua a mesma. Palácio do Governo ou Gabinetes do STF garantem o pelourinho. O Exercito subiu para conter a bárbarie carioca na Rocinha, há alguns meses atrás. O incomodo do Secretário de Segurança, Forças Policiais, Governador, Autoridades Politicas do RJ, era evidente. Transparecia mesmo nos telejornais, aqui em SP. Então alguém da imprensa solta a pérola: 'Estão incomodados por que a Rocinha dá 10 milhões de caixinha todo mês. Gás, mototáxi, gatonet, ...Fora logicamente o tráfico. Então finalmente a Imprensa eleva seu padrão e mostra a realidade brasileira. E é o favelado mal nascido, negro, analfabeto, miserável, a quem deram um fuzil na mão, para dar e tomar tiro, que controla tudo isto? O helicóptero do Senador nos destituiu desta fantasia. Despencamos na realidade tupiniquim. O Minsitro da Justiça jogou tudo no ventilador. 1964 enfim vai dobrando a esquina. O Brasil é de muito fácil explicação. 

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