Esse aporte do Tesouro ao BNDES (Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social) está sendo alvo das mesmices analíticas de sempre: comparar o custo de captação do Tesouro com o que será cobrado do banco jogando na rubrica de prejuízo.
Segundo as contas dos óbvios Raul Velloso e Armando Castelar, repetidas obviamente pela Mirian, esse aporte de R$ 100 bi custará R$ 4 bi ao Tesouro.
Primeiro, vamos a uma análise do custo das reservas cambiais:
1. O BC compra os dólares. Depois emite títulos para enxugar o excesso de liquidez. Paga em taxas brasileiras e aplica em taxas americanas. O custo é de, no mínimo, o dobro do custo desse aporte no BNDES.
2. O aporte no BNDES será carreado para investimentos. Cada investimento movimenta a cadeia produtiva. Exerce um efeito multiplicador que precisa ser avaliado em vários níveis: quanto de imposto o governo arrecadará a mais; quanto de riqueza será produzida a mais; quanto de emprego será criado ou preservado. Os analistas, em questão, divulgam a conta DEVE e escondem a conta HAVER.
3. O analista absoluto Armando Castellar disse que esses recursos provocarão apenas um efeito-substituição. As empresas trocarão o crédito privado por esse novo crédito, mais barato. Com isso, não haverá aumento na oferta de crédito na economia. Esqueceu de analisar apenas o que farão os bancos privados com o crédito que será disponibilizado por essas empresas que recorrerem ao BNDES.
4. A rigor, a única crítica consistente – aliás, mais um alerta do que uma crítica – foi do ex-presidente do Banco Central Gustavo Loyolla, que acenou para a possibilidade de concessão indiscriminada de crédito, em nome da crise.
Em suma, essas contas não colam mais. Eram eficientes na fase do pensamento único, em que esses analistas selecionavam um conjunto de pontos a favor de suas teses e ignoravam solenemente os demais.
Em plena era da informação, ou aprimoram os argumentos ou poderão optar: são incapazes de uma análise mais complexa; ou são intelectualmente adaptáveis, digamos assim.
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"Intelectualmente adaptáveis"
"Intelectualmente adaptáveis" foi maldade, Nassif. Hehe.
È muito bom saber que existe
È muito bom saber que existe vida pensante na blogosfera. Ontem eu escutei a cbn o dia todo, os que eles fizeram foi nada mai s nada menos desqualificar de todas as formas esse aporte de 100 bi do governo, a miriam chegou a te dizer que não entendeu nada sobre os metodos do bnds em conceder esse credito. logo depois entrevistaram um professos da FAEP especialista em economia nacional, perguntado se ele entendeu os metodos do bnds para a concessão dos creditos ele não so disse que entendeu como disse tb que esses metodos são de conecimento geral de todos que lidam com o assunto. Então eu pergunto: A a Mirian não deveria voltar para as cadeiras academicas? Ou deveria declarar de vez que esta a serviço da oposição para desqualificar a qualquer preço tudo o que o governo faz? A medida em que a população tem mais acesso a internet esses jornalistas ficam cada vez mais sem credito junto a opinião publica.
nassif:
esse grupo de
nassif:
esse grupo de "analistas" é muito fraquinho.só fazem continhas rasteiras
e falam lugares comuns.todos "conselheiro acácio".
romério
Ô Nassif,
Você, que vive
Ô Nassif,
Você, que vive criticando os "professores de Deus", tem se comportado ultimamente como o se fosse o próprio Deus. Ou se acha que você só diz coisas extraordinárias e os demsi só dizem besteiras ou então não tem conversa. Prá começar uma boa parte ou a maior parte essa grana do BNDES deve ir, se for, pra Petrobras. A transparência nesses últimos "programas de ajuda" desse governo é zero ou próxima de. A emissão de títulos, portanto de dívida, não ajuda nada, só empurra com a barriga, porque uma hora,
Não tenho a menor pretensão de ser aluno dos professores. Gozado falar de transparência de um programa que nem começou. Como você consegue?
Contraponto do pessimismo:
"
Contraponto do pessimismo:
" Persistem, contudo, aspectos obscuros no programa. Não se sabe qual será a taxa de juros cobrada dos tomadores finais, nem tampouco quem assumirá o risco de variação cambial -além da costumeira incógnita, nessa fronteira bilionária entre público e privado, a respeito dos critérios para a seleção dos projetos. É preciso ampliar a prestação de contas, para evitar, entre outros vícios, a concentração de recursos públicos escassos em projetos de precária viabilidade.
Outro risco, este em relação à eficácia da medida, seria não haver demanda pelos recursos oferecidos pelo BNDES. Nesse caso, o país estaria diante de uma crise ainda mais grave que a percebida atualmente "
by editorial da Folha de hoje.
O que esses caras não
O que esses caras não perceberam é que o Banco Central acabou de transferir R$ 100bi para o Tesouro, dos lucros com a desvalorização do Real. Dinheiro que vai direto para o superávit, abrindo uma enorme folga fiscal para o governo financiar empresas que antes buscavam crédito no mercado de capitais e em bancos estrangeiros.
Aquele pacote de 800 bi dos
Aquele pacote de 800 bi dos EUA, e uma indecencia.
Para nossa imprensa o governo deveria cortar gastos, economizar , e aumentar os juros para conter a inflação pela desvalorização cambial.
Neste caso o que e bom para os EUA nao e bom para o Brasil,como diria
Mirian Leitao a rainha do apagao.
O pensamento único critica o
O pensamento único critica o fundo soberano, critica os aportes do tesouro ao BNDES, assim como criticava o Biodiesel, o Prouni, etc.
(Sobre o Prouni, é bom lembrar, este ano ele é tema de apreciação no Supremo em ação movida pelo proto-demo PFL, contrária ao programa).
Tudo o que viabilize o Brasil e que seja uma alternativa ao projeto de poder dessa gente é logo desqualificado. É esse o comportamento republicano do PSDB, dos DEMOCRATAS e do PIG.
governo diminui o
governo diminui o compulsório........empoça;
diminui o imposto para veiculos........as industrias /revendas se apropriam do desconto e desvalorizam a avaliação dos usados nas trocas;
empresta para as montadoras que...........enviam para as matrizes no exterior.
compra o votorantim...........que compra a aracruz.
pergunta: não seria melhor o governo, com esse dinheiro, aumentar o beneficio dos aposentados, diminuir imposto sobre a renda e reforçar o bolsa familia?
penso que desta forma todo o recurso investido, ao ser naturalmente direcionado para o consumo e para pagar compromissos já assumidos, retornaria rapidamente via impostos, e ainda geraria como sub produto aumento da demanda, garantindo empregos?
Nassif.
A respeito dos
Nassif.
A respeito dos desmandos do BNDES, te mandei um longo e-mail sobre a incopororação da ARazcruz pela VCP com dinheiro do BNDES.
Seria interessante uma leitura
Bom fim de semana.